Fera
Não subestima a minha passividade como fraqueza.
A fera que habita em mim, está dormindo e não morta.
Minha querida paciência demonstra uma natureza quase indomável, uma fera provocada constantemente, testada muitas vezes ao máximo, falha em algumas e em outras, vence, uma personalidade frequentemente frágil, asua sensibilidade é evidente, também a sua espontaneidade ao ponto de deixar a sua existência nada convincente.
Prefere ficar bem ausente em várias situações do que ficar se desgastando, sofrendo perturbações, logo que se ausenta, sinto e sentem a sua falta, o sentimento de raiva quer tomar conta, assim, deixo claro nestes meus versos que não tenho um grande controle sobre ela, mantê-la por perto se torna uma tarefa bastante árdua.
Mas que certamente vale muito a pena todo o meu esforço, já que a sua presença é indispensável e é mais forte e atua mais do que muitos pensam, faz um bem imenso a mim e aos outros, evita muitas palavras amargas, graves contendas, muitos atos inconvenientes, discussões desnecessárias e conflitos rotineiros na mente.
Gostaria portanto que ela fosse mais presente e ainda mais atuante, entretanto, o que me resta é buscar controlá-la o tanto que eu consigo, antes de uma das suas ausências, o que não costuma demorar muito para ocorrer, dessarte, sempre que posso, compartilho e desfruto de seus benefícios, formas implícitas de bênçãos, que trazem leveza ao espírito.
Fortaleza desarmada por cheiro de mato, Sou fera rendida, E inteiramente atrevida, faço do teu corpo o meu território.
RUGE A FÊMEA, GEME A FERA!
...No arrepio, que percorre a espinha;
Há penugem eriçada por toda a pele;
Em suave toque que do sono desvele;
Desperta a fera desejosa e mansinha.
Sagaz como fêmea voraz em seu cio;
Se move maliciosa em busca da caça;
No seu bailar leve, envolto em graça;
Ataca a presa, por ser esse seu vício.
Implacável em seus desejos insanos;
Avança com sede direto ao pescoço;
Mas dominando a presa sem esforço;
Ela se entrega, a prazeres mundanos.
Então, a predadora já não é mais feroz;
Agora a presa que impõe seus fascínios;
Subjugando a fêmea aos seus domínios;
A devora e sacia-se sendo agora o algoz.
Claudio Broliani
A gana em vencer nos faz acender a chama viva que existe em nós e libertar a fera enjaulada que clama por vitória
Sol, meu astro! Na rotina das feras, rei dos deuses, dou boas-vindas a este nome!
Dádiva de vida e amor!
Calor, Luz, Tempo, pontuando a noite durante o dia!
Quem, pela alegria humana no imenso cenário,
Espalha o puro e divino ouro,
Sol, que coloca tantas cores e pedras preciosas no meu caminho!
Meus olhos ofuscados pelo brilho da partilha!
Teu cabelo castanho dourado mais claro em meus pensamentos,
Que coloca na minha alma uma alegria divina!
E tantas forças para viver e sustentar, as paixões, que sufocas no silencio do dia!
Anseio pela carícia que inebria o instinto, seiva da minha carne para a dança dos corpos no sonho longínquo do dia.
Sol que pulveriza tal fragrância, que não consigo cheirar no ar oportuno!
Sol, teu corpo é a floresta dos tentáculos todos apontam para ti seus espasmos.
Meu mistério cheio de sonhos, onde o orgulho sombrio, tu imolas a Quimera do Sonho,
Eu canto tua glória e teu brilho dourado
Perdoa-me meu sol!
22-01-2019
As "feras" mais perigosas vivem nos lugares mais povoados. Ser intratável é o vício daqueles que carecem de autoconhecimento e mudam os humores conforme as honras.
A eles um castigo refinado: evite-os por completo. Aplique sua sabedoria em outros.
Essa flor pode ser bonita, mas não se compara ao seu sorriso, ela pode durar 2 anos, mas meu amor por você e infinito.
O encontro entre pessoas em nada se difere do encontro das águas...
Ambos são fenômenos que correm lado a lado,
Sem misturar-se...
Para os graciosos olhares,
Esse prodígio torna-se uma espécie de atração.
E o fato das águas não se misturarem deve-se as diferenças de temperatura e densidade e ainda a velocidade de suas correntezas.
E quanto as pessoas... bem... é bem mais complexo.
Seria totalmente insana e imprudente se tentasse definir
A razão que nos leva ao irracional.
Talvez, porque somos tão iguais, que nos tornamos diferentes.
E nessa corrida igualitária, lado a lado,
Encurralamos nossos sonhos em detrimento do outro. Ou matamo-nos a nós mesmos.
Seria possível ser diferente?
Bom...
Milton Nascimento disse: A hora do encontro é também a da despedida.
Percebo que sua verdade é também a minha.
Se isso pode mudar?
Eu não sei. Não creio que seja provável.
Mas também sou crédula na mutabilidade dos seres.
Somos suscetíveis a transformações, sim. Tal qual a borboleta à qual me comparaste.
Tanto que nem sei dizer... apenas... deixar acontecer...
Num bater de asas emanei toda fúria que sentia. Toda história se repetia diante de meus olhos, mas não me conformava.
Culpava o mundo, o azar, a sorte e principalmente a mim mesmo.
Tempestades de fogo, raios e furacões. Mantinha longe seus intrusos. No recanto da montanha, a fera voando solitária.
A paz de um sonho de ser aquilo que não se espera.
A alforria de agradar as feras de um mundo que te criou.
O importante é perceber, se tu será a fera de um mundo que espera, outro que vem nascer.
A raiva nós faz fortes, corajosos e até mesmo irracionais. Porém pode ajudar quando não houver mais saída, as decisões podem vir mais claramente.
Se a sexta é santa
Então eu sou domingo
Na igreja alguém canta
Enquanto estou dormindo
É que eu sou minha própria igreja
Sou o dia do descanso
A madrugada é minha peleja
De dia eu descanso
Casa alugada e o pão na mesa
Meu feriado eu mesmo faço
Eu sou as férias
Não importa a feira
Eu sou uma fera
Importei minha caveira
Da poeira das estrelas
Cavei e levantei poeira
Causei na sexta feira
Me desculpe a brincadeira
Não me culpe pela sua neura
o conhecer do conhecimento pela razão.deus.a existencia infinita e simplicidade e a inteligencia da fé.cristo.