Fantasia e carnaval
FOLIA
Por um beijo
eu me dispo toda
e colo na sua boca
meu lado mais
animal!
Na cama
todo mundo é igual!
E a nossa
anatomia
se funde
numa anarquia
que só se vê
no carnaval!
Apenas permita que essa nossa folia entre em sintonia!Você não vai se arrepender,te garanto, você vai ver!
Quando a poesia realmente fez folia em minha vida
Você veio me falar dessa paixão inesperada
Por outra pessoa
Mas não tem revolta não
Eu só quero que você se encontre
A Neve
Às vezes nevava.
O céu oferecia a neve para poder entrar na folia,
como qualquer de nós cedia a bola para entrar no jogo.
Os dedos só gelavam nos primeiros instantes.
Daí a pouco tempo, as mãos ardiam como brasas.
Às vezes nevava.
Era um lençol branco e imenso, quase sem limites.
Mesmo assim, alguns levavam braçadas de neve para casa,
na esperança de que assim não derretesse.
Uma qualquer espécie de alquimia
haveria de conservar o gelo
e transforma-lo em miragem perene e mágica,
para íntimo deleite.
Às vezes nevava.
Fazíamos anafados bonecos com apêndices postiços,
bolas de arremesso,
construções que a imaginação
e a quantidade de gelo permitiam,
escorregas improvisados.
Às vezes nevava
sem sabermos muito bem porquê,
nem o préstimo de tanta alvura.
O Poeta, o Norte e a Estrela
Você é magia
Alegria, folia
Faz que desfaz
Em mim se refaz
O que me levou
Ôh meu grande amor
Que vem esquece o pudor
Me faz velejar
Aqui não navega
Mas aqui já morou
Minha estrela brilhou
Para o norte rumou
E contigo ficou
O meu grande amor
O que tu deixou
Nem saudade nem dor
Aqui tu ficou
Então me retorne
Traga você e minha estrela
Vem divina, vivida
Vem sem pressa
Em mim recomeça
A velha paixão
Desse novo poeta
Ôh minha emoção
Ôh meu grande amor
REINAÇÃO
Enquanto o fole folheava a folia
o fado era sapateado pelos pés
a dança, demarcava n'aquele dia
o pulsar do coração em aranzel.
Musica, voava como asas no salão
flutuando, elevando o sentimento
era sola solada, pulsando coração
Era corpo trepidando o momento.
Enquanto o fole folheava o fado
a noite tremia e se fazia criança
para vontade, tudo era agrado
a imaginação, bolia a esperança.
O ritmo requebrava os lados
o peito seco arfava uma canção
o fole folheava folia com o fado
o fado a folia, vagava imensidão.
Antonio Montes
E se eu fosse falar agora falaria do dia da folia lá de fora .
Daria bom dia pra terra ,sorria como menino pra lua .
Corria descalço na rua e gritaria seu nome bem alto .
Se eu fosse falar agora da saudade do tempo de outrora ,diria que bem na hora , tudo tinha que acabar .
Não se acaba por acaso ,pois nem mesmo é um caso pra por um ponto final
Só acaba no sonho não dormido ,só acaba no sonho mal acordado ...
Se eu pudesse falar agora falaria com carinho ,falaria bem mansinho só pra não te acordar .
Mas faria barrulho na sua alma ,pra deixar desalinhado todo seu pensar .
Se eu pudesse falar agora ,iria de uma estrela a outra ,brincaria de esconde esconde dentro do seu coração ,e nunha algazarra bem louca ,tocaria sua boca pedindo um beijo seu .
Se eu fosse falar agora falaria meio em prosa ,nem bem sei falar em verso ,mas entenderias o meu chamar .
AH!! Mais se eu fosse falar agora tu dirias desconfiada que no fim desta meada existe um laço e não um nó ,soltaria -me de leve sem estar nunca distante ,deixaria cair um lagrima e sorria assim pra mim ...
Mas eu falei !!!
Edma Ferreira Costa
Foliões on line
Folia in rede é evento só balança o esqueleto quando o vento lança no ar o perfume...
De brahmas e batuques.
Amanheceu Abaetê.
Uma gelada pra escovar os dentes.
E segue a folia
longe dos meus domínios.