Fantasia e carnaval
Tem gente que só começa o ano depois do carnaval. Para mim o novo ano começa exatamente quando o velho ano termina!
Mas que coincidência,
Assim como o Carnaval,
O nosso amor eterno
Virou confete,
Se espalhou pra todo lado,
E não sobrou nada pra gente.
CARNAVAL
Não existe mais virgem imaculada
Não há também nenhuma alma pura
Existe o tipo de ser comum
Que o tal desejo da carne cultua
Não é nenhuma miragem
Idolatrar tal imagem
Que pra ti insinua
Aquela enfadonha figura
Que de pureza nada há
A desvairada pimpolha que vem correndo lhe abraçar
Naquele desejo sedento
Me disperto e fico atento
E vejo a morte me buscar.
050224
O Carnaval é todo dia! O Reveillon é toda sexta-feira!
E as férias? O ano inteiro!
Amores, Boemia e Paixões.
Dizem que Hoje é Carnaval
Infelizmente, hoje, não vai ser preciso fazer refeição, pois não se esqueça que neste belo do mundo de ramos, na quarentena, em plena próxima quaresma, vai ser dia de jejuar, para salvação do presente quadro de pandemia e do presidente.
Segue o convite que recebi do além e, caso queiram aderir, não se preocupem, minha receita dominical está salva na memória e tenho bons ingredientes, com alguma picardia, na despensa.
Vale a pena, na quaresma e na quarentena, meditar sobre a alienação do indivíduo que acredita até naquilo que não existe e inverte a realidade na mente criada pelo seu cérebro, como se ela é que o dominasse, não o corpo.
A fé não remove montanha, nem pode ressuscitar o cadáver insepulto, quem dera o sepulto que, com o vírus, corre o risco de ficar sem cova por falta de coveiro.
O jejum evangélico mostra que a religião "é o ópio do povo"! É a negação da negação na "a filosofia" da miséria, fazer jejum para pagar o dízimo e comprar álcool gel untado, quando por outro lado é certa "a miséria de filosofia" que não transforma o mundo, já estudado pelos filósofos, que o vírus transformou e "uniu os trabalhadores do mundo". Milagre "in divino", não saiu único tiro, sem dar as mãos limpas nem fazer greve, destruíram com o martelo o capitalismo, com o seu liberalismo do Estado mínimo o transformar no máximo, para não deixar ou fazer com "que os mortos enterrem seus mortos" e mostrar que: "de repente tudo que é sólido desmancha no ar"!
Hoje é dia de "fervo" no Rio de Janeiro: final de feriadão, carnaval, sol, praia, bebida gelada e animação.
Eu aqui, separando doações... eu sei que o pouco que consigo distribuir não vai resolver os problemas que afligem nosso redor: covid, desastre em Petrópolis, guerra na Ucrânia, entre outras tantas guerras que nos são anônimas e fragilizam, enfraquecem e desfalecem homens com ou sem fé em Deus.
Indiferença, individualismo, ambição, irresponsabilidades... consequências de um mundo selvagem em que a racionalidade humana é orquestrada pelo instinto animal de "sobvida": sob a vida do outro.
Postei numa página pública nesta semana um curto diálogo, resultado da reflexão sobre a selvageria do mundo e que posso ser perdoada por acreditar que o mal triunfará no final. Mas, que mal? Que final? Também não seria egoísmo entender que minha linha de pensamento é real. De qual realidade? Sob qual perspectiva de verdade? As verdades são temporais. Por isso até receio achar que possa estar certa. É muito ruim pensar demais... quando publiquei meu primeiro livro, meu pastor já me aconselhara sobre as questões político-filosóficas: podemos controlá-las ou sermos dominados nesta luta em que o maior inimigo está nas nossas mentes. Então a minha disciplina diária é manter a fé acima da política (social) e da filosofia (individual) e, desta forma, não acionar o gatilho que desencadeia uma nova crise do meu transtorno do espectro do autismo. Entender que, embora em grau leve, não sou normal levou algum tempo. Mas aceitar que o que me paralisa fisicamente esquenta muito a minha mente é paradoxal.
Portanto, exercer a fé significa controlar o que há na fronteira entre o consciente e o inconsciente.
"Não pare de lutar" foi a mensagem que tocou no meu coração: "Nunca falte a vocês o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (Romanos 12:11-12)"
Foi quando lembrei-me de Ludmila Ferber e sua canção "Nunca pare de lutar" gravada anos antes de ter seu câncer diagnosticado, em 2018. Teve uma vida digna, ética e seguiu os valores cristãos. Em 2019 sua fé consolidou forças para gravar "Um novo começo". Sua missão nesta terra terminou em 2022. E uma das riquezas que nos deixou além de suas realizações como humana, mulher, real, foram suas poesias em forma de canção. Melodias que aquecem alma, trazem força ao coração cansado e a mensagem de eternidade com o nosso Criador. Não tenho medo de morrer.
Ludmila foi uma boa pessoa como tantos que passaram por este mundo em suas diferentes terras, culturas, religiões e saberes. Então acredito que há homens bons. Mas há os maus: os que mantém o ciclo dos fins e dos recomeços porque são atraídos pela ganância e seus corações corruptíveis podem não admitir, mas estão envolvidos numa grande conspiração. Só que são estes os envolvidos que estão no poder e perpetuam o câncer social.
Se estou fantasiando? Não creio. Os pensadores não são aqueles que revelam a ilusão de algumas verdades, mas os que sugerem a verdade das ilusões. Por isso acredito que Jesus foi, de fato, o maior pensador e agradeço pela herança que deixou à humanidade.
Não sou cristã temendo ir para o inferno. Tento viver esses ensinamentos porque acredito que conduzem à uma vida melhor. No entanto, busco não me guiar pela religiosidade mas pela espiritualidade em que preconiza “o temor ao Senhor como princípio à Sabedoria”.
Tenho receio de não conseguir deixar nada de aproveitável para os que ficarem, pelo tempo em que ficarem por aqui. Afinal "quod in vita facimus, in aeternum resonat" - o que fazemos em vida ecoa pela eternidade (Maximus, O Gladiador).
"MÊS DA MULHER"
O ano só começa pra valer
Quando passa o carnaval
Venha março trazer paz
Precisamos vencer.
Traga novas possibilidades
Queremos energias renovadas
Mudanças positivas
Com chuvas de felicidades.
Março mês da tranquilidade
Enfim é dedicado a mulher
Que possamos gritar
Dando viva a liberdade.
Que todo o mês seja de alegria
Com momentos mágicos
Na suavidade do outono
Toda mulher é uma poesia.
Autoria Irá Rodrigues
Segunda de Carnaval eu não atendi um cliente...
Quarta de cinzas por volta das 08:10 recebo a seguinte mensagem:
"E ai Rodrigo, tá de férias?"
No passado existia Sodoma e Gomorra e seus habitantes. No Brasil temos os nossos políticos, carnaval, museus de arte moderna, as faculdades e escolas públicas.
O carnaval é do diabo
a festa da carne
do suor
do gosto
do povo
o feitiço que atiça
que belisca e trisca
e feito isca
vai e se joga
quando o eu sai do armário
tira do rosto
aquela peça de antiquário
põe na cara um sorriso
sem motivo
só por estar vivo
se o diabo criou isto
meus parabéns
muito agradecido