Feitio
A melhor conquista na vida é dormir com a consciência limpa e livre de qualquer dívida, mal feitio ou remorso.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
O universo escolar em seu apropositado feitio, possibilita respontar as indagações levantadas ao longo dos dias letivos, em sua própria organização pedagógica respaldada no processo de ensino e aprendizagem.
Não perca nunca seu brio
mas assuma o desafio
de viver com mais pureza;
que seja do seu feitio
tratar bem, com mais nobreza,
a floresta, o mar, o rio...
Toda nossa natureza!
Quando a pessoa vacila feio com você e vem se desculpar, a frase "isso não é do meu feitio" é clássica.
SUCUPIRA
Florir no cerrado ou no ressecado recanto
Ou mesmo em chão cascalhado, de feitio
Sedutor, nobre no sertão, dum lilás manto
Que se destaca dentre outras. Bela e sutil
Quando desabrocha ao olhar, um espanto
Entre a profusão mil, e as passifloras mil
Ela, singela, que nascida é pra o encanto
Adorna as planícies do planalto do Brasil
É de vê-la ímpar, de tal graça, ao vento
Tocando a alma, dum magnetismo total
Sucupira, árvore cheia de encantamento
E, de vê-la arroxeada copa tão colossal
Que aviva cada canto do árido cinzento
Aprazia, sacia, numa poética sem igual...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/09/2021, 19’41” – Araguari, MG
SONETO SEDUZIDO DE AMOR
Esse que prosa por aqui, leitores
De poética jura e sensível feitio
É um soneto mais, mais louvores
De mais cores, o tal, mais gentio
Sintam que são de nobres teores
Sutil poesia, sensação e arrepio
Hino romântico, ofertadas flores
Aquela paz ao coração, pousio
Reconheceis, talvez, ser utopia
Direis que não, apenas, melodia
Um cântico tão cheio de frenesi
Eu vi a emoção trovar o encanto
E, o sentimento no íntimo, tanto
Eu vi... ele seduzido de amor, vi!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 junho, 2023, 19'22" – Araguari, MG
Já falei de ti no Rossio.
Vi-te de todas as cores,
O amor e o teu feitio
São lágrimas do que eu sorrio.
Já falei de ti nos Aliados.
Serias o melhor dos meus amores
Mas lembrei-me que estávamos separados
Pela visão do futuro cegados
Não te quero encontrar noutros lados.
Já falei de ti em Portugal.
Não me quero lembrar dos horrores
Em que o resultado era ilegal.
Já falei de ti no mundo.
Sonhei que sonhavas com as flores.
Mas daquele sonho profundo
Não aproveitei nem um único segundo.
Repito: falei de ti em todo o lado.
Serei infeliz, desafortunado.
Mas do silêncio que tenho cansado
Teria sido um infeliz amado.
Estou tecendo a espera,
feitio de orvalho silenciosamente entregue a nuvem.
No futuro do presente, dia virá:
Tornar-me-ei a desaguar em tua pele.
Pacta fabrica
O barulho das usinas
Fabricação de sonhos
Armas no mesmo feitio
Nas mãos do dono
A vida e o seu fim
E todos os tijolos
Uma efervescência te supõe
Quem ainda está em útero?
Finalmente se fabrica a tua forma
Um desejo lateral
Satisfazendo planos.
Não seria do meu feitio e nem me convém revelar os mais breves segredos. Entre nós é o suficiente sustentar desejos e satisfazer os mais puros prazeres.
Em nosso feitio natural a morte aparenta ser um forma de fugir da vida mesmo tendo em mente que não temos certeza alguma sobre a morte, e neste ato de fugir da vida é como abandonar tantas outras vidas que sofrem, alem de toda a grandeza da vida.
Veloso
O poeta vê sem o véu para ver o azul do céu.
Vê-lo a velar pela chama duma poética vela
bela, é vê-lo veloso a velar através do céu de
santa boca, em versos simétricos a versejar e
jamais por versos ocos, tampouco, por qualquer
motivo barroco, e sim, pelo amor bondoso. Zeloso
zela pelo verso eclético ao som poético e valoroso,
mesmo que fique um louco embevecido e rouco.
Lanoso, piloso, veloso com véu, sempre no seu céu
a versejar pra dedéu incorporado ao desalento léu.
Na pureza da simplicidade suas mensagens atin
gem o ápice da verdade em poéticas imagens.
Muitas vezes no caminho da poesia se herético
irmão a cometer maior heresia no ato de mo
rer sem ser a hora, porém, agora no seu
doído padecer está a perder a vida
pelo carcomido sentido, então
chega a mensagem poéti
ca a lhe renovar o elo
do motivo de viver
sem esmaecer.
Não encurte.
Curta a sua
vida curta
sem es
more
cer.
Assim, ressurge da heresia à fênix da cinza.
Renasce com viva alegria de reviver, apesar
de duro padecer, avaliando a efêmera vida.
Ao deixar a curta vida até o dia de partida.
O poeta nasce para poetar, assim vai na vida a
velejar num barco de vela embaraçada de poemas
dia e noite, diadema a pendoar sobre qualquer mar, às
vezes veleja sobre doces nuvens brancas com sua anca
sobre a brisa a qual lhe avisa que a tempestade está para
chegar sobre sua calmaria, mas que não deveria se de
sesperar, e esperar pelo amor poético que viria para
acalmar com sua bondade qualquer tempestade
pela força delicada da poesia, em sua honrosa
potestade qual viria para lhe abençoar com
verdadeira alegria ao poetizar poemas
ou se diria poesias a sobejar contos
de fadas na sua futura fantasia,
à corsário empunhando sua es
pada, nem que seja para cor
tar a saborosa azeitona de
sua empada, quiçá, cor
tar estradas ao marulhar
do mar onde ondas cruzam
encruzilhadas, o poeta en
contraria o seu lugar,
porém, sempre ve
loso, velando o
seu velejar
glorioso
sob o
feitio
de
poesia.
jbcampos
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