Fantasia e carnaval
13/02/2018
Pois é Sr. Carnaval então o sr. se vai?
Foi bom tê-lo conosco,
Ajudou o povo a se unir, esbarrar e em bloco festejar sem cessar.
E como se diz: O ano sempre começa, de verdade, depois do carnaval!
Acho que estamos prontos:
Já homenageou-se a classe política,
vícios e desperdícios,
e até pro judiciário sobrou.
Povo que desfila unido no carnaval ganha sempre notaaaaa dezzzzz...
No carnaval tem cadência,
passos minimamente calculados,
gingados engraçados,
tudo enfim bonito, coisa e tal...
Só mesmo na vida real que é meio sem graça,
ninguém se entende na cadência,
passos tropeçam,
no gingado nem sempre dá para se virar nas contas à pagar,
tudo enfim "complicado!"
Horrível esta vida sem carnaval, mas fazer o quê, né...
dançou ... dançou, não dançou, não dança mais, só no ano que vem,
Agora é guardar a fantasia,
aproveitar e rezar a Ave-Maria, que o tempo é de penitência
e a Quaresma chega para te abraçar.
Eitaaaaaaaa....
Chegou a conta da folia: pecou? Agora ajoelha no milho!
Bommmm Diaaaa...
Eventos se vão e ventos se passam,
Passa fevereiro, carnaval,
e no geral ficam as hortas recheadas de "pepinos" (problemas)
Pepino é bom como alimento,
já nos problemas torna-se um tanto indigesto.
Tudo bem...,
vamos começar nossa segunda com passos de primeira,
alegria sem limites
e estima "pra lá de boa"(excelente).
Os problemas fazem parte da engrenagem da vida,
sempre precisam de manutenção e consevação
para que mantenham o eixo em equilíbrio e perfeito funcionamento
e também colaborem para fazer funcionar a vida como manda o figurino.
"Ahhh... não se esqueça
daquele maravilhoso e lindo sorriso,
que dá um colorido especial nos momentos vividos
e eleva a moral de todos que estiverem ou passarem por você!"
Estado de paz e não de mal
Pra que briga se é carnaval?
E não me diga que isso faz mal
Mal está onde um "não" parece "sim"
Na "obrigação" de aderir
A um capricho machista sem fim
VOU MODELAR NA AVENIDA SIM
De tetas de fora, vou sambar
Foi pra isso que vim
E quero respeito, viu?
Não quero (pré)conceito
Quero meus direitos
Direito de mostrar meu corpo
E receber respeito
Tenho direito !
Insta: @li.fer.nanda
O carnaval é extremamente benéfico, pois obriga milhões de pessoas a manterem o preparo físico o ano todo.
Tem quem confunde a vida com um palco de teatro. Esquece quanto tempo dura o carnaval, já que usa máscaras o ano todo. Ignora a existência dos próprios defeitos e vive embriagado das mentiras proferidas pela cegueira do ego.
No carnaval, muita gente frequenta bailes onde a única coisa ‘família’ é a garrafa de refrigerante (quando permitem refrigerante).
E acontece que a dor da alma fazem cair as máscaras do carnaval interminável chamado vida, que, por vezes temos de disfarçar e nos fazer de sãos, e se não der certo o disfarce, ninguém irá notar, Somos maus para agir, maus atores de uma má platéia.
Lá fora ouço o alegre ensaio de Carnaval.
E aqui dentro estou dançando triste na banda dos contentes.
Desfilaram neste carnaval com todo o seu colorido, mas sem maquiagens. Com seus tiques. Na passarela cristalina da via pública. Na ribalta das ruas, o grande karaoke das cidades. Parece estarmos vendo o reclame do circo na nossa infância já tão longe, quando os palhaços, saltitando pelas delegacias, interrogavam as crianças com roupas espetaculares. Hoje tem espetáculo? Tem sim senhor... Nossas ruas mal cuidadas e nossas praças irreverentemente autografadas com pardais. Há reis e rainhas corruptos neste carnaval. Há também, para termos os reis e as rainhas, peões; Peões lavrados em marfim, como num bizantino tabuleiro de xadrez. Mas, por trás das fantasias da ala dos peões, parecidas com peças de marfim, o que se vê são peças como se fora barro bíblico da criação, a fim de plasmar calungas para promover um desfile para a posteridade. A "paradinha" da bateria para o povo, ora a alegrar, chegou triste, sem cobrar aplausos dos espectadores.
Mas que coincidência,
Assim como o Carnaval,
O nosso amor eterno
Virou confete,
Se espalhou pra todo lado,
E não sobrou nada pra gente.
Melancolias de um samba,
Tristeza em pleno carnaval
Um dilema em minha cama,
Viver ou fase terminal.
Filosofias de bar,
Ideologias fúteis de jornal.
Água levanta poeira do asfalto
O cheio me leva ao passado.
Banho de chuva,
Descalço na rua
Olhando o céu
Pensamentos aleatórios ao léu.
Os valores estão se invertendo a cada dia que passa. No Carnaval se põe banda de forró. No São João se põe banda de Carnaval...
Onde iremos parar com essa inversão de valores?