Ferro
Liberdade – aposto – ainda é só alegria de um pobre caminhozinho, no dentro do ferro de grandes prisões.
Muitas vezes é a necessidade de acertar que nos induz ao erro. Decepcionados, quase morremos abafando o som do próprio berro. Porque pela nossa tentativa de sucesso merecíamos precioso ouro, mas o fracasso só nos oferece o impiedoso e duro ferro”
(considere essas palavras como um bilhete deixado debaixo da sua porta)
VOCÊ DEVE SER UM CRIADOR E NÃO UM PRISIONEIRO DA
SOCIEDADE
“É estúpido e ridículo dizer a um homem que não
pode ser contratado porque tem mais de 40 anos de
idade. É como dizer que ele está pronto para o
depósito de lixo ou para o monte de ferro velho”.
(do livro em PDF: O PODER DO SUBCONSCIENTE Dr. Joseph Murphy
Título do original norte-americano:
THE POWER OF YOUR SUBCONSCIOUS MIND
Ano de lançamento: 1963)
Máscara de ferro
Pois de tanto esconder sua cara,
Já pensou ser nova personagem.
Ocultou-se sob rica plumagem
E sob nova armadura me encara.
Ao querer passar do seu limite,
Abusou do meu franco apoio,
Separado do trigo foi o joio,
A audácia tudo lhe permite .
Mas topei com a indiferença.
Ser trigo ou joio, agora pouco importa,
Se a única saída for a porta.
A ferida foi mais funda do que pensa.
Causadora de todo meu desgosto
Foi a máscara a lhe esconder o rosto!
Não ando no trilho, eu descarrilho
Eu me ferro, não sou de ferro.
Embarco e desembarco nas estações onde não crio morada.
É que eu sou feito água que corre entre as pedras e encontra a liberdade.
Sou encontro e despedida.
Uma alma despida a espera de uma nova viagem... Novas cores e paisagens e alguém que me cobre apenas felicidade.
Não quero dar o que não posso e nem receber o que não devo. Eu sigo na vida como um passageiro.
Sonhar com uma das suas paixões
E depois de um certo tempo o encontrá-lo...
É muito louco
Tudo se esclarece, agora.
Agora entendo tudo
O porque eu consegui ver o rosto dele,
Nunca conseguia ver o rosto de ninguém nos sonhos
E dele foi o primeiro.
Um sonho como aquele é difícil de esquecer
É como eu estivesse vivendo
Ele novamente...
Lama, lama; ferro,ferro
Aí você olha para trás e só vê lama... Muita lama!
E corre, corre, corre... Corre o mais rápido que pode.
Seus passos parecem lentos, facilmente suplantáveis!
Você sente que a qualquer momento será alcançado,
então corre ainda mais rápido. Corre sem olhar para o passado.
Porque só tem aquele instante de segundo para se salvar.
E todo o resto, naquele exato momento, não importa.
De verdade, não importa!
Não importa quem errou e de quem é a culpa,
se você não sobreviver para contar a história.
Enquanto corre, vê o vulto das árvores tombando a seu lado
e os pássaros em revoada esquivando-se de toda aquela desgraça.
Vê, vê não! Escuta, sente, se aterroriza... Sofre.
Sem poder reclamar ao perceber os passos dos seus amigos de infância
(atrasados na fuga repentina), sendo engolidos um a um pela lama
e subitamente silenciados, sem chance ou possibilidade de defesa.
Vivencia o angustiante desespero momentâneo
que invade e toma conta de todo o seu corpo instantaneamente,
fazendo acender ao mesmo tempo sua gana pela vida.
Vê a vida inteira passando bem diante de seu nariz e imagina...
Se será essa, a sua última chance; se será essa, a sua última vida.
Da lama ao caos, em segundos de desespero, você se salva
e ainda torna-se expectador primeiro de todo aquele pesadelo.
Antes, impensável! Agora, exemplo de como o homem tem sido cruel
e desumano consigo mesmo, com seu semelhante e com a natureza.
É o bicho homem (irracional) sedento por mais capital,
cego para a vida humana, predando cruelmente tudo que tenha vida (ou não).
Presas encarceradas às margens de uma represa (de rejeitos, de maldade),
Aguardando o bote final, o momento derradeiro de serem vitimadas.
E se a montanha tremer novamente é melhor estar preparado!
Para correr pra ruas com cartazes e organização, mobilizando, mobilizado
travestido de predador, não de presa, de leão.
E é melhor levar junto consigo uma manada,
um bando de gente informada, que briga com a faca nos dentes,
contra toda essa gente que mata e destrói, consome e corrói por dinheiro.
Molotov's e resistência, talvez sejam necessários em algum momento.
Quando tudo isso passar e você estiver a salvo no alto do morro,
antes mesmo de a poeira baixar e as máquinas voltarem a operar
- em seu modo mais embrutecido,
verá que o monstro ainda tem muita fome e não pretende se calar.
Verá que os mistérios de Minas Gerais se misturam com o dinheiro sujo
do minério extraído das montanhas,
transformadas num piscar de olhos em pó, todos os dias, há anos.
Verá que antes mesmo de a vila se refazer o monstro migrará em silêncio
se mudará para outro sítio, em busca de mais minério
de mais dinheiro de mais vidas.
Sem se importar com a natureza, com as pessoas, com suas memórias.
Eu não sou de ferro, nem tão pouco imune a tudo. Sou capaz sim, de suportar muita coisa, mas o que mais me parece inofensivo:É o que mais me desgasta!
Gritarei pelas maltratadas pessoas com coração de gelo e cérebro de ferro, maltratam o amor e acreditam estar vivendo dele, as pessoas são livres, não possuem donos. Gritarei por todas elas e pelas que ainda derramam lágrimas em silêncio. Meu grito encherá o vento, gritarei para que a injustiça não a tape o silêncio, para que o vento seja o lamento das que sofrem, para que as lágrimas das que choram se façam estrelas. E volto a gritar, até que o vento que se fez lamento se faça riso, até que não tenha estrelas feitas de choro. E eu grito mais forte, para que o grito se faça batimento, e o batimento depois sonho, sonho que se faça estrelas, para que não sejam feitas de choro.
O mundo ergue-se em laços profundos
Grandes e vermelhos laços aveludados
Em grande enlace
No tenro e quente abraço
A suavidade das cores do arco-íris
A beleza inexplicável da aurora boreal
Chama que brilha
Cores que se misturam e se formam
Linguagens abstratas
Do novo mundo que transborda
Cachoeiras vivas
Caldas de noivas que nunca se casam
Oceanos infinitos
Que beijam a areia, despedem-se e partem logo
Ventos que bailam folhas
Frutos que caem podres
E sementes que brotam
A chuva cristalina
Com seus relâmpagos que cruzam em flash
Com trovões saídos de grosseiros tambores
Um nascer do sol
Com o entardecer muito calmo
A noite que cai e cobre a terra
Com estrelas que pintam o negro
Do fino véu desta rica Mãe
Que suavemente dorme e se transforma
Como o ferro no fogo
A mistura que gera o vidro
E o homem que finalmente "acorda"
Uma verdadeira amizade não é indolor, não é omissa, à liberdade, direito e responsabilidade para exortar, corrigir e orientar, um verdadeiro amigo é aquele que prefere o desconforto do confronto que à comodidade da omissão e como diz em Provérbios 27.17 “Como o ferro com o ferro se afia, assim o homem ao seu amigo” e com toda certeza não á circunstancia em que a maior prova de amizade, esta em aceitar o risco de perder a mesma, porque uma amizade verdadeira não é construída sobre a cumplicidade do erro, mas sobre o confronto da verdade.
A difícil relação do pobre com o rico:
"Pode, por acaso, a panela de barro se juntar com a panela de ferro? Haverá um choque, e a primeira se quebrará. O rico comete injustiça, e ainda faz ameaça; o pobre é injustiçado, e ainda precisa pedir desculpas. Enquanto você for útil, o rico o explorará, mas quando você precisar, ele o abandonará. Se você possuir bens, ele viverá com você, e o explorará sem remorso. Enquanto ele precisar, enganará você, sorrirá e lhe dará esperanças. Dirá coisas bonitas e perguntará: «Do que você precisa?» Fará você ficar envergonhado nos banquetes dele, até despojá-lo por duas ou três vezes. Por fim, vendo você, passará adiante e sacudirá contra você a cabeça".
(Eclesiástico 13, 2-7)
Me distorce
Me contorce
Me acode
Me assola
Me apavora
Em um estalo de dedos ou em alguma horas.
Me quebra
Me cola
Me rasga
Me amassa
Me passa
Com ferro frio ou em brasa.
Ele não era um homem idolatrado em seu mundo real. Ele precisou forjar em outro mundo a vida perfeita. Ele obteve sucesso. Amigos, família e amores profanos. Mas ele ainda não se sentia feliz, pois ele percebeu que comprar a felicidade não era isso que ele queria. Um dia o homem de ferro em uma de suas viagens pelo mundo, encontrou a mulher de papel que também não era feliz em seu mundo real. Juntos, eles criaram o paraíso perfeito. O amor nasceu em seus jardins. Ali brotou a flor do verdadeiro amor. Ambos se cuidavam e se importavam um com o outro. Eles foram beijados por todas as estações, mas ao fim do verão o amor do homem de ferro esfriou e derreteu toda a sua ilha. Suas flores desceram rio a baixo do mar. Sua casa foi engolida pela pelo chão. A mulher de papel permaneceu há dias sob a ilha vazia, na luz da esperança de ser resgatada pelo homem de ferro. Ela deitou sob a luz das estrelas e gritou com todo o seu coração. Suas lágrimas desceram por sua face e cobriu todo o seu corpo. Os versos e poesias de amor que ela tinha em si se desbotaram ao fim da noite de verão. O outono chegou e o homem de ferro retornou ao seu trono em seu antigo castelo, ele voltou para a sua felicidade forjada, pois ele tinha um amor maior pelo poder e tinha medo do amor real.