Ferido
Quando você se torna viciado em uma pessoa, você não consegue larga-la, deixar de lado e seguir. Porque há algo que te puxa novamente para o vício. E você não consegue se curar, mesmo que aquilo esteja te destruindo e te fazendo mal. Dos vícios, esse é o pior. E é difícil fugir dele. Porque não há cura. As pessoas são mesmo uma droga.
Me substituiu rápido demais. Pelas coisas, pelas pessoas e por algo qualquer. Já sabia que não era sua escolha, muito menos sua primeira opção ou prioridade, só não achei que era tão descartável assim.
Minha avó já dizia que ir embora sem se despedir é falta de educação. Imagina se ela soubesse que as pessoas fazem isso o tempo todo. Tornam alguém sua casa e partem sem ao menos agradecer pela hospedagem e dizer adeus.
Bebi até a última gota do suposto amor que ela dizia sentir. Só que eu não sabia que eu estava me envenenando a cada gole.
Eu gosto é de profundidade. Porque lugares rasos são para peixes e pessoas que têm medo de se entregarem ao (a)mar.
Acho que se o ninho falasse, afagaria o passarinho e falaria: que bom que você está aqui. O vazio é triste. E não te ter por perto, também.