Fantasmas
Na solidão do silêncio os fantasmas aparecem,
e toda tristeza escondida pela manhã,
vem a tona no mais breve entardecer.
O medo, a insegurança, a falta de fé,
todos teus erros se juntam e puxam com
pouca dificuldade uma lágrima,
que se segue de muitas outras.
Então percebes que a solidão é comumente em todos nós,
e o sentido para tudo foge da tua mente.
Sentido o qual não existe, por isso, à noite,
quando a lúcidez mais profunda bate à porta,
percebes a sua falta.
Sentido, onde estás? Pergunto. Mas sempre vivi
sem respostas, e descubro a inexistência
de tudo pelo qual vivo na missão de encontrar.
Por favor felicidade, não me desaponte.
O poder tira o sono, apresenta ladrões fantasmas, afasta amigos e familiares, degrada o homem, e não por menos incapacita a felicidade...
O grande segredo para não ver fantasmas nesta existência é o sempre fechar todas as conversas, com verdadeiras respostas, claros pontos de vista, exatas palavras, amor, perdão, definição e sinceras resoluções. A maior parte do ectoplasma dos fantasmas pessoais que atormentam a vida de cada um são sempre edificados pelas energias menores das raivas, mentiras, rancores, vinganças, dissimulações e maus soluções. Tudo que não necessita do depois vive e morre pleno na eternidade.
Não tenho medo de fantasmas, assombrações, animais ferozes ou coisas assim. Tenho medo do futuro, tenho medo de perder pessoas que amo, ver chorar quem tanto vi sorrir, e o mais difícil, não poder fazer nada, pois nada pode curar um trauma. Por isso hoje tento fazer o máximo para que isso não aconteça, porque não sei como iria reagir a uma realidade assim. E esse sentimento tão forte que me faz ser quem sou, agir assim, é ele quem modifica a cada instante minha forma de pensar e quase tudo que digo é baseado nele. Talvez esteja sendo equivocado, mais a verdade que sinto é essa.
Às lembranças são as cicatrízes da memória...
Às cicatrizes são os fantasmas de um passado doloroso.
Fantasmas la fora , sonhos la dentro , e quem nunca sentiu a revolta , se prepare para um grande tormento .
fantasmas...
sentimentos que devoram
ousadia,
que s passa pelo tempo...
lagrimas que dissolvem
nessa linhas que se expressam,
involuntariamente,
o custo de gostar,
reprime se num espaço vazio.
►Beijos Fantasmas
Junto a minha tia eu fui a capela, por que ela queria
Talvez fora o destino, mas de longe vi uma menina
Linda, a pele branca como as nuvens do dia
Estava distante, estava sozinha
Eu fiquei fascinado pela sua beleza
Deixei minha companhia e parti,
Ao encontro da pequena sereia
Ela me disse que morava nas redondezas
Perguntei se não tinha medo do cemitério,
Ela respondeu dizendo que era bobeira,
Muitos de seus parentes descansavam lá
Quando percebi, o tempo havia passado,
Eu acabei por ficar enfeitiçado pelo seu charme
Minha tia já estava terminando,
E por aquela garota eu estava me apaixonando
Ao término, perguntei se poderia vê-la novamente
Eu conhecia aquela rua, e em concordar, fui embora contente.
No dia seguinte, lá estava ela, no mesmo lugar
Comecei a pensar que ela talvez gostasse mesmo de rezar
Eu não iria critica-la, cada vez mais eu estava a me maravilhar
Conversávamos sobre tudo, sobre as flores, sobre o mundo
Me lembro que ela me perguntou uma vez,
Se eu sabia quantos túmulos havia depois do muro
Eu não fazia ideia, ainda disse que sentia muito.
Nossos encontros se tornaram diários
Meus professores da escola se espantavam,
Com a rapidez que eu entregava os trabalhos
Apenas para subir aquela rua de pedra,
E me encontrar com a linda donzela.
Depois de algum tempo, sobre o olhar da Lua,
Nossos lábios finalmente se encontraram
Me senti como se pudesse iluminar aquela noite escura
Eu a segurava em meus braços,
Sentia toda a sua ternura,
E tentava aquecê-la, pois era fria a sua pele
Os beijos seguintes foram leves, mas nada breves
E estavam carregados com sentimentos esbeltos
Eu queria que aquele momento fosse eterno,
Mas para sempre ele estará vivo, escrito neste caderno.
Ao nascer do dia seguinte, não a vi
A capela ainda permanecia, mas ela não estava mais ali
Eu voltei nos dias futuros,
Meu coração começará a ficar inseguro, sentia sua falta,
E eu sempre chorava quando voltava para casa
Eu sentia uma grande saudade
Ela havia criado em mim uma fragilidade.
Alguns meses depois fui, junto a minha tia, ao cemitério
Era o aniversário de minha vó
Eu estava um pouco imerso, com pensamentos no deserto
Enquanto nos retirávamos, eu notei, lá de longe,
Um senhor de idade, ajoelhado, diante de um túmulo belo
Ao nos aproximar,
Indaguei aos meus olhos se eles estavam cegos
Não aguentei e simplesmente despenquei
Aquela a quem me beijará, jaz a mais de uma década naquele túmulo
O meu amor fora ou não real? Eu ainda era puro?
O tempo me obrigou a superar
Às vezes eu acordava e me lembrava
E com ela eu sonhava, nunca consegui acreditar
Até que a velhice veio me falar,
Que meu tempo haveria de chegar.
Me apaixonei por outra pessoa,
E junto a ela, tive uma vida duradoura
Nossos filhos deram, aos filhos, os nossos nomes
Eu sempre amei minha esposa,
Mas nunca quis esquecer daquela minha juventude,
Da garota especial, de quando estávamos juntos
Nunca se foi da lembrança seu beijo, apesar de tudo
Sessenta anos se apoiaram em meus ombros
E, lá no fundo, continuei amando ela, talvez esperando,
O dia em que eu fosse encontra-la, assim como antes.
Eu voltei a ser aquele mesmo rapaz,
Quando Deus finalmente me deu a eterna paz,
Fui descansar no fim da rua de pedras
Quando abri meus olhos, eu vi ela
Permanecia a mesma, e eu perdi uns setenta anos
Éramos novamente dois jovens se abraçando.
Ela esticou sua mão para mim, e partimos
Pelas ruas caminhávamos sorrindo
Me despedi pela última vez de minha esposa e filhos,
E subi, em direção aos céus, com aquela mesma garota,
Que conheci na capela, e que hoje comigo voa.
Fantasmas no vagão
Letra: Renê Góis
Já não sei dizer quanto tempo faz.
O prazo terminou, final de uma ilusão.
Não posso mentir pro meu coração.
Alimentar a velha dor, a dor de uma paixão.
Não sou mais o mesmo de ser.
Tinha que morrer pra renascer.
Todo tempo é pouco pra viver a esperança de sentir um novo amor, nova paixão. Viver feliz é ser feliz com o seu novo amor.
Não me importo mais com os fantasmas no vagão, perdidos pela noite em vão, soprando minha vela então. Não posso mentir, talvez admitir, alimentar a velha dor... A dor de uma paixão.
Vivemos sendo perseguidos pelos fantasmas do passado e assombrados pela incerteza do futuro, isso enquanto tentamos viver o presente. De fato, se colhe aquilo que se planta e bem-aventurado é aquele que faz da sua vida um jardim de boas lembranças.
Criança é adulto com fantasmas entranhados, aprende desde cedo sobre o mal mesmo não praticando e nem conhecendo o mal. Criança também perde noites de sono, achando que quando os pais não vão às igrejas, eles estão com o Diabo, logo imagina fantasmas dentro de casa, em baixo das camas, atrás das cortinas. Essa criança não se sente abençoada e não há total conforto em seu sono, devido a imposição do castigo divino. É estupida a ideia de condená-la ao castigo dos deuses pela suposta desobediência. Não pode ser saudável um desenvolvimento pleno da criança se prevalecendo de uma única verdade, na qual a doutrinação religiosa se incide sobre ela hereditariamente pelo o vício da prática da religião.;
Anjo da guarda
Eu sou a visão, eu sou a justiça
Eu te livrei dos fantasmas do passado
Eu te encontrei, quando nem você queria se encontrar
Por você dei varias voltas no mundo
Buscando as melhores formas de ser o que você precisa
Estarei sempre aqui pra você, não importa o que
Sempre que pensar em mim, minha alma encontrará a sua, serei sempre seu anjo da guarda, seu guardião
Não importa se você não ficar comigo, mas eu sempre ficarei contigo, mesmo que um dia do real me vá, onde quer que eu esteja espantarei todos os seus inimigos.
Ele triturava-se com fantasmas negros invisíveis, dizia que o caçavam e o abatiam. Depois ele renascia mas tudo continuava: a sua vida era um círculo infernal, um pesadelo contínuo. Um dia ele ajoelhou-se frente às águas de um rio bravio e embarcou para a terra dos coelhos mágicos, animais fofinhos estilhaçaram os fantasmas.