Fantasia e carnaval
Meu corpo pode estar preso a esse mundo, mas minha imaginação não. Com ela posso tudo, absolutamente tudo. E a ela me agarro com a firmeza de um náufrago, pois sei que só dessa forma salvo-me dos rigores de uma vida seca de magia, de olhares desprovidos de encanto, da mediocridade de um mundo sem poesia, da escassez da sensibilidade e da mornidão dos sentimentos. Aprendi que é sublime desenhar com palavras, que com elas é possível demonstrar o que sinto, sobretudo, o que imagino, e não necessariamente o que vejo.
Amor proibido.
Dia todo, todo dia , estar contigo traz o sentido de grande alegria.
um esforço danado para desviar o olhar, espantar o pensar na possibilidade de te amar .
Desejo estar ao teu lado , contemplar em seu rosto estampado a figura da sua doce ternura.
Um abraço seu é um anseio meu , dentro do peito o freio rompeu , na mente o amor ja nasceu e pela via da fantasía , o amor proibido é o prazer mais intenso vivido.
O peito parece que vai explodir pela vontade de seu corpo sentir,
Meu desejo me trai
A força se esvai, pela luta de amar de forna oculta , Vc mulher asbsoluta.
Buscar viver a realidade é querer viver aprisionado na dor.
Vive-se algemado com o sofrimento.
Um pouco de fantasia faz bem.
Buscar a liberdade depois da experiência de se viver na realidade, é se sentenciar a uma penitência.
Não te busquei em sonhos, nem na luz do dia, nem no escuro da noite. Não sai à sua procura, nem pelas ruas, nem em fantasias. Você simplesmente chegou, de onde não sei, não vi, não importa, dia e noite se misturaram, sonho e fantasia viraram desejo, e esse desejo tem seu nome.
Flávia Abib
Ela sentiu que cavar mais fundo exigiria que virasse sua vida de ponta-cabeça, que foi edificada na fantasia cuidadosamente elaborada de que se casar era uma espécie de prova de que, de uma vez por todas, ela poderia ser amada.
A mulher é o único ser que ama e odeia ao mesmo tempo, porque é o único que se encanta pelo que não tem fantasiando nele o que queria ter.
Sô Juca
Num bóti reparu nu modi deu falá
Sô hôme simples, caboclo sem enricá
Pôcu letradu, mais tenhu vivênça
E vô ti contá puque bateu essi querê
De fazê ocê sabe de nossu cumpadi
Num é qui Tião se enrosco
Cum a fia de véia Fraviana¿
Nessa peleja, a minina pegô barriga
Tãossi Guilermino sotô as tampa
Tião juntô os trapo dele e ganhô mundo
Cumpadi Guilermino fez o mermo
Juntô os trapo da coitada
E jogo a minina Jussinaria na estrada
Ela vei batê aqui, sô Juca
Quis fazê pousada nu meu barraco
Mas aqui num dá, cê sabe
Ocê sempri diz que qué tê fio
E eu mandei a minina ai pro cê cuidá
Inté
entrei naquela caixinha azul e lembrei dos homens barrigudos que se juntavam pra ir atrás de bandidos no cinema Orion, das fadas cheias de pirilampos ao redor, das atrizes com seus olhos felinos, das formigas vermelhas que no microscópio pareciam tão fortes, da queijadinha antes do almoço e das cobras verdes inofensivas...
depois parei em frente aqueles mendigos desnorteados e fiquei sem saber o que dizer, sai da caixinha, peguei um taxi vermelho e pedi para o motorista-camundongo me levar até Juquitiba, ele me levou pra Júpiter
@machado_ac
Sentindo falta do SOL
Das tuas POESIAS...
Onde você se escondeu,
será que o ARREBOL
SOL das al-mas
Te encobriram nas areias
quentinhas deste mar de fantasia!?
***
Federico Fellini, na sublime altivez de sua genialidade, muitas vezes utilizava pessoas comuns em cenas de seus filmes. Acho que foram exatamente essas pessoas comuns que inventaram o Federico Fellini. E a fantasia de seus filmes é mais realista do que a própria realidade. Todo o absurdo de Fellini era fidedigno. E o mar é, sim, feito de papel celofane.
A Bruxa obtém seus poderes da natureza. Ela invoca seus sonhos com feitiços e encantamentos. Com poesia. E acho que é por isso que temos medo delas. O que é mais assustador para o mundo dos homens do que uma mulher limitada apenas pela sua imaginação?
Eu acredito que as maiores virtudes de um escritor, são o estímulo, a provocação, e a capacidade de imaginação, que são transferidas aos leitores. Portanto, sair daquilo que lógico, do cotidiano e partir para a fantasia, a ilusão, a criatividade e o sonho, fazendo com que esses possam ser alcançados, mesmo que somente na ficção, isso dá um grande prazer na conquista.
Este deserto em que estou não é um lugar definitivo.
Estou de passagem.
E, enquanto nele estou, aproveito a paisagem...
Mas... não só.
Nele aprendo que tudo é e não é.
Nele descubro o que é necessário
e o que desnecessário é.
Nele me vejo em miragens.
Há fantasias... e utopias.
Nele me dou o direito de transformar sonhos em realidade...
e também de vê-los como meras alegorias...
Nele me alimento de suor e lágrimas.
Nele deixo-me reflorescer como os brancos e perfumados lírios.
Nele vejo um céu mil vezes mais estrelado.
Nele misturo certo o que parece errado.
Nele o turvo é desnublado.
Dos pequenos restos que de mim restam resta quase nada.
... só o tempo de uma jornada.
Meu deserto é o tempo e espaço de uma parada... é chuva de areia que minh’alma branqueia.
Imaginações imaginadas
Pouco tempo antes;
Havia informações, mas uma quantidade inferior as de agora.
Parte, ficava por imaginar, adecorar, a esperar, a enfeitar.
Idealizações tamanhas.
Que não cabia na cabeça e explodia de felicidade, e alegria da espera.
Cingia a Vida, cheia de esperança.
Para os mortais comuns podia ser algo a mais, mas para outros não.
É pouco, muito pouco. Com suas próprias verdades não precisou descobrir, degustar.
Viver suas próprias verdades. Errar, lamentar, cair começar novamente.
Para aprender vivenciando.Essa parte do cérebro, que era a fabrica de ilusões, fantasias, esperança.
Não foi utilizado. Parte da alegria de estar vivendo.Perdeu a graça.
Como deixar escapar a graça pela vida, se a graça alimenta a vida.
Foi uma troca injusta. Se alimente de tudo, omais rápido que puder.
Para perder o seu próprio sentido do que é a Vida.
Tornou-se mais um vazio qualquer nesse vasto mundo de desilusões e sofrimento.