Fazenda
A mocinha da fazenda corria livre e sem perceber encalços pelos caminhos. Seguia por musgos macios, beirando ribanceiras, arriscando-se a cair, mas loucamente prosseguia. Vestia suas asas de borboleta e voava sobre as paisagens, recolhendo a beleza que conseguia captar. Suas tranças eram velas ao mar em aventuras infantis ou seriam asas de um colibri em busca de néctar? Ela não percebia isso ainda, apenas voava em sua imaginação - ao sol cantava, as estrelas do céu apanhava e um colar fazia. Se enfeitava toda, não para aparecer, mas porque já viera ao mundo como poeta e assim seria, toda e qualquer poesia.
A vida na fazenda exige trabalho árduo e muita dedicação, mas a recompensa vem a cada por sol e no cantar dos pássaros que tocam qualquer coração.
Minha querida Caruaru
Da fazenda Caruru ganhastes vida Se transformando na Caruaru como hoje é conhecida Princesinha do Agreste, umas das maiores de Pernambuco Que vem do litoral ou do sertão passa por aqui
De longe, avisto o Morro do meu Bom Jesus Já sei que estou chegando na Caruaru que tanto me reluz Do barro de Vitalino ganhastes forma e vida Retratando em suas esculturas a cultura dessa terra
Teu São João é o maior e melhor do mundo Gente de tudo quanto é canto vem aqui para te conhecer Tem forró, tradição, comida gostosa de montão Um povo alegre e trabalhador está aqui para te receber
Quem nunca veio, quer vir te conhecer E quem já veio, não vê a hora de te rever Na maior do interior, na mais querida desse agreste Nesse pais chamado de Caruaru
A nossa feira é tão famosa que virou até patrimônio De tudo que você pensar no mundo tem na feira de Caruaru Já dizia Seu Luiz em uma de suas canções De mandioca ao boi de barro, e se brincar, até Cururu
Seu comércio de confecções é agitado que só vendo Na Sulanca é muita gente, tanto comprando quanto vendendo É Toyota para cá e Toyota lá, vindo de montão Saindo todos bem vestidos e com um monte de sacolão
Aqueles que não vivem mais aqui por conta do destino Sentem aquela saudade da Caruaru do seu tempo de menino Já cantava o grande Azulão, artista de nossa terra Que não voa como o pássaro, mas canta como um poeta
- Lavando roupas -
___ Era sempre manhã na Fazenda São José do Arrudas - localizada no interior de Minas Gerais.
Adorávamos aquela paisagem bucólica do Rio São José do Arrudas, que deu o nome à fazenda. Era calmo e manso e podíamos atravessá-lo à pé, em tempos de seca...
A fazenda tinha lindos Currais em braúnas e plantação de arroz na várzea, onde piavam saracuras... Outras plantações e grandes pastos para o gado ladeavam a sua entrada.
Amava a fazenda porque era tudo que gostávamos de curtir em nossas temporadas por lá. A casa ficava a uns 300 metros da estrada entre as cidades de Serro e Conceição do Mato Dentro e, para chegar nela, uma grande porteira fechava aquele lado do acesso à fazenda.
A saída pela porta da cozinha para o terreiro era uma paisagem especial, pois, abria uma cancela para as áreas dos afazeres cotidianos da casa: fornalhas com um panelão para cozinhar bananas para os porcos e um tacho para ferver as roupas muito sujas e encardidas (a prática era virá-las e revirá-las com uma longa pá de madeira, para maior efeito do calor e das folhas verdes de mamão). Ao lado, o pilão para socar e limpar arroz e pilar café, forno à lenha para assar quitandas, uma engenhoca pequena para moer uma ou duas canas para a garapa do café e,
caminhando em direção ao moinho, tínhamos a bica d'água bem ali, ao lado do quarador de tela de galinheiro e a grama verdinha onde as roupas eram estendidas para quararem ao sol.
Como a gente gostava da rotina naquele retângulo mágico: paiol, galinheiro, serraria, caixa d'água e, ladeado pelo engenho e pelo moinho de pedra, do lado de cá do rego d'água, ficava o chiqueiro.
Os varais de secar roupas, espalhados pelo terreiro, eram nossos labirintos onde bombavam o pude, o pique esconde, quando cheios de lençóis e colchas secando...
E o que mais me encantava, desde pequena, era a bica que nunca se fechava - a água batia, espirrava e brilhava aos raios do sol - o dia inteiro! Ali ficavam o estaleiro para secar vasilhas e as bacias para a lavação de roupas. Adorava ver as lavadeiras se movimentando por lá, ensaboando roupas, esfregando lençóis brancos,batendo-os nas pedras para clareá-los antes de seguirem para
os quaradores. Era um ritual solene, porque em cada etapa tinha-se uma sequência de movimentos dinâmicos e experimentados - lavadeiras são profissionais especialistas em lavação.
Horita, uma moça madura e muito generosa conosco, era também a lavadeira oficial das roupas da fazenda. Mamãe gostava muito dela e a convidou para ser a minha Madrinha de Consagração.
Mamãe faleceu, quando eu tinha apenas 4 anos e éramos uma patota de oito irmãos - de 2 a 14 anos. 'A casa das sete mulheres' e dois homens, meu irmão e nosso pai. Assim, vivemos uns cuidando dos outros e um adulto cuidando da vida da família.
Então, vivia agarrada às barras da saia da Dindinha Horita. Não só eu, pois, ela cuidava da casa e de todos nós, quando estávamos passando os dias na fazenda. Depois que mamãe se foi, todos fomos morar na cidade. E Horita cuidava da roça e das coisas da casa, porque sendo um fazendeiro meu pai não pode se mudar da fazenda.
A rotina da casa era como em todas as fazendas... Um dia, contarei as particularidades que vivemos naquela casa - tempos idos mas lembrados com amor e muito carinho.Viver os acontecimentos diários era prazeroso e fazer gangorras, andar a cavalo, procurar ninhos de galinhas pelo mato, catar pedras às margens do rio e pescar foram lindas aventuras que vivemos naquele paraíso do qual jamais me esquecerei.
Na minha infância, conviver com as lavações de roupas fizeram parte de inúmeros eventos em minha vida. A cultura, hábitos e estilos daquelas rotinas dos trabalhos domésticos faziam parte do regionalismo local. Muitas vezes, eram rituais coletivos, quando as lavadeiras ocupavam os espaços nos cursos dos rios próximos à cidade, onde as pedras, estrategicamente, estavam localizadas e
compunham um ambiente ideal para aquela tarefa tão secular. Como era lindo ouvi-las cantar no batido das roupas! Às vezes, eram festivas e noutras situações eram até melancólicas... Sempre me pegava observando-as absorta e admirando a cadência daquela prática, há anos presente na vida das lavadeiras das bicas d'água e em beiradas de rios. Dias nublados eram diferentes dos dias ensolarados. E os dias não eram iguais. E a vida não não era fácil. Mas elas eram felizes, a gente sentia! Lavar roupas é algo tão sublime que, para mim, sempre fez parte de uma etapa de crescimento e emancipação da vida.
Os dias de lavação de roupas no rio, lá na fazenda, eram dias muito especiais. Levantávamos cedo para não perdermos a agitação - as brincadeiras pelo campo, correr atrás das borboletas que sobrevoavam as roupas quarando sobre a grama, fazer represinhas com pedras para prender girinos - era tanta pintação que os dias passavam sem percebermos - livres e soltas na natureza!
Horita amarrava a trouxa de roupa, punha-a dentro da bacia grande e, na sequência, era juntar o sabugo e as palhas de milho, folhas de mamão, ramas de Melão de São Caetano, Anil Colman e as bolas de sabão preto, feito lá mesmo com a diquadra (água decantada das cinzas de madeiras da fornalha + soda cáustica). O sabão espumava branquinho e botava os lençóis alvos e doendo as vistas. Coisa que nunca entendi...
Chegando ao rio, descansava o pesado fardo perto das pedras - uma para a lavação e outra para se sentar enquanto trabalhava.
As margens do rio eram rasas e ela se enfiava na correnteza com a água batendo no meio das canelas.
Ágil e calma ia separando as roupas brancas das coloridas; as roupas das crianças e dos adultos - roupas mais usadas, mais frágeis e desgastadas - tudo que era do uso cotidiano. As roupas para as missas de domingo e de festas eram lavadas com sabões mais finos e com capricho que não
carecia de quaração ou bateção nas pedras...
Horita ensaboava as roupas já molhadas, esfregava-as e as deixava emboladas sobre as pedras, quarando nas gramas às margens do rio, até porque a bacia era grande, mas era uma só... O revezamento era todo programado, para que a água de sabão já usada, a barrela, pudesse ser reaproveitada também nas roupas mais sujas e que demandavam maior trabalho na lavação. Enquanto catávamos girinos em águas rasas e os encantoava nas margens de areia e do lodo, ouvíamos o bate-bate das roupas. Pá... e pá... e pá de novo. Depois de recolhidas da quaração, ela repetia o processo de bateção nas pedras - pá... e pá... e pá... e com as mãos grudadas nas roupas, o braço subia e elevava-se ao alto - um giro espetaculoso que, num movimento certeiro, descia bem no centro da pedra do rio! E, de novo, pá... pá... e pá! Pronto. Hora de investir nas etapas seguintes. Para as roupas brancas, nunca se esquecia do Anil Colman.
Ali, a liberdade e o entrosamento com a natureza acontecia em perfeita sintonia - seguíamos os movimentos tão cheios de energia da dindinha Horita, que não se esquecia de espichar os olhos e, de quando em vez, parava para ver se estávamos por perto e o que estávamos aprontando - todo cuidado era pouco. _ Meninas? Sempre gritava. Olho no peixe, olho no gato e mãos nas roupas... Ver a dindinha Horita se entregar concentrada na lavação, perder-se em pensamentos quando, entre uma esfregação e outra, parava para descansar e levava o olhar para longe, perdida entre a paisagem e o firmamento, era emocionante! Um momento que me paralisava. Um fascínio por aquela visão que muitos
nem se tocavam. Era fantástico vê-la soltando os lençóis pela calma correnteza das águas do rio, para ajudar na remoção do sabão - sabedoria pura! E a gente até batia palmas!
Num dia daqueles, ela ela me deitou sobre uma trouxa de roupas e disse: - pequena afilhada, suas orelhinhas estão sem brincos, os furos já se fecharam. Pobre bondosa Carmélia (era o nome da minha mãe) deixou vocês ainda precisando de tantos cuidados! Decidida e sem pensar duas vezes, puxou a agulha com linha, que carregava pregada na gola da blusa, para cerzir roupas
rasgadas, fazer os remendos de costuras soltas e para pregar botões que se soltavam mesmo. E já foi dando um nó nas pontas da linha... Mandou-me fechar os olhos e perguntou: - você quer furar as suas orelhinhas, ter lindos brincos e ser a menina mais linda lá da escola? Então, disse-me ela: - não chora... fica quietinha, com os olhinhos fechados, que não vai doer e vai ser como fazem as fadas... uma mágica! Não vai doer, repetiu. Claro que doeu, que chorei e que ela me acariciou e me consolou. Fez dois aneizinhos de linhas em minhas orelhas e não me lembro se sangraram. Quando chegamos em casa, ela passou cachaça pura ... Foi o primeiro furo que tive em minhas orelhas e que estão aqui até hoje.
Com ela aprendi a lavar as minhas roupinhas. Primeiro as calcinhas, as meias e, a cada férias, à medida que eu crescia, aprendia a lavar e cuidar de minhas roupas maiores...Gravei bem muitas lições - cuidar para lavar bem as roupas e nunca me esquecer daqueles gestos tão naturais, espontâneos e perfeitos. Dona de casa, trabalhadora e estudante, às vezes, fora o dia inteiro e criando duas filhas, ainda assim, mesmo na correria diária, sempre me dediquei a lavar roupas à mão; aquelas que avaliava serem especiais, e que precisavam ser lavadas separadamente das peças gerais da casa. Tive lavadeiras muito dedicadas, depois da didinha Horita.
Mas sempre fui adepta da lavação de roupas à mão. Porque as lavadeiras sempre me encantaram neste trabalho tão cansativo, mas também muito prazeroso.
Nunca conheci uma lavadeira que não gostasse de lavar roupas. Isso me tranquilizava porque sempre avaliei ser um trabalho pesado. Até hoje, entregar-me fielmente aos movimentos da lavação e me perder em pensamentos, enquanto esfrego algumas poucas peças de roupas, é uma viagem que acontece comigo. Quando criei as minhas filhas, adorava deixar as fraldas branquinhas e com cara de higienicamente limpas. Eu mesma as embainhava com bordados à maquina,
em linha azul marinho e as lavava à mão, enxaguando-as com Anil Colman, para que ficassem alvas de doer as vistas - como fazia dindinha Horita. Quanta saudade - que Deus a tenha!
Também gosto de fazer sabões - hoje com mais tempo, acesso à variedade de opções no mercado e com a tecnologia, posso pintar e bordar, criar sabões para usá-los em várias cores e essências que trazem energias holísticas e mais naturais, são coisas que posso escolher.
É uma ocupação meio estilo bruxaria - a gente vai adicionando ervas, cores e essências -uma arte muito especial! Assim, entrego-me a esta tarefa de lavação de roupas com amor, disciplina e prazer. Vou me envolvendo, com jeito e energia, revirando as roupas e me perdendo em pensamentos, enquanto vou girando o tecido e buscando ser eficiente na sequência dos movimentos - sempre é um momento novo - cada roupa me cobra uma atitude particular e diferente. Porque lavar roupas é uma arte e uma particular terapia.
Acho que muitas pessoas deveriam experimentar - é uma grande relação com o antes e o depois, sensível e visível, num piscar de olhos. Nunca tive dificuldade em dominar a lavação de roupas, porque aprendi esta atividade quando ainda criança.
Muitos projetos da minha vida eu os formatei quando, na beirada do tanque,
me dedicava, incondicionalmente, à arte de ensaboar, esfregar e enxaguar roupas.
Muito prazeroso perfumar e torcer cada peça com cuidado, enquanto os pensamentos torcem músculos e neurônios, espremendo a mente para que a criatividade e a inspiração possam apontar novos caminhos, saídas estratégicas, decifrar sonhos e transformar desejos em investimentos, até então nunca experimentados... Quantas vezes, em momentos de aflição, me aliviei apalpando os tecidos na espuma, ou, esfregando-os, freneticamente, para fugir das tensões e das situações conflitantes... Já chorei muito com o olhar perdido na espuma e as lágrimas caindo sobre as roupas...
Não obstante, lavar roupas pode ser um exercício de relaxamento e reflexão sobre atitudes, instantes em que o mundo gira a mil pela cabeça, para depois retomar o passo-a-passo das coisas, botar limites e interromper o ritmo desenfreado das ideias. É um tempo propício para a gente esfriar a cabeça ou se entregar a mirabolantes pensamentos, delírios - esquecer as preocupações e até praticar a meditação.
Depois, vem uma calmaria,uma paz e uma tranquilidade inesperadas. Lavar roupas é cuidar da higiene material, física e mental - roupas limpas trazem momentos agradáveis e prazerosos. E mais, ato contínuo - todo cuidado é pouco na hora de pendurá-las para secar, pois, isso facilita passá-las, embora nunca gostei de passar roupas. Eu as sacudo bem para estendê-las e, ao
recolhê-las eu apenas as estico com as duas mãos, dobrando-as à medida em que se desfazem as dobras, marcas de pregadores e amarrotados de quando foram torcidas e dependuradas.
Somos assim também... Quem dera pudéssemos passar e esticar as rugas e cicatrizes adquiridas com a idade e vivências cotidianas - são as marcas externas que mostram muito de nós.
E as internas, que pensamos não enxergar, são as que mais doem e sufocam - são estas que devemos percebê-las para tentarmos desfazê-las. Estas sim, podemos minimizá-las, ou,com vontade e coragem, aboli-las de nossas vidas com corajoso enfrentamento e amor próprio.
Uma roupa mais sensível ao toque pede a delicadeza de mãos se alternando ao redor das sujidades, em leves movimentos de esfregação - uma celebração de respeito para com o tecido, suas fibras, suas cores e as histórias registradas naquele pedaço de pano, que alguém deu formatos tão especiais... Ou, não. Mas, de qualquer forma, enquanto fizerem parte de nossas vidas, serão também registros de lembranças e recordações. Por isso, nunca devemos guardar as roupas sujas ou estragadas, porque, com certeza, elas são parte de um presente e, mais tarde, capítulos vividos, experimentados e avaliados - lembranças caras e especiais. Tenho uma ideia aqui comigo que, enquanto souber lavar minhas calcinhas, cuidar da melhor higiene do meu corpo e das minhas roupas, serei capaz de prosseguir vivendo com independência e auto suficiência.
Coisas que sempre confidenciei com a minha sogra.
Gosto de orientar as pessoas como se lava uma roupa leve, ou, de um tecido mais velho e que seja necessário proteger suas fibras para mantê-las íntegras, em bom estado de firmeza e conservação das cores, ou, ainda que brancas, possam ser protegidas e evitar de manchá-las, quando é o caso.
Não é ensinar, mesmo porque aprendi mais com as lavadeiras do que inventei métodos, mas tenho meu jeito particular de lavar roupas.
Assim, depois de escolher e separar a(s) peça(s), toma-se a bacia ou o balde e coloca-se água suficiente para cobrir todo tecido. Calcula-se o sabão a ser usado sem economizar, mas sem exagero. A seguir, bate-se bem o sabão na água (em pó ou em barra - adoro lavar com sabonetes brancos e cheirosos , ou de coco, ou com os delicados sabões para roupas de bebês). E, enquanto o sabão vai se derretendo, vira-se as roupas para o lado direito, e localiza-se as sujeiras que deverão ser removidas, classificando-se quais serão os cuidados que o estado das peças demandam.
Mergulha-se a roupa na espuma, não se esquecendo dos pontos que sugerem maior esfregação, retirada de manchas ou um molho especial. Daí, pega-se o tecido com cuidado e, com movimentos circulares e definidos, esfrega-se cada peça, todinha, sempre fiscalizando se as sujidades foram removidas com sucesso...Ohummm... Se necessário usar alvejantes e removedores de manchas...
Na sequência, passa-se para as etapas seguintes, enxaguando-as em água suficiente, para retirar todo o sabão, evitando-se que as roupas fiquem encardidas ou impregnadas de resíduos químicos dos produtos utilizados - água sanitária, alvejantes e/ou amaciantes.Assim, a água do enxague deve, ao finalizar o processo, apresentar-se límpida, transparente, levemente perfumada e sem cheiro forte de sabão ou enxaguante.
Da mesma forma é lavar o corpo por fora e a alma por dentro - o nosso interior carece de cuidados especiais, atenção redobrada, leveza da higiene da mente muita dedicação - imprescindível na remoção de sentimentos que nos intoxicam, lembranças que nos deprimem e recordações que despertem tristezas, sofrimentos e negatividades. Roupas bem lavadas e devidamente secas
(se for ao sol, o cheiro é mais gostoso e a aparência é outra), depois de passadas ou bem esticadas nos dão um inexplicável prazer ao tocá-las, usá-las, vesti-las ou, simplesmente, dobrá-las para serem guardadas...
Mentes leves, generosas, livres de ressentimentos, prontas para compartilhar amor, perdão e gratidão pela vida são recheadas de ingredientes para promoverem um corpo são, um coração aberto para as coisas boas e alegres da vida - a felicidade que tanto sonhamos!
____ @DelzaMarques - 2001/2007 - atualizado em 2020.
_______________(Dica de lavagem: A cinza possui uma importante propriedade que é a de branquear, purificar. O sabão de cinzas é ecológico e não polui o ambiente. Sendo assim, se quiser clarear tecidos rústicos é só colocá-los ensaboados de molho e com uma trouxinha de cinza, no dia seguinte é só enxaguar.)
MINHA VIDA.
Agradeço ao Senhor
minha luta, meu empenho
como homem trabalhador
na fazenda e no engenho
das terras do interior
sou um pequeno produtor
bem feliz pelo que tenho.
" O destino nos manda trabalhar
para que o pão plantado lá na fazenda
seja sinônimo da benção de Deus...
💜🐺💜
A floresta está
Voltando
Crescendo
Aparentemente
Os apostadores saíram de cena
A fazenda foi interditada
Aqui não voltam nunca mais
Os lobos que eram de outro bando
Se foram
Os índios também
Estou somente com os meus lobos
E claro o meu em especial
A causa do meu ciúme
Foi embora
Pelo menos por enquanto
Então......
Hoje estou me sentindo mãe
Acho que agora vamos curtir
A gravidez
Havia comprado várias peças na cidade
As índias me trouxeram muitos presentes
A barriga está crescendo
Meu lobo está muito orgulhoso
Pode ser menina...ou menino
O parto me preocupa
Estamos longe da cidade
Espero não ter muito alarmes falsos
Aqui na fazenda tem helicóptero
Outra faceta do meu lobo
Piloto
Tudo vai correr bem
Faltam 2 meses
Transforme a sua vida em uma grande fazenda de amor, onde a tempestade tudo quer devastar, mas, as sementes do pudor, da paixão, do respeito, da harmonia e da fidelidade aí semeada, apenas nos leva a colher FELICIDADE.
Botina amarela
Na fazenda espinilho
Num lindo salpicado rosilho
Como regalo de criança
Guardarei essa linda lembrança
Uma boina de gaiteiro
Com seis anos muito faceiro
Um Galdério bem pilchado
Naquele corcel sem alguém do meu lado
Sorriso de jacaré esparramado
Um piá mais que arretado
Ganhei essa prenda singela
Trotando com estilo num embalo
Controlando o pomposo cavalo
Uma vistosa botina amarelas
Tidão Fassina
Casinha de fazenda
Samambaia da colina
Nasce uma lenda
Vem à luz Tide Fassina
Era tempo dos bondes
Tide é apelido
Seu nome é Aristides
Ele já nasceu sabido
Descendente de italiano
Trabalho o ano inteiro
Vivenda novo plano
Cambiou Sítio Barreiro
Tinha um pé-de-paina
Prás bandas de Itatiba
Caboclo da Bocaina
Sombra da copaíba
Na lida era perfeito
Já tocava a carroça
Serviço malfeito
Levava uma coça
Preste atenção
Galo canta de manhã
Quantos Fassina são?
Seis irmãos e uma irmã
Saiba a verdade
Aristides Fassina
Aos dezessete de idade
Acordava três da matina
Tapete de geada
Cavalo tá selado
Tocava a boiada
Passo troteado
Amansador de burro bravo
O bornal leva a marmita
Comia mel de favo
O bondão era a cabrita
Para boi de corte
Faca de açougueiro
Novilha de porte
Munheca de leiteiro
Seu pai era João
Antonia mãe amada
Um sítio um casarão
Sousas virou morada
Havia muita fartura
Chapéu de boiadeiro
Cavalgava com bravura
Cabras Fazenda Jambeiro
Um homem se formou
Beleza singular
Rachel se apaixonou
Conduziu-a ao altar
Duas meninas dois meninos
Novo lar paternidade
Um pomar um pé-de-nozes
Prestígio na comunidade
Encerrou uma empreitada
Floreou a incerteza
Avistou grande jornada
A dor tem sua beleza
A vida é bailarina
O destino ninguém dita
Benvindos Rafael e Carolina
Casou-se com Rita
Vai longe essa história
Em vários casos é contada
Muita luta e muita glória
Mas não está acabada
Ói qui senhor freguês!
Quer saber mais do Tidão?
Perguntem a ele é sua vez
Porque eu não conto não
Minha fazenda de gado.
No passado, eu jogava fora o cupim, os cascos, os chifres e muito mais.
A natureza aproveita tudo e não desperdiça nada!
Hoje, aproveito tudo, até as fezes dos animais.
Ainda não sabemos se existe algo mais, como a alma. Caso exista algo mais, iremos aproveitar também.
Conta-se que um homem adquiriu uma fazenda. Um dia, encontrou um vizinho que agressivamente lhe perguntou: “Comprou esta propriedade?” “Sim!” “Pois comprou uma questão nos tribunais.” “Como assim?” “Existe uma cerca construída fora da divisa. Vou defender meus direitos!” “Não faça isso”, pediu o novo vizinho, “acredito no senhor. Se está errada, consertaremos!” “Sério?!”, exclamou o queixoso. “É claro!” “Bem, se é assim”, respondeu o reclamante, “a cerca fica. Faço mais questão de ter a amizade com um homem honrado do que a terra!” Assim tornaram-se grandes amigos. (Extraído do devocional Presente Diário, nº 27, meditação do dia 01.03.24, publicado pela Rádio Trans Mundial).
A FAZENDA DO LAGO
-
Imagem do passado
Calmaria em memória de flores
Do passo, ao contubérnio.
da paz ao esquecimento
§
Diante desse quintal
Existem páginas enroladas
e algumas árvores
cheia de frutos caídos
§
Em poucas palavras
um céu tocado por cores
em ventos simples
Eis a imagem da fazendo do lago
"Acordar cedo e respirar o oxigênio puro da fazenda é verdadeiramente maravilhoso, revigorando o corpo e a mente para enfrentar o dia com energia e vitalidade."
"A fazenda é o refúgio que nos reconecta com as raízes da vida, nos ensinando a valorizar a rotina do trabalho, o ciclo das estações e a grandeza do alimento que nasce da terra."
"A fazenda é o coração da natureza, onde a terra e seus frutos se encontram em perfeita harmonia com o trabalho árduo e a esperança de uma colheita abundante."
O oxigênio que eu respiro é puro e provém da fazenda, afastado da agressividade dos carros poluentes.