Fechado
EMBORA BANHADA
Embora banhada se encontre a minha alma
Carrego em mim……
Um segredo fechado a sete chaves
És a sombra que não deixo ir…………
A lua que espero para dormir
Na corrida do dia, na calmaria da noite…
Venço sempre a tempestade
Pernoitando em ti………….
Rendendo-me e adormecendo em mim, em ti
Acreditei no teu amor………
Colhi as tuas dores, banindo os teus temores
Embora banhada e perdida se encontre esta minha alma
Coloquei-te no meu peito…….
Refeito de emoções, cheias de silêncios.
Rosa desfeita em sílabas de dor………
Amor sufocado de palavras nas noites solitárias!
Entenda, uma coisa é você querer fechar seu coração, e outra é ele querer ficar fechado, coração é morada sem tramela, uns entram e ficam pra sempre, outros saem sem explicação e algum deitam só de passagem.
Penso que o livro fechado é a boca implorando voz, igual aos sonhos da infância que se extraviaram de nós”. A frase do poeta e cantor Pirisca Grecco traduz o sentimento de uma ação simples, mas que pode mudar muita coisa na vida de alguém: a leitura.
Portanto leia hoje, amanhã e sempre. Ler faz bem, inunda os olhos, compartilhe ideias. Leia, doe!
"Penso que o livro fechado é a boca implorando voz, igual aos sonhos da infância que se extraviaram de nós”. Esta frase do poeta e cantor Pirisca Grecco traduz o sentimento de uma ação simples, mas que pode mudar muita coisa na vida de alguém: a leitura.
Lembra-se do Sebastião?
Tá vivo mais não.
Morreu anteontem, em um beco fechado de alemão.
Tava indo para escola, com o caderno na mão.
Cê tá ligado como é rato...
Atira, pergunta depois, e ainda colocaram uma AK na mão...
Sim, do Sebastião.
Agora tão chamando o menino de bandido, ladrão...
A mídia apareceu lá em cima.
Nos perguntando como foi.
Falei: o garoto estudava.
Só tinha 13 anos, irmão.
Minha fala foi para o jornal...
Mas não contaram a minha versão.
Agora já era.
Sebastião virou estatística.
E pior... Na mão da polícia.
Da mídia golpista.
Do estado nazista.
E tudo isso em vão!
#DesmarginalizaBrasil
Livro Fechado
Em tempos, já tive nome de livro aberto
Uma chuva de lágrimas assim me chamou
Sob notas musicais, alma a descoberto
Revelando ao mundo aquilo que sou.
Livro que contava o tempo que passou
Página a página, o tempo que chegava
Eu era a tinta que nele se cravou
Palavra a palavra que tagarelava.
Mas o vento deslocou as páginas por ler
E a metade já lida do seu lado cresceu
Páginas não lidas com pouco espaço a ser
Desfolhando-se todas o vazio nasceu.
Porém, um dia, a última página virou
Não sobrando lugar para se escrever
Com o tempo também a capa se fechou
E aquele branco calado acabei por esquecer.
Sou livro fechado, selado, trancado
Que teve um nome, uma causa, uma vida
Não existe mais força para ser forçado
Este livro fechado a letra dorida.
Na fúria do tempo, das palavras sem tinta
Frases sentidas presas no emaranhado
Talvez seja o tempo que no peito minta
Nas letras perdidas deste livro fechado.
FECHADO PRA BALANÇO
Ela não desistiu do amor. Não desistiu de amar. Não desistiu de ser feliz. Não desistiu do seu velho sonho. Ainda não. Uma igreja florida, um tapete vermelho, um sorriso a esperando no altar, um cachorro saltitante no jardim, crianças no sofá da sala, dois velhinhos no pomar, calma no coração. Não! Isso tudo ainda vive dentro dela. Ela não desistiu de chegar ao terraço, simplesmente, não suporta mais os degraus da escada. A verdade é que foi um longo caminho até aqui. Flores que murcharam, lágrimas que caíram, escolhas erradas, planos rasgados. Um coração cansado de se reinventar. Não! É certo que ela não desistiu. Apenas, se cansou. De se entregar para quem não merecia. De acreditar em quem mentia. De ouvir sempre as mesmas promessas. De ser tudo sempre igual. De sentir solidão a dois. De ter que recomeçar tudo do zero. Tantas vezes. Tantas mágoas. Tanta dor. E há quem diga que ela não tem mais sentimentos. Há quem diga que ela é injusta. Há quem diga até que ela desaprendeu a amar. Na verdade, não é bem assim. Esse coração de mármore era diferente até outro dia. Mas, de tanto se ferir, criou essa proteção, quase que impenetrável. Está duro e frio, mas, ainda assim, é um coração. E, por mais que não admita, ainda quer se apaixonar novamente. Desde que seja pela última vez. Isso mesmo. Só mais uma. Dar o último primeiro beijo. Dizer o último sim. Se entregar sem medo. Lá, bem lá no fundo mesmo, esse sonho ainda vive. Escondido e amordaçado, mas vive. A vontade de ser mãe. De ter uma família. De construir algo para a vida toda. Por muito tempo ela se culpou. Por muito tempo lamentou o tempo perdido. Agora, que finalmente conseguiu se reerguer, não se permite mais errar. Veja bem. Eu não digo que você não deva se interessar. Apenas, deixo o alerta. Quer ficar com ela? Então, vai ter que provar que merece. Será preciso muita força de vontade. Que venha para ficar ou nem apareça. Um coração cheio de amor próprio não aceita visita de outro sentimento qualquer. Para ser sincero, amigo, você sabe, mulher é difícil de prever. De duas, uma: ou é mesmo tudo isso que eu te falei, ou ela simplesmente te achou feio. Pode ser também. Todo mundo tem esse direito. Difícil de saber. Se for o segundo caso, favor desconsiderar o texto.
A insegurança me enganou e me trancou em um quarto fechado.
Mentiu dizendo que seria feliz mas na realidade não passava de um aprendiz. Um aprendiz que queria ser livre mas a insegurança não deixava.Foi então que abri as assas e fugi.Me tornei seguro e hoje já não sou mais aprendiz.
O Pai nos liberta de um mundo fechado e egocêntrico para o das relações e afetos. Ele nos liberta dessa individualidade que nos faz sentir órfãos em potencial. Ele nos dá identidade no meio dessa orfandade. Ele nos dá sentido no meio do mundo perdido e superficial. Que nós busquemos o referencial no amado Aba Pai, aquele que nos dá sentido e identidade.
És virtuosa, mulher!
Jardim fechado do Senhor, separada pelo Pai para ser uma mudança na sua geração!
Não se abale diante das circunstâncias que virão e se erguem com um obstáculo à sua frente, passe por cima dele pelas asas do Espírito de Deus.
Janelas fechadas
Coração fechado
A paz e a quietude
Me fazem pensar... planejar
Alguma forma de atitude
Que modifique este meu jeito de viver
Esta forma que a outros
Parece ser hilária
Mas são apenas traços
de um coração solitário
Que trancou a alma
Num labirinto intransponível
Repleto de armários de aço
Abro as janelas
O som dos motores lá fora
Dá a impressão
Que uma frota de caminhões e tratores
Está levando o mundo embora
De uma hora pra outra
Muita coisa muda
Emudece a cidade
De tanto me iludir
Me desiludi com tudo
Quase chego a desistir
Mas isso ainda não é hoje
Decido viver este dia
Recolho a solidão e a tristeza
Me sento à mesa
Transformo tudo em poesia.
Vãs as palavras se tornam num livro fechado e rabiscado; conceituo minha existência assim, choramingada numa cantoria calma. Dito isto me calo e tento dormir, pois a manhã vem junto dos pássaros e, não quero me atracar, no poço junto aos navios...
"Ver alem do natural é uma questão de fé; você pode olhar para o céu todo fechado e visualiza-lo azul."
Hoje meu coração está fechado com um amor guardado, as lágrimas cercaram por trás de um sorriso disfarçado com o rosto cansado e a alma cicatrizada com uma liberdade que esconde a verdade de ter amado sem ser amada.
Sempre fui assim
Sou meio fechado
As vezes encabulado
E muito falante
Sou consolador
Meio preguiçoso
Mas atencioso
E muito bondoso
Com jeito de bobo
Gosto de encantar
E fazer carinho
E de dar beijinhos
Gosto de abraçar
Sempre com meu jeito
E meio sem jeito
Sou conquistador
Já ganhei a vida
Não gosto de briga
Quero me da bem
Pra fazer o bem
Sem pestanejar
Mas sempre fui assim