Ferida
Um belo dia acordamos para uma nova manhã e procuramos...
Onde está a velha ferida? A dor que críamos passar jamais?
Ficou perdida na noite e lá concluiu sua missão de sangrar e sangrar...inflamar e inflamar...até que finalmente virasse cicatriz
que o tempo desbotará cada vez mais...
E quando for uma tênue marca, servira para, vagamente,
lembrar-nos do que foi e para que nosso coração exulte
ante esse novo tempo de esquecimento e paz.
Cika Parolin
Meu coração ainda chora...
Minha ferida ainda sangra...
O hematoma deixado em meu peito, nunca cicatrizará!
Saudade doída de meus amores, que nunca findará!
Eternamente... Meu pai, minha mãe!!
Toda ferida se fecha um dia, por mais profunda que possa ser, e a cicatriz fica, pelo o motivo de não nos deixar esquecer.
Depois de me deixar com a alma ferida, pense bem antes de dormir na minha porta com um papelão protegendo-se do frio.
Já se fechou a ferida,
secou-se as lagrimas derramada
as pétalas arrancadas
que um dia lhe trouxe lagrimas,
transformou-se em um jardim,
mais colorida, bela e florida,
Ela sabe o que quer,
e não tem duvidas só certezas,
olhos risonhos,
cheia de sonhos,
alegria que não mais pode ser contida,
a alma que por sua vez já foi depressiva,
descobriu que a vida é linda.
Rascunhos
Rascunha seus versos,
Pensando no seu amor!
Cuidado com a ferida,
Ela cicatriza mas causa dor!
Sentimentos não correspondidos,
Levam as desilusões...
Coisas que antes levavam a alegria,
Hoje trazem dissabores e más ações!
4 - Reflexo
Indago à parede
O sentido da vida
A parede reflete
Alguma ferida
Remendos e ligas
Sob a luz negra
Ou colorida
Tolice,tolice
A tristeza da vida
Vida passada
Às pressas,corrida
E aquela alegria
Que pena,esquecida
Lá na memória
Ó nostalgia
Confusa e fosca
Na alma perdida
Perdida por quê?
A parede sorria.
CARCAÇA DE OSSO
Carcaça de osso
de uma vida ferida
colosso da morte
uma alma dividida.
Alma; degusto da vida
peregrina da manhã
choro de uma partida
lagrimas sobre o divã.
Carcaça de osso
em um crânio furado
viveu sem colosso
por caminhos errados.
Antonio Montes
Sangrando segrego o elo nos versos
há em cada ‘a’ uma busca infinita.
em cada finda, uma ferida.
honram-se os bêbados, palhaços e trapezistas
mas não honra-me a solidão tal qual que sempre
foi minha companheira e grita:
este amor além de bêbado é palhaço equilibrista.
nem ouse compara-lo ao valor do agasalho,
num inverno petrificado eu corpo congelaria.
nem se satisfaça como em aguas,
nos verões amargurados eu corpo derreteria.
e somente quando em eclipse eu corpo existiria.
ao amanhecer do dia eu corpo morreria.
e a este excretado
findado foi; vinte e três e vinte e três da noite.
Minha seca, minha dor.
A seca vem atrevida
não respeita a nossa dor
que machuca a ferida
deste povo sofredor
quanto mais falta comida
mais aumenta o seu valor.
Não parece um contra-senso
jogar vinagre, sistematicamente, na ferida
e manter-se por perto para fazer os curativos?
Cika Parolin
Passou da meia noite!
O ontem já passou mais por incrível que pareça a ferida está tão viva qua to o hoje, não sou a Cinderela e não sonho com o Príncipe encantado ou com aquele homem perfeito pessoas perfeitas não existem.
Você sabe disso porque sempre fiz questão de deixar bem claro isso, mas porque eu?
Sempre te quis bem, te amei me entreguei de uma forma que não havia feito para mais ninguém.
Porque eu?
Me escolhe e me joga fora, Me maltrata me engana porque eu?
É quando em fim viro minhas costas você vem com aquele jeitinho que me faz lembrar porque eu te escolhi, vem me fazer lembrar que te amo, que te quis pra mim um dia... pois é passou da meia noite o seu encanto acabou a realidade bateu na minha porta e tudo foi bom enquanto durou.
Acorde a realidade bate na porta de todos e com você não será diferente, mais quando acontecer espero que lembre-se do meu Conselho "passou da meia noite é outro dia" adeus.
..."O perdão verdadeiro é como uma ferida curada, se as cicatrizes fossem vistas como tatuagens! Perdoar não é tirar o lixo que deixaram em nós mas, reciclá-los e transformá-los em lindos quadros para se colocar nas paredes das decepções!"... Ricardo Fischer
Certa vez lhe disseram, que o tempo cura qualquer ferida. Desde então ela espera na esperança que o tempo não cure apenas feridas, mas apague memórias.