Fantasmas
eis
que susurro para
teus
fantasmas
a remoer tuas histórias
não
me deixas dormir...
tuas
palavras amordaçam a
liberdade de
meus
atos..
fujo como uma
tola
de mim mesma dos
outros...
mas
deveria arrancar-te
do deus que
há em
ti
que corre para
mim
como se aqui
pudesse
ter
o ar que respiras...
sempre assim
não
há nenhuma parte em
mim
que não
ame a
ti...
FANTASMAS DA MADRUGADA
É sempre na calada da noite
Que sobrevoam sobre mim
Os fantasmas insinuantes
Bailando nas sombras
De encontro à fosca luz
Que transpassa na cortina
Esvoaçante...
Suas vozes melancólicas
Incompreensíveis para mim
Incomodam o meu sono
Conturbado e confuso
Já me acostumei a eles
E o medo, em mim, não faz morada
Perturbam minha mente delirante
Moldando sempre uma só imagem
Do rosto que zombou de mim
Com gargalhadas escancaradas
Aos gritos de "iludida"
Por ter acreditado no amor
Insone, viro e reviro
Tentando não ver
O rosto que quero esquecer
E meus fantasmas não deixam
Estuprando meu cérebro com imagens
E vozes incompreensíveis
As luzes da cidade logo se apagarão
E a aurora anunciará um novo dia
Descansarei enfim, na labuta diária
Dos teus olhos frios que me olham
Moldados pelos fantasmas que me rondam
Todas as madrugadas...
(Nane-18/05/2015)
Eu canto para espantar os fantasmas da dor,os fantasmas que fazem careta,os que oblinquamente sorriem,os que falsamente querem ser amigos.
Não carrego fantasmas do passado comigo. Além de congestionar minha memória, o peso é insuportável. 24/05/2015
"Eu sou um daqueles fantasmas
que vagam por aí sozinhos
Sem companheia até para assutar alguém
Vagando eternamente
Estradas frias que me levam
A ser ainda mais solitário
Até os fantasmas precisam de uma pessoa para que possa contar seus medos.
É difícil viver por aqui
A dor é um compromisso
Tristeza é amiga
Eu sou apenas um fanstasma
Mesmo assim
Eles me ecoam
Longe daqui."
Acho que a vida é bem assim, “paulera”. Enfrentar fantasmas, superar barreiras, seguir adiante tecendo laços eternos e desamarrando nós passageiros.
O poder tira o sono, apresenta ladrões fantasmas, afasta amigos e familiares, degrada o homem, e não por menos incapacita a felicidade...
Já é o fim da odisséia humana na terra. Somos apenas fantasmas do que éramos em nossa mais antiga civilização.
Não acredita em fantasmas? O quanto que tua mente é alvo de lembranças de pessoas próximas que já morreram? De uma forma ou outra - principalmente gente ruim - vão te assombrar. Talvez para sempre.
CRIADO MUDO
Alguma coisa deve mudar de hoje em diante, os fantasmas que vejo é Mentira... não somos tão solitários assim, eu e meus eus distintos,
Às vezes sou velho, às vezes num berço, embalo o tempo da inconsciência
Às vezes morro de saudade do meu eu menino
Mas nada disso é motivo ou explica nossas dores
Os corredores silentes passeiam nossos fantasmas,
Que cobram por desilusões e murmuram antigos amores
Alguma coisa deve mudar de hoje em diante
Vovó se espreguiça sobre a cama como se o tempo
Lhe esticasse sem dó suas canelas depois de levar o seu juízo
E sobre o criado mudo a dor revela, próteses que já foram seu sorriso
" algumas pessoas têm mania de perseguição, provavelmente pelos fantasmas que cultivam ou por se acharem de alguma forma, melhores do que os outros...
"Um dos piores fantasmas de um homem de família é que, ele terá que aguentar e superar muitas humilhações durante toda sua vida, para poder manter sua família unida e prospera."
Quantas vezes seus fantasmas vêm a sua cabeça pra te atormentar?
Há quanto tempo dos teus olhos não caem as lágrimas que vão te libertar?
Se o dia nascesse igual pra você, quem você queria ser?
Eu me perdi e não acho aquele outro eu
O Som do meu Violino
Marcas petrificadas
que evocam fantasmas
de um tempo perdido
(enterrado),
que anuncia a música da renovação.
Assim, toco a minha música
sem a tal mágoa;
transfigurada ao som do meu violino
libertador e divino.
Sim, a música silencia as dores
recolhidas nas asas feridas,
e cada nota sublime
harmoniza o impulso para o voo.
Fico ao Som do Meu Violino.
Ao som do meu violino fico
E a melodia é de paz.
Fico no silêncio profundo
vestido de mim.
Às vezes silencio diante do mundo,
Às vezes silencio diante das pessoas.
Há uma quietude que não me perturba,
há uma solidão que me cabe;
uma caminhada bem longe de mim,
um perto que só eu conheço.
E fico ao som do meu violino...
(Suzete Brainer do Livro: Trago folhas por dentro do silêncio que me acende)