Fauna e Flora
"O meu propósito aqui na terra é humanizar-me.
Melhorar-me dia a dia, até tornar-me um ser humano.
Respeito a fauna e a flora, mas não me comparo a elas. Pois, o que eu quero mesmo, é ser humana...algum dia!
☆Haredita Angel
Os anjos têm asas sim. E também têm bicos e penas. Os anjos têm duas ou quatro patas. Os anjos têm rabos. Os anjos possuem escamas e guelras. Às vezes são pequeninos e têm ferrões, mas lhe proporcionam o mel. Os anjos têm folhas, flores, frutos, troncos e raízes. Os anjos dão sombra, dão alimentos. Os anjos estão em toda a parte. Eles são a natureza: a flora e a fauna. Cuide dos anjos, enquanto é tempo!
Morre a floresta. Morrem nossas praias e nosso mar. Morrem passarinhos, tatus, lagartos e serpentes. Morrem golfinhos e peixes. Morrem as crianças nas favelas. Morrem os direitos dos trabalhadores. Morrem as esperanças de um Brasil próspero. O Brasil está morrendo, gente!
O BALÉ INCOERENTE DAS LABAREDAS
NO BIOMA CERRADO GOIANO
O clarão das labaredas ergue-se na madrugada ao longe.
Os estalos da vegetação retorcida pelas chamas
São o grito surdo da flora à matança em série.
Num balé incoerente exsurge a peleja de aves e bichos,
Onde a vida, sem defesa, se exaure no bioma cerrado,
Sob a égide da incoerência e estupidez humanas.
Os olhos e ouvidos estão lá nas mídias.
Impassíveis, impotentes, atônitos, ou indiferentes
Ao último gemido nas cinzas e carvão do solo sagrado.
Felizmente, nem tudo é purgatório ou inferno de Dante.
Alguns Anjos bons se misturam nas labaredas
E, do fogo ardente, surge o milagre da vida daquilo que se restou
O sertanejo, o roceiro, perderam o alimento, o abrigo, o labor.
O cidadão urbano herda o eterno remorso pela apatia.
Feiras, armazéns, peg-pag estão sem frutos, hortaliças e cereais.
No chão esturricado não há habitat e nutrientes para a fauna.
O gado perde o pasto, o riacho seca, e os peixes morrem.
O cerrado não é só mato, vegetação pobre, ou rasteira.
Ele é caju, manga, pequi, araçá, murici, mangaba, buriti.
É manancial de rios, riachos, lagoas, queda d´água, cachoeiras.
A vegetação cerrado vai além da beleza dos ipês.
É a fotossíntese diária pelos angicos, aroeiras, acácias.
É o chão plantação, colheita, moradia e dignidade.
A cada queimadura de terceiro grau neste bioma.
A rede existencial, que interliga o cerrado, se desvincula
Desconectando fauna, flora, rios, peixes, ar e homens.
A vida, que coexiste no todo, se encolhe e se apequena.
Sem conexões, a sustentabilidade ambiental se fragiliza,
Pois, na rede sistêmica, tudo se une, reflete, e se comunica entre si
Após a chuva, o chão resiliente reergue-se para prosseguir a marcha.
Entre brasas, pó e fumaça, os galhos, ossos retorcidos, estão lá!
Eles serão a eterna imagem do equívoco, incoerência e indiferença.
A vida segue nos planos mineral, vegetal, animal e hominal.
Essas escalas evolutivas são inexoráveis na senda da viagem.
E, na volta à Casa paterna, o bem que se fez será sempre o fiel da balança.
Zilmar Wolney Aires Filho
(Prof. Univ., Espec. em Proc. Civil; Mestre em Dir. Civil e Doutorando em Dir. Socioambiental)
Sou renovado quando posso trilhar por certos caminhos, em diversos tipos de lugares, principalmente, entre árvores frondosas, ar puro, águas poderosas, recebido gentilmente por uma natureza pulsante, da fauna à flora, sentindo uma satisfação temporária, porém, significante, revivida ao ser lembrada, um presente do passado na memória, graças a Deus e a sua bondade farta, assim, agradeço e fico sempre na espera da próxima e de que cada uma seja felizmente memorável da sua forma.