Feminista
A SANTA FEMINISTA
Vejo muitos a dizer da causa,
A causa boa,
A causa justa,
Mas quase nulo eu ver,
Algo sobre ela.
A santa feminista que lutou,
Que batalhou para libertar,
A França do julgo inglês.
Joana D'Arc que ouviu a voz de Deus, Não recusou, Não recuou,
E lutou!
E, mesmo no final,
Traída!
Seu heroísmo,
Sua luta,
Seu fulgor,
Lhe tornam a Santa bendita da França.
Mulheres negras, guerreiras de luz
Feministas incansáveis, força que reluz
Suas lutas marcantes ecoam na história
Rompendo barreiras, reescrevendo a trajetória.
Da resistência nas senzalas à busca por liberdade
As mulheres negras enfrentaram a adversidade
Contra o racismo, machismo e opressão
Ergueram-se com coragem e determinação.
Sojourner Truth, com sua voz poderosa
Denunciou as injustiças, lutou vigorosa
Angela Davis, símbolo de resistência
Desafiou o sistema, defendeu a existência.
Lélia Gonzalez e Sueli Carneiro, intelectuais
Fundaram o feminismo negro, essenciais
Marielle Franco, símbolo de esperança
Lutou pelos direitos com garra e perseverança.
Mulheres negras feministas, batalhadoras
Percorrem caminhos em busca de vitórias.
Sua luta é por justiça e igualdade plena
Transformando o mundo com sua chama serena.
Mulheres trans, protagonistas da resistência
Feministas incansáveis em busca da existência
Com referências marcantes na história a brilhar
Vozes que ecoam, desafiando o olhar.
"Eu sou uma mulher trans e não estou aqui para ser tolerada, mas sim para ser respeitada." - Laverne Cox
Que com determinação, quebrou barreiras
Defendendo a igualdade e direitos, sendo uma ótima guerreira.
"Ser mulher é uma construção social, não biológica." - Julia Serano
Que com suas palavras de sabedoria,
Desafia conceitos ultrapassados com maestria.
"Eu mereço ser vista como uma mulher, não importa minha história." - Janet Mock
Ativista e escritora inspiradora,
Luta por reconhecimento sem medida ou censura, enfim, uma tremenda batalhadora.
Mulheres trans feministas, lutam por dignidade
Por direitos humanos e igualdade na sociedade
Suas vozes ecoam, rompendo as amarras da opressão
Construindo um mundo mais justo e de inclusão.
-Sou migrante, sou nordestina, e na minha pele marcas grossas e finas.
-Sou mulher, sou feminista, sou a força imperativa.
-Sou às vezes de aço e no meio do percurso eu me rasgo…
-Sou mestiça embora ninguém o diga pois tenho a epiderme branca e fina, por onde passo, causo às vezes furor e embaraço.
-Sou premiada por ter sobrevivido a um acidente nas articulações condilares, articulares. E o que eu não sabia era que tudo isso causa ainda imensa agonia.
-Que diria eu de meu povo nordestino, que não tem pão mas sobrevive sem fazer sermão.
-Sou escuridão que alumia na maior ventania.
-Sou o grito no silêncio sem as minhas crias.
-No meu abrigo eu me agito, sou causa e sou conflito.
Por entre as dobras das cartografias feministas, os percursos da pesquisadora revelam outras pistas ignoradas, desafiando a insensibilidade daqueles cujos olhares só perceberam incapacidades.
não tem nada de
não feminista
a garota
que escolhe
o vestido de baile
& o príncipe.
tem tudo de
não feminista
o discurso de quem
tenta
humilhá-la
por suas escolhas.
Eu decidi que não há nada de errado em se considerar feminista. Então, eu sou uma feminista e todas nós deveríamos ser feministas, porque feminismo é uma outra palavra para igualdade.
Nossa premissa feminista é: eu tenho valor.
Sempre que me perguntam como cheguei a ser feminista, digo que não me fiz feminista, sempre fui. Desde criança. E não por ter lido um livro.
Ser feminista é como estar grávida. Ou se é ou não se é.
RESISTÊNCIA
A luta feminista, antirracista e anticapitalista é a outra face da medalha da disputa machista, racista, capitalista. A opressão leva à luta, que por sua vez, legitima os lutadores e a luta como tal. A força do lutador vem-lhe muitas vezes das vítimas que não vê, mas deixa, no seu caminho!
António da Cunha Duarte Justo, in Pegadas do Tempo
Esta identidade é uma composição de tudo que sou, minha singularidade(mulher, preta, feminista, médium, quilombola, com sua ancestralidade pulsante...) Vivemos numa diversidade de plurais, que nos impõe padrões de beleza, religião etc, mas isso, pode até afetar meu corpo, não minha essência, (sou original) valorizo e respeito meu legado ancestral, mesmo neste universo de desigualdade, com dignidade, aceito minha missão! sou a representatividade, desta consciente santidade, conquistando liberdade...
Um dia o mundo civilizado feminista vai querer perceber que a Mona Lisa de Leonardo da Vinci pode ser Maria de Magdala " Madalena ", em um sorriso restrito para toda empírica humana patriarcal falível cristandade.