Fantástica
IRMÃOS; UMA SOCIEDADE FANTÁSTICA
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Do que mais gosto quando estou entre meus irmãos, é a certeza de estar entre irmãos. Não há entre nós formalidade ou melindre; temor de nos magoarmos por palavra mal posta ou resposta negativa. Nenhuma ideia, por mais longínqua ou dispersa, da hierarquia de muitos clãs que têm os mais distintos conforme a idade, o grau de instrução, a condição econômica e outros itens. A qualquer instante, um dos nove pode gerar um mal entendido, fazer algo irresponsável na opinião dos outros e provocar uma confusão homérica; um bate boca daqueles. Porém, no dia seguinte não haverá mais mágoa; vítima nem algoz; inocente ou culpado. Distância; silêncio; cerimônia.
As nossas conversas nunca se tornam discursos de alguns, palestras ou aulas de outros, lições de sabedoria ou moral de um de nós. Cada qual tem seu jeito, e nem por isso elegemos protagonistas; antagonistas; coadjuvantes; pontas. Todos portam defeitos e qualidades devidamente assumidos, e nossa mãe nos ensinou a jamais classificar a família por méritos, porque mérito é volátil. Se hoje tenho a razão, no dia seguinte a perderei para outro. E se a família vira uma sociedade comum, gueto e nata mudarão de lado a todo instante, o que há de gerar conflitos profundos; guerras ideológicas sem trégua; preconceitos incorrigíveis.
Entre irmãos não há retórica. Regras parlamentares; reivindicações formais. Evocações de leis, direitos, deveres. Irmãos que se amam não são cidadãos entre si. São irmãos. E assim como volta e meia um se excede, quebra o ritmo, apronta poucas e boas e frustra todas as expectativas, tem até o que faz isso com mais frequência. Mas nesse meio não há fiscais. Apontadores. Árbitros nem juízes para julgar e dar veredito. Todos perdoam, mesmo com xingamentos, protestos e juras de que foi a última vez... mas a última vez é infinita, pois irmãos não têm parâmetros, vantagens ou desvantagens. Brio nem vergonha.
Falo apenas dos irmãos que se amam. Não daqueles que se aceitam nos limites da conformidade. Da organização hierárquica e burocrática. Da comunhão de ideias, ideais, visões de vida, sociedade ou credo. Nem dos que se gostam, respeitam e até se unem por acordos e obediências de ocasiões. Se amo tanto estar com os meus irmãos, é porque o nosso amor se reconhece maior do que todas essas besteiras que fazem da família uma vitrine vistosa, porém desnecessária, enganosa e frágil... e porque decidimos, depois de muitos baques da vida, ser exatamente uma família... não propriamente um clã.
A beleza é fantástica, e cada um percebe de um prisma diferente, inusitado, tornando o objeto de observação único sob seu conceito.
A vida é fantástica com todas as variáveis em que as situações se entrelaçam em um esquema sem fim de possibilidades.
POESIA
Alucinante dialogo poeta, coisas e objetos.
Viagem fantástica...
Ao universo subjetivo.
Sonhos e emoções.
Verdades e mentiras
Loucura ou razão?
Não é propriedade do artista
É patrimônio imaterial, universal!
A gente apenas formula para os leitores
Inspirado em coisas, pessoas ou objetos.
Deem-me uma flor do campo!
Para que eu plante e com esmero. Hoje.
Porque a primavera que nascera ontem
Morre agora num discurso delirante.
A família é uma fantástica Escola onde todos somos professores e alunos ao mesmo tempo, nela ensinamos e aprendemos.
Quero ficar longe de coisas
e pessoas que nada me acrescentam.
Hoje quero viver longe do orgulho
que só faz barulho.
Quero viver a fantástica viagem da vida
e torná-la bem mais colorida.
Já tenho pesos demais
e não quero mais me sobrecarregar,
apenas quero junto a mim,
quem ao meu lado queira ficar.
Jorge Luis Borges, que não acreditava em Deus, dizia que a religião é um ramo da literatura fantástica. Triste conclusão de Borges.
Sei bem o que é enfrentar noites sombrias. Todavia, sei também o que é experimentar noites fantásticas...
Eu vou te contar a história de como consegui meu Nintendo. Mas será a história mais incrível, perigosa e fantástica de todos os tempos.