Frases na parede e no muro da favela carregadas de reflexão

Conclusão de um comentário que eu recebi, referente a 9 jovens, que morreram numa ação militar, no baile funk, em São Paulo:

Se você é negro (mesmo que você se considere branco, tem sangue de negro correndo nas veias e é pobre), morador da favela: - não saia de casa, pois você corre o risco de passar pelo lugar errado, na hora errada e acabar sendo assassinado pela polícia (polícia pobre, negra, e até morador da favela, subordinada pelo sistema para obedecer as ordens que vem de cima para baixo).

O que mais angustia os moradores das favelas não é a condição ruim de suas casas e a pouca comida, mas a falta de paz devido à violência.

Inserida por carlos_alberto_hang

⁠Favelado, ator
Favelado, artística
Favelado, jogador
Favelado, cineasta
Favelado, empreendedor
Favelado, deputado
Favelado, senador
A favela, vence!
A favela, vencerá!
A favela está chegando em lugares.
Que ninguém nunca ia imaginar.

Inserida por rhuan_vianna

⁠vindo de geração em geração, a violência, o descaso
tudo isso fica gravado na memória daquele que não teve um afago
só pedras nas costas, direitos tomados
presos, mortos, calados
o show tem que continuar, é A lei da vida
mas quem é que vai se salvar no meio de tanta maldade envolvida
no olhar de quem não quer resolver o problema, só quer eliminar
bang bang bang, mais uma mãe a chorar

Inserida por arise_casagrande

Ai, que vontade que eu tenho de ser feliz
E levar a minha vida do jeito que eu sempre quis
Eu queria ser uma flor mais bela no jardim lá da favela ao morar em frente ao mar
Eu queria dar tudo de bom para ela, pôr um cravo na lapela e sair pra passear
Depois pegar meu barco à vela e navegar, tirar onda nas ondas do mar e não marejar

Jovelina Pérola Negra

Nota: Trecho da música Sonho juvenil.

Inserida por pensador

⁠⁠A solução é única! A escola da criminalidade, não deve ser maior quê a Escola.

Inserida por opoderdavida

⁠pequenos holocaustos XXXV

tombos, pontapés, porta na cara
agressão verbal, agressão moral
a vida vai desenhando um soneto
de ódio e miséria na vida do menor
abandonado na favela.


aBel gOnçalves

Inserida por Abel-Goncalves

⁠Na viela tipo Black mirror eu não tenho escolha,
É Ataque ou é encolha, você mata ou você morra👌🏾
🇧🇷🇧🇷🇧🇷

Inserida por pya_jackson

A ⁠FLOR AMARELA E A ESPADA

A Flor amarela
Entusiasmada e bela
A Espada cortando
O vento uivando
E uma voz murmurando
Atrás da janela
Pedindo por ela
Pra dar liberdade
A Flor amarela.

A Flor amarela nos traz alegria
A Espada é justiça
Que nos contagia
Matando a sede de quem a queria.

A Flor amarela tem grande poder
A Espada cortante
O guerreiro vibrante
De rosto pintado
Com a Espada na mão
Lutando na guerra
Com a Flor amarela
Fazendo aquarela
Em teu coração.

De Espada em punho
No vento uivante
A Flor positiva
Amarela constante
A Flor e a Espada
Na escuridão
Trazendo alegria
Ao teu coração.

A Flor e a Espada
É ação combinada
Levando esperança
Na longa jornada
Fazendo as pazes
Na guerra armada.

Espada de guerra
É justiça na terra
Cortando o vento
Na mão do guerreiro
A Flor no deserto
A Flor no canteiro
A Espada e a Flor
Espalha energia
Justiça e amor.

A Flor que encanta
É a Flor com espinho
A Flor por um dia
Na lata vazia
Trazendo harmonia
Ao corpo cansado
No barro molhado
Espalhando alegria.

A Flor
A Flor amarela se planta no chão
Rachado ou não
Com água irrigada
Ficando espalhada
Em teu coração.

A Flor mais bela
A Flor encantada é aquela
Que nasce na pedra
Na parte rachada
Mostrando que ela
Além de ser bela
É forte igual à Espada
De ponta afiada
Na mão do guerreiro
Na pedra ou no chão
Sem água ou não
Vencendo as batalhas
Do teu coração.

O poder da Espada
E a beleza da Flor
A Espada ofensiva
A Flor decisiva
Celebram a vida
Com paz e amor.

A Espada na cinta
A Flor no outeiro
O vento cantando
A chuva molhando
O soldado arrastando
O teu companheiro.

A Espada é justiça
A justiça usa a espada
Fazendo injustiça
De forma velada
Sorrindo
Zombando
Com a Espada na mão
A Flor na lapela
Mostrando que ela
Leva-te a prisão.

A Espada malhada
Forjada no fogo do céu
A Flor amarela
Colhida
Vendida
Plantada na pedra
Plantada no chão
Resiste ao ódio
Do teu coração.

A Espada é arma de guerra
No céu e na terra
A Flor amarela
É paz na favela
Colhida no beco
Acolhida na mão
Entregue ao vilão
Entregue ao soldado
Que entra armado
No beco apertado
Deixando um rastro
De sangue no chão.

Inserida por jorge_gomes_da_mota

⁠Trampei por vários anos, fazendo as nota pra dar uma vida melhor
Pra minha família, e atualmente não posso usufruir nada daquilo que conquistei…

Inserida por Celimetero

⁠Na periferia todo dia é luto e luta.
Por que
a bala

encontra
corpos pretos?

Inserida por felippepimenta

⁠Uma terra cuja a ganância e
E o orgulho

São comandos pelo crime

Os que vivem aqui
São pessoas que não tem pra onde ir

Pessoas pobres

Alguns são explorados pelo governo
Com salários baixos

Outros conseguem um carreira na
Musica

Seja rap ou funk e etc

Outra buscam o crime

A forma mais rápida de ganhar dinheiro

E nossa história começar por aqui

Bem vindo a favela

- Em um dia ensolarado escultei tiros
Mais por Aki e normal
Gritos sangue e tiros
...
Mais um inocente morreu
Mais oque mais me deixa
Bravo e que ele foi morto pela polícia
Que divia nós proteger

E nos trato igual lixo
Não estou falando
Que eles nao nós proteger

Mais sim que nós somos a minoria
E os ricos os seus Deuses

Na favela e assim ou seu pai está preso ou vc e orfam


Aqueles que não vão para o crime vivem

E aqueles que vão as vezes tem um triste fim
Ou
Ou vão presos
Ou ficam né uma cadeira de rodas

Também tem aqueles que seguem o
Caminho cristão

Mais o que isso tem a ver com minha

Inserida por SamuraiTK

Você não está atravessando a ponte atoa, nunca é um dia perdido para quem vem da periferia, sempre buscamos aprender mais e evoluir mais, sempre correndo atrás para mudar a nossa história e mostrar que somos capaz.

Inserida por gordodoido

Ninguém constrói um castelo começando pelo topo, o bom é saber que eu já construí meu alicerce 🍃

Inserida por gordodoido

⁠Alegria do Morro

Muvuca era do "vuco-vuco",gostava de samba, gela e mulher:
principalmente se fosse mulata, etivesse samba no pé.

Era um cara "sossêga", e respeitado pela rapaziada,
andava de boa no morro, nunca foi visto de cara amarrada.

Sangue bom prestativo, só sabia fazer o bem;
ajudava todo mundo, sem nunca perguntar a quem.

Malandro "responsa", não arrumava confusão,
se alguém lhe apresentasse encrenca, ia logo dizendo que não.

Mas a vida lazarenta resolveu com Muvuca aprontar,
e despachou o pobre diabo, para ir fazer festa para os lados de lá.

Os samangos chegaram no morro dando tiro pra todo lado,
tentando acertar bandido, mas o Muvuca é que foi alvejado.

Levou duas balas certeiras, e não teve nem como fugir;
Os tiras ainda disseram que o pobre tentou reagir.

A gente falou a verdade, mas ninguém quis escutar;
Nos mandaram baixar o facho, e não procurar sarna para se coçar.

E assim o Muvuca se foi - deixando mais triste o morro.
Só nos resta sentir saudade, e a Deus pedir socorro.

Socorro, meu pai, meu pai, socorro;
receba o Muvuca, meu pai, e traz de volta a paz pro morro.

Socorro, meu pai, meu pai, socorro;
receba o Muvuca, meu pai, e traz de volta a alegria pro morro.

Inserida por FlavioZahn

⁠O combate é forte, não é ousadia.

Inserida por Marysson

⁠A cabeça que me guia
é a mesma que sufoca na ignorância do homem.
As mulheres que me criaram
se envergonham das irmãs que as traem.
Os lugares por onde passo
se elevam pelo brilho que carrego.

São fotografias de um passado de dor:
retratos de sorrisos mortos,
marcas de dias tristes,
buracos de dentes tortos.

Cicatrizes da alma,
defeitos de cor,
a beleza da pele
e o desejo de amor.

É a vida negra que luta pra brilhar,
pra sair na foto,
onde o contraste da pele
é um alvo na mira.

Minhas fotografias não são preto e branco.
São preto escuro

Inserida por Filhodaterra

O dia 14 de maio

Acordei, no dia 14 de maio, esperançoso de auroras resplandecentes. Liberto, sim, mas ainda preso. Meu nome, outrora oculto nas sombras da escravidão, ansiava por um reconhecimento que jamais parecia chegar. Caminhei pelas ruas, indiferentes à minha nova condição de homem livre. A liberdade, dizem, é a mais preciosa das conquistas; todavia, ela se apresentava como uma dama esquiva, vestida de promessas que não se cumpriam.

Eu, que trazia a senzala na alma, vi-me entre o cortiço e a favela. Estes novos lares eram apenas novas formas de cativeiro, onde as correntes invisíveis da miséria continuavam a me atar à dura realidade. Subi as encostas na esperança de um dia descer, mas a promessa de descida era tão ilusória quanto a liberdade conquistada na véspera. Sem nome, sem identidade, sem retrato, eu era um espectro vivo; do lema da bandeira, conheci apenas as vielas do progresso.

No dia 14 de maio, ninguém me deu bola. Tornei-me mestre na arte da sobrevivência, fazendo do trabalho árduo meu sustento em um campo onde o futuro se mostrava tão incerto quanto o destino dos muitos que, como eu, foram libertos na letra, mas não na vida. A escola, um sonho distante, fechava suas portas, negando-me a instrução necessária para ascender aos degraus da dignidade.

Minha alma, contudo, resistia. Meu corpo, acostumado à luta, sabia que o bom, o justo, também deveriam ser meus. A certeza de minha própria existência, de minha identidade, tornou-se a âncora que me impedia de sucumbir às tempestades da indiferença. Mudanças só nos anos; sinto que ainda vivo no dia seguinte à abolição.

Inserida por Epifaniasurbanas

⁠Vida mansa nós merecemos, está liberado fazer a mente
Faço minha oração e o dinheiro vem.

Inserida por leonardo_cestari

⁠O samba tem dessas coisas… Ele acolhe, abraça, embala e cura. Foi no batuque do pandeiro e no lamento do cavaquinho que encontrei refúgio quando a saudade apertou, quando minha irmã faleceu . Foi aqui, no Miss Favela, que a dor virou melodia, que a ausência virou roda e que o Brasil coube em um abraço apertado.
Entre goles de cerveja e versos de partido-alto, fiz amigos que viraram família, cantei histórias que jamais serão esquecidas. Aqui, cada batida do surdo foi um passo na minha caminhada, cada sorriso, um reencontro com a minha essência.
Hoje, esse samba se despede, mas seu eco continua. Nas esquinas do Brooklyn, nas lembranças de quem dançou até o chão, nas palmas que nunca vão parar de marcar o compasso. O Miss Favela pode fechar suas portas, mas jamais fechará seu samba.
Obrigado Turma do samba, obrigado Miss favela!

Inserida por leonardo_lyra