Feiura
Contraponto
É bom que existam dúvidas,
para que se encontrem as certezas.
É bom que a feiura exista,
para que saibamos ver as belezas.
É bom conhecermos o ódio,
para valorizarmos o amor.
Bom que existam pessoas frias,
para podermos lhes mostrar o calor.
Todos os contrapontos devem existir,
para que possamos ter chances
de a cada instante, poder servir.
Amor, ódio, frieza, coisas que o homem traz,
bom é, tê-las por perto,
Para mostrarmos do que o amor, é capaz.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da A.L.B/S.J.do Rio Preto
Membro Honorário da A.L.B/Votuporanga
Membro da U.B.E
Ele era tão feio...
Mas tão feio...
Que era um assinte...
Em concurso de feiúra...
Ganhava de prato cheio...
De olhos esbugalhados...
Sampaco...
Narigudo...adunco...orelhudo...
Seu gogó imenso...
Muito pronunciado...
Parecia um marreco engasgado...
Rosto chupado..
Sem carne... só osso...
Labios finos...
Distorcidos....
Muito magro e bem alto...
Braços alongados...
Pernas muito finas...
Um espantalho...
De chinelos notei seus pés...
Pisando torto, desengonçado...
Tinha unha encravada...
Um joanete ao lado...
O joelho enrugado...
Igual cara de velho...
Coxa dura e seca...
Um boneco...
Muito mal vestido...
Debaixo da chuva impiedosa...
Em nada se importava...
Com a rua caudalosa...
Mas tinha um traço peculiar...
Que a tudo isso escondia...
Um brilho no olhar...
Em sorriso lindo que abria...
Então tudo transformava...
Um encantamento surgia...
Atrás da feiúra aparente...
Beleza verdadeira escondia...
Tudo que era fora de proporção...
Fazia sentido...
Se o sorriso era lindo...
Era nato e magnífico...
Naquele vulto distorcido...
A feiúra se transformar...
De um sapo errante...
Príncipe virar...
E com tal afinco sorria...
Que ao seu redor tudo mudava...
De tarde chuvosa...
Linda noite prometia...
Descobri assim...
Que na rua não devo mais sair...
Toda vez que isso faço...
Para comer pastel ou outro salgado...
Perto da maria-fumaça...
Sempre tem um babado...
Sandro Paschoal Nogueira
Tudo depende do ângulo.
Na mesma foto em que uns vêem beleza, outros vêem feiúra, na mesma situação em que uns focam na crise outros nas oportunidades, no mesmo mar em que uns veem diversão outros veem perigo, no mesmo alimento que uns detestam outros gostam e assim, tudo depende...
Depende de como você enxerga tudo que acontece ao seu redor, depende de como decide enfrentar as adversidades, depende de como encara a mudança.
A mudança dói, seu processo é dolorido, exige renúncias, sair da zona de conforto, reinventar, pensar fora da caixa, usar a criatividade, mergulhar, estudar, fazer diferente!
Ela vale a pena, nos tornam mais fortes, preparados, unidos, empáticos e amorosos. Sim, a mudança tem este poder. Mas depende só de você. Como você decide enxergar a crise? Com feiúra, tristeza, lágrimas e recuo por medo? Ou com beleza, bravura, coragem, pensamento positivo, fé e esperança?
Pense nisso!
Insta: @elidajeronimo
Escrever ficção sempre foi, para mim, uma alquimia de transformar a dor em poesia, a feiura em beleza. Tem sido uma espécie de redenção.
Bem vindo #outono
Minha estação preferida!!
Onde muitos veem a feiura em uma árvore de flores despidas, eu vejo ali um processo necessário para reconstrução, onde as folhas que caem são lembranças de dias bons ou ruins que ficam, dando inicio a uma nova etapa de sonhos e esperanças, de transformação e renascimento.
Este mundo é um “Ginásio Psicológico”, que nos permite aniquilar essa feiura oculta que levamos dentro.
O oposto do amor não é o ódio, é a indiferença.
O oposto da beleza não é a feiúra, é a indiferença.
O oposto de fé não é a heresia, é a indiferença.
E o oposto da vida não é a morte, mas a indiferença entre a vida e a morte.
Se a indiferença para o momento e o melhor que você pode oferecer ou a acha justa, saiba que na realidade e a forma mais cruel de sentenciar ambos os lados....
Um grande beijo em seu coração.
R&F Perazza.'.