Frases na parede e no muro da favela carregadas de reflexão
Na favela poucos acreditam em coronavírus
E a culpa disso é desse sistema negacionista
Que não pôde se organizar como o momento pede
A pandemia prova que o governo não nos protege
Favela Chora
Quando vamos poder gritar que a favela vive, me explique essa operação não importa se é no rio ou em sampa, se é no Salgueiro ou no complexo do alemão, eles continua descendo e subindo acertando inocente crianças que tinha muita vida pela frente, não sei quem em confiar quem poderia proteger estão atirando sem ver quem está a frente, e hoje mais uma mãe chora e causando dor em muitas gente é difícil de superar o corpo acostuma mas a mente não se conforma, eu queria fazer história de amor mas como se estamos em uma guerra que só existe dor sem pudor o céu não tem mais cor as árvores crescem seca sem flor, a hipocrisia rola em um país onde os papéis são invertido em valor e aqui a bala perdida só encontra criança e trabalhador, eu sei o que sou e sei o que penso o clima é tenso a vida inocente é de sofredor pra nós não tem bom senso fica até intenso, o certo vira o errado e o errado vira certo isso nem o bom entendedor sabe explicar o exato até repenso, a favela mais uma vez chora a goteira da chuva é mais uma lágrima e isso não é mais um pretenso, pra Deus eu rezo pra trazer paz só isso que peço, não sabe o quanto pra escrever isso aqui pesou só queria ver no olhar de uma inocente criança um verdadeiro sorriso minha rima eu friso a vida é uma canção infantil cheio dos improviso, eu só não consigo entender porque tem que ser assim um anjo me disse até tentou me avisar que a morte não manda recado leva sem dar aviso, quando vamos poder andar sem ser tirado como bandido poder viver dando vários risos esse texto ainda está muito conciso, como explicar pra uma criança que a segurança da medo, como explicar 80 tiros foi engano, o mundo tá totalmente errado o ser humano em resumo é câncer do planeta não tire os olhos da ampulheta, quem feriu receberá a colheita mas quem plantou o amor receberá bem a colheita eu queria trazer paz não sei se foi feita mas nada na vida é perfeita mas quero transmitir aquilo que nunca foi dito pra finalizar só peço que aceita, eu tentei ser a voz da periferia eu queria uma letra sujeita a sem sujeira só pra te mostrar que em um só lugar é cheio de maldade e de patifaria, não tem amor e nem alegria no jornal só mostra tragédia e desgosto pra muita família, não importa o que a pessoa sente só mostra o que convém pra mídia, a televisão transmite a mentira e como nós fica o pai de família foi trabalhar e não voltou como pro filho vou explicar.
quem disse que mulher não vence? quem disse que favela não pode? mas é claro que pode, maletas de malote, hoje é só wisk, antigamente era só leonoff
CAROLINA DE JESUS
Era negra e catadora de papel
Morava na favela.
Mas foi alfabetiza;
Aprendeu a ler e escrever.
Carolina Maria de Jesus se
apaixonou pela leitura;
Nas horas vagas,
Tudo que via e vivia: escrevia nos
Cadernos que a rua lhe dava...
O seu cotidiano pesado deu um diário,
Que virou best-seller: Quarto de Despejo.
Carolina teve três filhos,
E criou todos sozinha.
E ainda virou poetisa.
O seus cadernos ouviu,
e copiou tudo que ela falava.
E Carolina disso sobre o livro:
"Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada".
COMPLEXO DO ALEMÃO
Amo minha favela, sou cria da rua 2 na Alvorada, minha casa. No CPX R2 fui muito feliz durante minha vida, desde criança.
Nunca deixarei de amar cada canto da favela, desde a grota, nova Brasília, canita, fazendinha, alemão e outros.
Minha vida hoje é parte da minha criação na favela, onde passei por milhares de experiências.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
RACIONAIS Mc's
É rap,
É poesia,
É prosa.
Entre becos e vielas;
O Racionais é favela.
A Vida é um desafio, pra eles...
Um grupo de quatro Negro Drama;
Mano Brown, Ice Blue, KL Jay E
Edy Rock.
Eles: Sobreviveram no inferno,
Nada como um dia após o outro dia,
1000 Trutas, 1000 Tretas,
E Cores & Valores.
O Racionais é o cântico dos loucos e dos românticos.
São os Guerreiros, Poetas,
Entre o tempo e a memória!
São a voz dos que vivem com "mordaça".
Os caras, são Vida Loka.
Da Ponte Pra Cá, o Racionais, fez história.
A favela merece muito respeito
E não o vulgo de desonestidade
Respeito é pra quem tem, já dizia Sabotagem...
Povo guerreiro e trabalhador
Acorda de madrugada para se sustentar
Transportes públicos, sempre cheios e precários...
Mas fazer o quê? Tem que ir trabalhar
Com o povo da favela
É tudo na garra e correria
Seja verão, outono, primavera ou inverno
Todos os dias é dia...
Dona Lia morava numa área pobre, mais precisamente numa favela, aqui no Recife, ai todo mês tínhamos a ideia, na sala que trabalhava, de fazer uma vaquinha e pedir pra dona Lia cozinhar pra gente algo diferente todo final de mês pra variar, almoçar. Pirão, feijoada, dobradinha, mão-de-vaca e assim vai, essas comidas da pesada e substanciosa. Ai uma vez, Vera, uma das colegas foi levar os ingredientes pela manhã para preparar, o prato diferente daquele mês e voltou comentando que dona Lia parecia uma doida, pois ao se aproximar da casa dela, viu-a dançando sozinha ouvindo o rádio de pilha. Mas era próprio de dona Lia essa alegria sem porque, frequentadora assinou-a, inclusive, todo ano, do Festival de Seresta realizado em nossa capital no Marco Zero, não perdia um, voltava tarde da noite no primeiro bacurau e também gostava de carnaval. Dona lia não tinha carro na garagem, era pobre, morava numa casa simples na Ilha de Joaneiro, área de conhecida e extrema periculosidade, bocada, demonstrava ser feliz, vivia de bem com a vida, apesar, gozava de uma felicidade nada racional, convencional, um fogo, um fôlego de vida, era rica de espírito. - Fábio Murilo.
Fico tranquilo quando eu tô do lado dela
Faz mó questão de vir da pista pra favela
Ficou encantada com a vista da minha janela
E trocou o petit gâteau pelo meu pão com mortadela
Intrigas de favela, de irmãos que nasceram juntos nela, lembra daquela velha lei, que sempre nos espera, tudo o que vai volta, ou aqui se faz aqui se paga, desse mundo não levamos nada, voltamos a ser poeira e a poeira o vento levará, e para o universo se juntará, daí vem os cara querer se acha, sendo que todos somos charas.
Intrigas de favela, daqueles que morrem e morreram por ela, chega desse papo levanta a mão pro alto.
Intrigas de favela, vamos levantar, fazer que ela seja nosso orgulho, e não um monte de entulho.
Intrigas de favela, fazemos da nossa vida o melhor e não igual uma novela.
No fundo das cores e das ruas
Perdida nas batidas do funk da favela
Prisioneira
Dançando na favela
Segura na baía de Ipanema
Fazemos um brinde em um feriado
É um mundo desequilibrado
Quando você é uma garota
Nascida em um nada
"Cês tão gastando letra enquanto a favela chora
com push line indecente, e só contando história
passando informação pra quem já tá informado mas
não passa informação
pra quem não foi alfabetizado"
A Morte em 30 minutos
Favela do Amarelinho,
Av Brasil RJ 2ª F 15:00
Intensa troca de tiros
Adentramos, coração batendo forte
Minha Família a única meu pensamento
Avança heroicamente o Sargento
Crianças saiam das ruas, dizia
Disparos intermitentes, rajadas
Minha cabeça , alucinações
Pedido de socorro , gritos
Quinze minutos,o bastante
Silêncio total
Foi aí que morri
Humanidade - uma exclusividade da classe C
Eu vejo tijolos, barracos de madeira, favela
E vejo ela, desfilando de shortinho curto na viela
Vejo humildade por toda parte
Vejo arte
Vejo harmonia, vejo poesia
Vejo a pele bronzeada
Vejo a alegria da criançada
Vejo futebol, brincadeira de rua, à luz do sol, minha felicidade e a sua
Sabe o que eu não vejo nessa beleza?
Pobreza! E não consigo entender quem não enxerga beleza na delicadeza da sociedade não burguesa.
De repente, quem pobre é mais feliz do que aquele que é rico e infeliz mesmo possuindo tudo o que o pobre sempre quis, e, ainda assim não consegue alcançar a felicidade na sua realidade. Na humildade há mais prosperidade e positividade do que no pessimista materialista, que não consegue ter alegria se não ganhar um milhão por dia. Como é feio todo esse desespero por dinheiro, e como é lindo todo mundo sorrindo com humildade e simplicidade, agindo em coletividade.
Que pena do materialista que tem uma centena de bens à vista e carece de um bem que nem todo humano tem: Humanidade! Que dó dessa parcela da sociedade...
O moleque da favela virou um artista top
E eu não sou um doutor, eu sou um popstar