Fecha os Olhos
Com os olhos abertos não pude te ver, quem sabe se eu fechar meus olhos, na escuridão dos meus pensamentos eu possa te ver, te ver lá no final, em frente a uma luz seguido de um túnel para me livrar dessa escuridão e desse abandono.
É tão bom fechar os olhos e sentir aqueles lábios macios tocandos os meus, com delicadeza e suavidade, apreciando aquele sabor de perfeição, e saber que tudo isso é muito mais que um beijo, é a troca de amor.
Sempre que fechar os olhos e lembrar da pessoa que mais te faz bem, não deixe-a escapar, lembre-se que pode ser a pessoa que você estava esperando a vida inteira.
Difícil fechar os olhos diante da escuridão dos obstáculos e ver que o mundo não tem lógica e muito menos razão, somos punidos por amar e querer o bem o esforço das minhas mãos são em vão fazendo da minha mente uma base contraditória, não sou robô e sou defeituoso e preciso ser amado assim as coisas que deveriam jogar fora que atrapalhavam já joguei e o que restou é de mim e preciso que me aceite assim mesmo porque eu apenas quero te amar com os meus e seus defeitos.
Combinamos de ser a folha e vento?
Pois quando te encontrei não pude fechar meus olhos seu brilho era tão lindo me embriagou , me senti a própria folhar ao vento, você é meu vento?
O vento que sempre procurei, o vento que gira a roda da vida?A roda da minha vida...
Agora posso e vou para qualquer lugar, pois encontrei meu vento, vento este que gira meu catavento...
Que leva minha vida, minha folha meu vento rsrsr....
Diz que não se importa, diz que não liga, diz que nunca vai se importar. Mas quando fecha os olhos pra dormir, não dorme.
Adeus ao Poeta
Terça- feira, 16 horas.
Faltou luz no escritório.
Se fechar meus olhos, volto num instante àquele dia.
Abri a porta do escritório que emperrava no chão. Seu barulho rasgava o tecido fino do barulhinho de chuva que sussurrava naquela tarde.
Meu chefe se assustou. Ele estava sentado em sua poltrona que ficava bem em frente a porta.
Uma vela iluminava a sala repleta de livros.
Tudo estava delicado - olhos delicados, susto suave, respiração lenta, limpa e branca.
Senti uma ternura imensurável quando o avistei.
Pediu-me que sentasse ao lado de sua poltrona para que conferíssimos as cartas que seriam enviadas no dia seguinte. Peguei a vela para iluminar uma das cartas enquanto líamos.
Meu chefe, poeta, em meio aos seus 92 anos, era personagem principal daquela tarde cinzenta. Nela, ele escrevia, lindamente, o último parágrafo da sua história.
Tudo escuro em volta. A vela criava um mundo paralelo, onde só existia ele.
Tive a nítida sensação de estar sentada num imenso teatro. Ele no palco, em sua poltrona antiga. Escuridão - foco nele. Sua última poesia sem palavras. Sua última poesia, era ele.
Comecei a observar suas veias, sua pele fina e enrugada. Cada linha de velhice, me contava uma parte da sua história. Naquele momento, o Dr. Barreto me apresentava, sem querer, toda a sua biografia. Nos tornamos, assim, velhos conhecidos.
Quando terminamos, ele se levantou. Guardei algumas coisas em sua pasta. Ele pegou seu guarda-chuva e
foi saindo devagar. Como aquele dia cansado, porém, com o aspecto de missão cumprida, fazendo uma combinação perfeita com o poeta que tinha poesia até nas linhas de velhice das suas mãos.
"Até amanhã...", disse ele.
No dia seguinte, pela manhã, não havia mais Dr. Barreto. Só a poesia e o cheiro da vela no escritório. Poesia essa que, sem saber, ele escrevera para mim. Naquela tarde chorosa, que tanto chorava porque do poeta despedia-se em silêncio...
Essa é uma singela homenagem ao Poeta e Fundador do Movimento Poético Nacional, " Dr. Sebastião da Silva Barreto", que tornou nosso curto tempo de convivência tão grandioso que ficará eternamente gravado em minha memória.
Juro que ainda espero auto compreensão.
Fechando os olhos sinto tantas coisas que nao posso ter que nao posso entender que nao posso ver.
"Eu gosto é de viajar pela música...
De fechar os olhos e deixar ela me levar
para dentro de mim mesmo...
Com a melodia que me hipnotiza e me faz transcender,
descubro a cada nota musical, o caminho para
o silêncio que existe dentro do meu ser.
E neste mundo de malucos em que vivo
a paz e o silêncio interior é vital
para a minha sanidade mental e espiritual."
Quem abriu em meus olhos,
essa torneira de lágrimas.
Quer fazer favor de fechar?
Já não aguento mais, tanto chorar.
Da mesma forma que não precisamos da luz acesa se
estamos de olhos fechados,
É inútil fazer planos sem dar o primeiro passo.