Fartura
A alegria no Natal não pode ser confundida com a fartura na mesa da hipocrisia que se transformará no lixo do dia seguinte
Como podemos sorrir de nossa fartura se lá fora existe a agonia daqueles que clamam por um pedaço de pão
Escassez e fartura.
Temos comida na mesa
mesmo com a escassez
se a chuva faz gentileza
a fartura vem de uma vez
e no nordeste tem beleza
que até mesmo a natureza
é encantada com o que fez.
Nem todo tesouro se faz de ouro e fartura. Sem natureza não haveria ouro, não haveria joia, não haveria beleza, nem riqueza, nem pobreza e sua simplicidade. Alguém que toma para si algo que sempre foi nosso, jamais será rico de si mesmo, jamais irá entender a vida como ela é.
Um novo nordeste.
Esse ano vai ser demais
com a semente do ano novo
fartura para os animais
e chuva pro nosso povo
terá verde nos matagais
e o nordeste ganhando mais
do que pão, cuscuz e ovo.
Verde das matas, das ervas, da esperança. Amarelo da sabedoria, da fartura e da harmonia. Azul de nossos mares e ceu. Neblina com visão contrastante, porém precisa. Trovões que acordam os anjos e carregam nosso solo com eletricidade, para carregar o petroleo e lubrificar as placas tectonicas e evitar frissões sismicas, para respeitar as raízes ou a fonte da vida. Seja em nossa patria amada mãe gentil batizada de Brasil, o desabrochar de uma harmonia sem fim, de fraternidade, de democracia e igualdade. Que não falte vestimenta, alimento ou moradia, mas que não falte principalmente amor que é o que nos nutre a alma e alimenta a perspectiva de uma percepção natural e é por isso que nossa função é zelar por nossa natureza afinal. Te amo
Que o Natal traga ternura
a todo bem que nos conduz
um ano-novo de fartura
de esperança, amor e luz
que cresça em cada criatura
a essência de Jesus.
Sinais.
A chuva é fonte de vida
de fartura e de bonança
deixa a terra mais florida
e no plantio a confiança
em cada gota caída
minha terra tão sofrida
dá sinais de esperança.
NATUREZA LIBERDADE!
A expressão da fartura traz na face o sorriso, que abranda todo rigor de um trabalho, semeado com garra, amor e esperança é o reflexo de quem colhe, quantidade com qualidade e dedicação. Mesmo sabendo que os frutos semeados não é conquista de acessibilidade... E, tocar na natureza tem um sabor utópico de igualdade, reviver a liberdade
TROVA - 132
Lá vem ela - que loucura! -
O desejo me consome.
Vislumbro tanta fartura
E vivo passando fome!...
É 10 tarefa de melancia doidcha vea
Era época de fartura no sertão da Bahia, o recém inaugurado Perímetro de Irrigação de Mirorós em Ibipeba trazia ar de esperança aos sertanejos e a melancia era a fruta da vez. Enquanto irrigada, era grande, doce e o melhor, tinha preço bom.
É nessa condição que um velho trabalhador rural arrisca e investe tudo que tinha em 10 tarefas de melancia em um lote irrigado.
Começa o plantio... plantação verde que é uma beleza, os “coco de melancia” se apresentavam logo depois e o vei era só animação. E para completar, “tome subir” o preço da melancia.
Todo canto que chegava esse vei falava dessas “10 tarefa de melancia”. Alegre e satisfeito com a situação.
O tempo foi passando e o ciclo da produção foi chegando “na metade”. O plantio era uma beleza, mas o preço... a partir daí começa a despencar como umbu maduro em época de “inverno bom”.
Como dizem que “incutido é pior que doido”, o vei começa a “incucar” com a situação quando ver o preço da melancia baixar e todo canto que chegava falava como uma matraca:
_ É 10 tarefa de melancia, é 10 tarefa... é 10 tarefa!
A situação piorou quando o vei percebeu que a colheita das melancias não dava nem para pagar as despesas. Ai o vei endoidou de vez!
_ Ô jesus, tenha piedade de mim, é 10 tarefa jesus, é 10 tarefa de melancia.
No meio desse “muído”, com tanta “incutição”, o vei travou e num deu mais nada com sua vea. Uma impotência daquelas.
E ai o tempo foi passando e a vea foi coçando, coçando e o vei nada, nem futucar, futucava mais. Ai chegou um dia que a vea num aguentou na madrugada, futucou o vei, alisou e disse no pé do seu cangote com todo carinho.
_ Ô vei, nem uma chupadinha vei? Nem uma chupadinha?
O vei incutido, doidcho e bruto, saltou no meio da noite e respondeu.
_ Ô DOIDCHA VEA, É 10 TAREFA DOIDCHA VEA, É 10 TAREFA DE MELANCIA DOIDCHA!
Chuva é vida!
Quando chove no sertão
a fartura é garantida
tem verde na plantação
melhora o meio de vida
brota a semente no chão
e na mesa do cidadão
vai ter muito mais comida.
Isso é Nordeste.
O nordeste é um harém
de fartura e qualidade
por aqui se vive bem
com respeito e amizade
e a beleza que se tem
não há terra de ninguém
que chegue nem a metade.
Estou ciente de quando houver colheita farta, ou apenas a possibilidade visível da fartura, alguns se aproximarão do “pomar de minha vida”, mas, quando chegar o outono, terei que juntar as folhas e preparar a terra – sozinho. E não me admirarei se algumas destas pessoas não mais me enxergarem por este ano, mas haverá sempre uma nova estação e aí, pela experiência do outono, saberei para quem abrir o “portão de minha vida” e aqueles a quem atenderei apenas na calçada, mas não deixarei de compartilhar meus bons frutos [...] [Fragmento do livro “Fiorefalsus II”, de HENRIQUE MUSASHI]
O que se faz para si ou para alguém, bem ou mal colherás ou pagarás aqui mesmo.
COLHERÁS fartura, prosperidade, saúde em abundância, sabedoria, paz interior, união na família, se fizeres o BEM, ao contrário se fizeres MAL,
PAGARÁS com falta de paz, medo, solidão, doenças, desunião na família, problemas pessoais e financeiros e outros problemas
O sertanejo se anima ao ver barreiros encher, todos poços e cacimbas dão gosto. A gente vê é fartura garantida na mesa por muitos dias.