Feijão
O que o povo necessita não é pão, feijão e confusão, mas sim, abrirem suas cabeças para todos afins, de enxergarem a manipulação que sofrem diariamente.
Deixei o leito furiosa. Com vontade de quebrar e destruir tudo. Porque eu tinha só feijão e sal. E amanhã é domingo.
Um é sal o outro açúcar
Um é sol o outro lua
Um é arroz o outro feijão
Um é galo o outro Cruzeiro
Um é frente outro verso me completam eu preciso dos dois.
Irmãos
Éramos como arroz e feijão
queijo com goiaba
um deixava melhor ou outro
mas então
você preferiu pedir uma pizza
Ser pobre não e um defeito e um dom,tenta comprar,arroz feijão,pagar aluguel,e dizer com muita alegria mês que vem tudo de novo
Carne com feijão e arroz alimenta o corpo, o alimento da alma é a fé naquele que nos fortalece, e alimenta mais que qualquer outra coisa terrena!!!
Misael Almeida.
Festa na roça
Colheita do feijão
Inverno quente
No colchão
Tradição
Pinhão assado
Na chapa ardente
É fogo no mato
Festa de São João
Amanhã de manhã
Cinzas no chão...
O que tira o prazer do amor, não são os afastamentos, mas a rotina, o arroz com feijão de sempre.
A falta de fantasias, brincadeiras, piqueniques, a inocência, aquele como se fosse a primeira vez entre principiantes.
O amor se torna grande, gigante não pelo tamanho, mas pela intensidade e maestria com que se vive a sua nudez.
Um acontecimento muda tudo
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O previsível feijão com arroz, filé com fritas, morango e chocolate, já deu! A rotina cansa, o tempo se arrisca, excesso de mesmice enjoa, chegou a hora de pagar o preço de cada decisão, comecei escolhendo ser feliz e pasmem optei pela felicidade por um momento, percebi que com tantos planos eu não verdade demoraria a ser feliz, algum acontecimento entre o presente e o futuro destruiria os sonhos que sonhei, não sei se suportaria conviver com tantas expectativas, abri os olhos para tantas coisas, concluí que planejar me fez portadora de uma cegueira absurda, onde tantas coisas passavam despercebidas, não importa o lugar em que eu ocupo no mundo, o importante é saber que nesse mundo as pessoas são como peças perdidas de um imenso quebra cabeça, UFA! parei de procurar o complemento e mesmo se houver algum preço decidi ser o elemento que soma, me dispus a encontrar o desenho que mais parecesse comigo, que goste do que gosto e apoie o que faço, utopias são fascinantes, realidades são surreais, que lástima, me desmontei na primeira queda, mas para quem buscou um complemento a vida inteira, unificar os pedaços pareceu fácil. A vida me ensinou tantas rotas, percorri tantas estradas e caminhos, tantas opções e tão poucas escolhas, ninguém me disse que seria gratuito me sair como certa. Não há nada mais caro que a culpa, catastrófico é o medo de não conseguir, covardia nem tentar, a coragem me fez perder o fôlego, fiz da força minha aliada, da fé minha fiel escudeira e presseguir, com tudo isso aprendi que não há razão mais forte que o sentimento, nessa luta dei razão ao ♡, essa foi a melhor bússola que já pude escolher e quer saber? eu já sei onde ir.
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Arroz, feijão e ovo...
Um estudante universitário, chegando da universidade de uma cidade vizinha, já tarde, desce no mesmo ponto de ônibus de todas as noites no centro da região de São José dos Campos.
Um menino se aproxima, balançando as mãos, e diz:
- Tio, eu tô com fome.
- O que você está fazendo na rua nessa hora?
- Ah eu tenho que levar comida para meus irmãos.
- Quantos anos você tem?
- Nove anos.
- E irmãos, quantos são?
- Tenho mais cinco irmãos.
- Qual a idade deles?
- Eu sou o maior.
- Sabe que eu te vejo por aqui quase todas as noites?
- Eu também vejo o tio.
- Sua mãe sabe onde você anda?
- Sabe sim, ela pede pra eu só voltar quando tiver comida pra levar.
- Você tá com fome?
- Tô sim.
- O que você quer comer?
- Arroz, feijão e ovo.
- Olha, vai ser difícil achar um lugar aqui nessa hora que tenha o que você tá pedindo, pode ser um lanche? (mostrando-lhe um carrinho de cachorro-quente).
- Não, quero arroz, feijão e ovo.
- Tá bom, vamos procurar.
- Ali tio, ali...
- Onde?
O menino aponta para um restaurante famoso, na Av. Dr. João Guilhermino, ao lado da então Faculdade de Direito, posteriormente UNIVAP.
- Tá bom, vamos ver se eles ainda atendem.
- Eu também quero guaraná.
- Por favor, o menino está comigo, é possível vocês prepararem um prato com arroz, feijão e dois ovos fritos?
Entreolhares, garçons, quase meia-noite de um dia de semana, o gerente faz um discreto movimento, autorizando o pedido.
Escolhida a mesa, toalha e guardanapos branquinhos e lá estava o menino, pés no chão, camiseta e calção surrados, atento a tudo.
Logo chega o prato, arroz, feijão e dois ovos estrelados, acompanhado de guaraná.
- Tio eu quero comer de colher.
- Prontamente o garçom providencia a troca de talheres.
O menino comeu gostoso e rápido, mostrando bons modos à mesa, conversava bem, logo terminou também o guaraná.
Não havia mais clientes no restaurante, toalhas recolhidas, cadeiras de pernas pro ar e já sobre as mesas, garçons varrendo e limpando o salão, portas semi-fechadas.
Conta paga, o cliente mais especial da noite, pelas circunstâncias talvez da história, com um inesquecível sorriso de felicidade no rosto, deixa o restaurante que ainda hoje mantém a aura de seus tempos de referência na região.
Já se passaram cerca de 32 anos, onde andará aquele menino?
Eu e você não somos iguais. Assim como arroz e feijão não são iguais, assim como morango com chocolate não são iguais, assim como leite com nescau não são iguais. Mas eles se completam, não?
ESQUECE
Não se esqueça de mim
Não esquece a roupa no varal
Não esquece tem sal no feijão
Não esquece a vida
As contas de água e de luz,
Não esquece segunda é feriado nacional
Não esquece o gari vai passar,
O dentista o plano funeral,
Não esquece a ração
E as vacinas dos gatos,
Os retratos CPF e título de eleitor,
As cobranças boletos e faturas,
Não esquece as mensagens fonadas,
Não esquece o galego, e o dinheiro do queijo
Quebra pedra, o boldo e o mastruz,
Nõo esquece as ervas...
Não esquece o dízimo e missões
Não esquece o fogão aceso,
O ferro ligado, torneira pingando
E se houver tempo para todas as pequenas coisas
Esqueça de ser feliz...
Eu sei, ninguém precisa saber que derrubei feijão na minha camisa nova ou que eu chorei assistindo aquele filme...mas depois que eu a conheci, parece que tudo que eu faço precisa ser dividido com ela.
Sim, a vida é feita de escolhas. Estamos a escolher a todos os instantes: o arroz, ao feijão; o branco, ao preto; a esquerda, à direita. Sempre que a nossa a vontade se faz pender para um lado ou caminho, tem-se que uma dada preferência (escolha) emerge e se revela. Entender como as nossas escolhas acontecem é tarefa que exige que direcionemos nossos olhos à compreensão do passado, porque tudo o se vê, se sente, ou se acredita é resultado da capacidade cognitiva e ontológica que adquirimos ao longo dos anos através de nossas experiências e das “pontes psico-ideológicas” que construímos com a “realidade” e que nos ligam aos mundos físico e metafísico.
Feijão com arroz
Bem casado
João e Maria
e tantas outras junções
que ganharam identidade
nenhuma delas tiveram um ar tão grande de compatibilidade
como a de um casal de lá da terra seca
Envoltos em um sotaque misturado
Meio tudo e meio nada
e cheios de atitudes nos olhos
acenderam nos corações a luz de seus lampiões
deram uma espiadinha na penumbra atrás da porta
mais bem lá na retina devolveram a amplidão
o homem que bate o pé e a mulher que me diz não
quem manda nessa casa?
Não sei nessa questão
só sei que os dois se amam
sem nenhuma explicação
Amor assim
não se conta o começo e se cuidar nunca tem fim.