Fantasma
Ando desmemoriada. Vejo-te agora como quem vê um fantasma. Sua figura é clarinha, quase transparente. Quase posse te sentir. Faço força – luto – reluto e não sinto nada. Tua imagem está apagadinha, pontilhada, desintonizada
Primeiro dia
Com todo o peso de sua pouca idade
Pôs em minha vida o fantasma da mediocridade
E nesses joguinhos teatrais
Você vai me conhecendo
E eu vou me conhecendo
E aprendendo como se faz
Vou conhecendo minha conduta
O mais fácil me atrai
Mas eu tenho que ir a luta
E mostrar que eu sou capaz
Buscar O Bom Combate
O verdadeiro embate
Testar-me ao máximo
E sentir no novo dia o cheiro da alegria
E não esse gosto ácido
A mediocridade do meu interpretar
Aprendendo contigo
Vai se aprimorar
Até equiparar-me a ti
E aí,
Com todo o peso da minha pouca idade
Saberei no fundo
Que reencontrei a mim
Conheci um fantasma hoje.
Uma onda grave de tristeza me alcança rápida e forte.
Me joga distante do futuro, como se não valesse nenhuma crença.
Sem fé, sem verdade, um saco vazio.
Não reage, não sibila, não chora...
Preciso me centrar, reunir os cacos.
Preciso dar visão, eu preciso de visão.
Não sei o que é importante mais... Acordei pra descobrir que não sei.
Deus de algum lugar venha me buscar...
Hoje, meu querido é um fantasma, uma lembrança. Ainda nele penso todos os dias, a cada minuto, a cada segundo. Constância absurda.
Meu Deus, só posso evocar seu nome sagrado. Haja visto não confundi-lo com um fantasma criado pelas conjecturas humanas,
Meu Deus, teu nome me basta, Haja visto seu significante ser exaustivamente permanente desvelando sua própria essência em designada e genuína aparência.
Meu Deus, desconhecer a ti (JO 20:14, LC 24:18,Atos 17:23) desloca tua magnitude de qualquer associação ao vilipendio do qual os insensatos criam fabulas a cerca de ti. Humanos! adoradores de ídolos! Deus é DESCONHECIDO, não obstante, Deu é.
Meu Deus não “é um conceito pelo qual meço minha dor,(John Lennon) “não obstante sucumba em dores,Deus é.
Homem sou,verme “filogênese,” frágil “ontogênese”, despudorado “sociogênese”, solitário “microgênese”(Vygotsky), não obstante Deus me antevê, me afeta, me atravessa, não o sinto. Essa é minha única crença em ti, assim não ultrajo Abraão. Teu amigo.
A verdade (aletheia) é Deus! - Quem, absoluta em cada um de nós ela (a verdade) nós conduz em harmonia, felicidade - sabe aquela verdade que brota em nós tal e qual a raiz da semente que brota sabe la onde? que o vento a sacode ,o sol a escalda,a chuva a encharca. Essa verdade é a presença imanente. Eu não compreendo como Deus me ouve, pois não o vejo, nem o sinto, não caio na tentação de compreende-lo para não nivela-lo com aquilo que meu olhar alcança, não obstante sua mão me afaga,Teu Espirito me sonda, me poe em movimento. assim meio subversivamente o sujeito em mim vai sendo construído.
( eudaimonia). Não crê-la(verdade) como absoluta é não crer no absoluto, crê-la paradoxalmente como nós é desvelada é entrar em contato absoluto com absoluto é com efeito Deus imanente ao homem. Assim oh Deus! O teu verbo se refaz em carne na verdade na verdade tu me diz , eu te escuto deixando-me de espantar-me canto a ti aleluias.
OH FANTASMA!!
Onde está o espelho que pode refletir, a tua máscara que um dia a de cair...
Óh fantasma canta o meu canto e acalenta o meu pranto!!
Pobre Coração
Depois de tanto tempo
Ressurges como um fantasma
Atormentando o meu pobre coração
Tua imagem surgiu como um relâmpago
Despertando o passado adormecido
Em dores que causastes
Ao meu pobre coração
Trovões me orbitavam
Respiração ofegava
O peito palpitava
Todas as lembranças
Submergiam em pensamentos
Vagarosamente
Ressuscitando sentimentos
naufragados pela tua ausência
Em segundos as folhas secas
Ressurgiam...
Uma angústia tomava conta
Do meu pobre coração.
Cidade fantasma difícil de se viver
onde cada dia vivido, é mais um dia para morrer.
Onde todos falam e poucos conhece
por trás dos bastidores ,
há uma família que padece.
A vida das pessoas são como uma caneta
sem manuseamento ,
onde precisa apenas de uma mão,
para completar sua história
com letras bonitas e sem sofrimento.
Existe uma luz que brilha
lá no fim da estrada,
à espera de alguém para fazer uma nova caminhada.
Todos com um sonho em mente,
deixar-se um dia de ser dependente.
Debaixo dos viadutos, das passarelas e das pontes,
por ali há usuários de monte.
Diante de tudo, só temos vaidade
e não conseguimos enxergar que há uma cracolândia,
dentro de cada cidade.
Humanos vivendo como se fossem lixo,
uns acha porquê quer,
outros pelos devaneios da vida, o levou ao vício.
E depois de tudo mano ,o que falar,
orar a Deus e ver como tudo vai terminar.
vamos tentar ajudar
Nós não podemos salvar o mundo
mas podemos ajudar pessoas do mundo salvar.
Fim por fim elaborado e escrito por mim.
Luana silva
Ser e enxergar que pra poder é só ultrapassar o fantasma do medo criado pelo pensamento, tal esse que além dele se encontra a vitória.
Qual a tua causa?
MEMORIAS DE UM FANTASMA
Foi como desligar uma televisão, apagar uma lâmpada,desconectar algum aparelho. Então quando eu abri os olhos, ainda ecoavam as palavras, alguém sussurrava alguma coisa, muitos falavam ao mesmo tempo; todos penalizados. No entanto, então diante de mim uma paisagem esplêndida de um rio caudaloso, uma brisa silenciosa numa tarde tranquila. Depois vieram as lembranças daquele sorriso que embalou toda a minha existência; a minha infância, a adolescência, a igreja enfeitada, todos os parentes e entes queridos; todos os votos de felicidade até o capotamento na estrada: foi a desconexão. Porém diante de mim todo aquele relevo, o rio, toda aquela luz silenciosa e tranquila quebrada apenas pelos passos e os risos de Bem-te-vi que corria ao encalço de uma linda borboleta azul; ele me contou que Denise nada sofrera, Catarina nasceria saudável; foi só um susto. No crepúsculo seguinte fui ao outro lado do rio, era um lugar sombrio e havia um elo com o material; alguém acompanhava sempre alguém como se não entendesse o que se passara. Denise estivera no médico e pude entender que em alguns dias nasceria Catarina; eu podia ver, era uma imagem embaçada, mas eu percebia tudo, tentei me comunicar, mas não era ouvido nem percebido por ninguém. Fiquei por algum tempo ali, até que Bem-te-vi surgiu na minha frente e me conduziu de volta ao relevo. Os dias que se seguiram foram de uma ansiedade impar pelo possível nascimento de Catarina; dia 27 de setembro era o aniversário de Denise e provavelmente fosse programado para que nesse dia acontecesse o nascimento, o que aconteceria no próximo sábado . Bem-te-vi com sua roupa amarela fazia umas piruetas numa brincadeira ingênua com os insetos e os pássaros, entre as árvores do vale, sua imagem me faz lembrar de mim mesmo na minha adolescência, com a diferença que ele pode flutuar. Além de bem-te-vi, tinha outros, todos com aparência de adolescentes e roupas, provavelmente de cetim, de tonalidades claras e que também atendiam pelo nome de pássaros: campina, pintassilgo, curió, cardeal; cada um desses guardava alguém. O rio representava a vida; os seus dois lados; Bem-te-vi já tinha me dito isso, mas não me respondeu onde desembocava aquele rio.
Era o aniversário de Denise e Deus lhe presenteou com uma menininha que mamava com a volúpia de quem tinha muitos anos pela frente, tinha os cabelos negríssimos como os do pai e recebera o nome de Roberta, e não mais catarina, em homenagem a mim. Denise tinha os olhos brilhantes de felicidade e por alguns momentos acho que ela percebeu a minha presença; alguém lhe deu as flores que eu lhe daria, era um amigo do cartório onde trabalhavam; acho que Denise merecia ser feliz, afinal, a Vida continua.
Nunca mais me foi permitido atravessar o rio, mas sei que Denise frequenta uma igreja e Roberta já é uma mocinha; Bem-te-vi soube através de um tal de Serafim. Estamos agora numa parte bem alta da montanha; dia desses Bem-te-vi me empurrou lá de cima, foi maravilhoso... eu ainda não sabia, mas assim descobri que podia flutuar...
Existe uma vontade fantasma de levar-te pra casa que me assombra. Me conheço e me desconheço, nem sei mais quem eu sou.
Desculpe
Mas sou apenas um fantasma
Sou um fugitivo
Vendi minha alma
E o demônio vem me cobrar
Todo o dia
Por isso fujo
Corro deste deus
Ele sabe que tenho algo a fazer
Tenho que escrever meu livro póstumo
E ele o quer agora
A eternidade é complicada de se entender
Às vezes
Nem eu nem deus nem ninguém
Existimos
Nunca é sempre
SOU UM
Sou um fantasma
Sou uma alma triste
Que se desespera
Tentando expiar os pecados
Com as lágrimas de sangue
Sou um espectro
Sou um corpo inútil
Na ilusão acabada
Quimera solta nas veias
Miragem do meu próprio
Deserto que eu tento fugir
Onde eu não pertenço.
💖♪♫♬ 🍃 💘 2017
🍃🍄🍃,🍄🍄
ALÉM DA TERRA, ALÉM DO MAR
Autora: Profª Lourdes Duarte
Como um fantasma que refugia-se na sua sombra
Rugiu-me da solidão do meu eu que me atormenta
Contemplo o mar revolto e as ondas que vão e voltam
Sei, que nunca voltarei no tempo, pois o tempo não volta.
Observo as ondas nas pedras se encontrando
Como minha vida batendo de frente com a solidão
Refugio-me nas sobras da minha existência
Querendo lavar a alma nas ondas do mar revolto.
Percebo que além da Terra, além do mar
No trampolim da vida, nuvens nebulosas podem mudar
Senti que nem tudo está perdido, ergui a cabeça...
Mergulhei no mar da vida para lutar,
Contra meus fantasmas a me atormentar.
Joguei o chapéu na areia e mergulhei no mar,
Lavei minha alma, libertei-me da solidão
Renovei minhas forças, outra vez... busquei
Coragem para fazer de um simples detalhe
Uma imensa razão de viver e vencer a solidão.
Boa noite
Quem nunca sentiu-se como não existisse, e achou-se na situação de um fantasma de sua própria vida e criação.
Ale✍️