Fantasia
A expansão da consciência é a única mudança verdadeira que pode acontecer em nossas vidas, acredite. Não há outra forma de seguir adiante, com um novo jeito de ver o que nos cerca e de viver a realidade, não a fantasia.
Não repare minha ausência,
nem sempre meu tempo conduz
a caminhos e presenças,
mesmo tão cheios de luz
Sigo as horas buscando quimeras,
versos, flores sob o vento,
dançando sob colorida primavera
junto ao coração em contentamento
Só assim consigo caminhar
os passos que preciso a cada dia,
ninguém pode e nem deve estranhar
o que a alma poética fantasia
Melodias acendem a chama da ilusão, um oásis em meio ao deserto da realidade. Nos elevam a um reino de sonhos, mas cuidado, a música é um mapa, não o território. Que a fantasia inspire, não aprisione. A vida pulsa entre o real e o imaginário. Encontre o seu ritmo.
Preso num quadro louco e imundo
sou mais um abstrato vagabundo
feito pra enfeitar a tua sala de estar.
Fantasia insana e barata,
que te deixa mais alucinada.
Eles querem que você
se perca até esvaecer.
Abstinência de ilusão, você não se decide
se quer resistir.
Surgindo da escuridão, brutalidade no coração, acho que me fodi.
Tenho vivido em um mundo
onde tudo é fútil e inútil, acho que é melhor eu fugir daqui.
O ódio é maior que a esperança,
o homem destrói em abundância.
Acho que é melhor eu fugir daqui.
Faço parte desse mundo cão, eu não sei !?
Sou animal e vocês também.
Gosto de ver sangue jorrar pelo chão,
então não vem me chamar de irmão!
027 -"Não busco mais as fantasias que pelos caminhos deixei cair. Hoje viajo na imaginação dos meus dias. Vivo estradas floridas, paisagens deslumbrantes. Nada fantasioso, apenas sonhados e possivelmente vividos."
Idemi®
Cenário da vida
Cenário da vida! Cenário dos sonhos!
Missão impossível viver em um só mundo.
É preciso ter coragem para sobreviver à realidade.
Se a magia do viver é extraída das explosões dos sentimentos,
Impossível impedir a fuga momentânea para o mundo dos sonhos.
Entre duas mentiras
O trágico estimulado para sua desconstrução, te convida à angústia e à depressão.
Plano traçado, verdadeira manipulação. Ou seria delírio, teoria da conspiração?
Gera consumo, prêmio, consolação. Só um mundo falso de alienação, mas você nem tem a percepção.
Outra mentira, colega daquela, que junto controla nossa compreensão é a fantasia. Esta idealizada para seu entorpecimento, te ilude à solidão. Alimenta sua desesperança e mina sua determinação .
No entanto, são apenas duas mentiras nas quais cabem revisão.
Existe uma significativa parcela da humanidade que acredita ser mais fácil mascarar a realidade do que esforçar-se para torná-la melhor.
O PEQUENO POLEGAR
Havia um par de botas
Mas não um par comum
Serviam pra toda a gente
Cabiam em qualquer um
Não eram botas surradas
Nem tampouco elegantes
Enfeitiçadas pelas fadas
Guardadas pelos gigantes
Basta saber aonde ir
Essas botas não dão trégua
Botas rápidas feito o vento
As botas de sete léguas
Um grande bruxo as possuía
Até alguém dele roubar
O mais jovem de sete irmãos
O pequeno polegar
Abandonados pelos pais
Pois não tinham o que comer
Na floresta foram largados
Tinham mais chances de viver
Com as botas de sete léguas
Já não havia choro
Enganaram o velho bruxo
Levaram todo o seu ouro
Mas o bruxo era malvado
Se isso serve de consolo
Acharam o caminho de casa
Dividiram o seu tesouro
E não há quem não conheça
Aqui ou em qualquer lugar
Terror dos bruxos e dos gigantes
O pequeno polegar!
Grande ilusão morta no espaço tempo...
Do fundo do copo...
Disfarçando a espera de um qualquer sofrimento...
Pelas saudades que lhe aterram...
Procurando no amor a felicidade...
Entre conversas vãs...
Entre os descasos sem cuidados...
Pertencer a quem souber...
Apreciar os trejeitos...
No íntimo mais profundo...
Ignora o silêncio e o eco...
O que o coração murmura, a voz não diz...
Entorpecido sente-se feliz...
E vão-se em mar a fora...
Os sentidos embriagados e mal sentidos...
Que tudo é ilusão que esta alma sente...
Se nada há de novo e tudo o que há...
Sentir prazer em deitar-se com o perigo...
Que alguém lhe mostre a tua imagem, como tantos, sem sentido...
Sem expor à vergonha...
Sem alardear seus gemidos...
Pobre esperançado...
Que anda crê na ilusão…
Do amor…
Da fantasia...
Que nas portas dos bares aguarda...
Alguém a lhe acompanhar pelas ruas...
Tudo posso esquecer em minha vida...
As visões em minhas estradas percorridas...
Só não consigo me esquecer no entanto...
Dessa figura de alma nua...
Sandro Paschoal Nogueira
O Concerto das Estrelas
Em um mundo fantástico onde existiam estrelas, animais falantes e seres mágicos.
Existia uma família que tinha o poder de controlar as estrelas.
Uns faziam o bem e outros faziam o mal.
Mas a Luz sempre prevalecia sobre as trevas.
A Luz sempre venceu.
Belo Horizonte, 22 de Maio de 2019
"Nesse halloween só doces e travessuras porque monstros, bruxas e fantasmas nos rodeiam o ano inteiro, usando fantasias de pessoas normais."
O propósito coletivo do homem é a evolução?
Somos humanos, inquestionavelmente soberanos? Ou do sistema que criamos nos enganamos?
Fantasiados de crenças, adoecidos pelo ego; Subjetivamos, ferimos, matamos...
Tudo perdeu a graça, fomos a lua, mas enfraquecemos nossa raça?
Por que nos escravizamos pelo valor inventado em um papel? Se na morte não levamos nada, nem nosso anel...
Racionalidade é ser mais forte do que falácias subjetivas, se unir por um propósito, não fazer reverência a quem não se inclina.
Viver com Afantasia em uma Sociedade de Fantasias
Imaginar o mundo ao nosso redor é algo que a maioria das pessoas faz naturalmente, mas para mim, isso é uma impossibilidade. Vivo com afantasia, uma condição onde o ato de visualizar imagens mentais simplesmente não acontece. Enquanto outros conseguem projetar lembranças, cenários e sonhos com vivacidade, minha mente opera em um plano puramente conectado à realidade objetiva. Minha realidade é feita de informações (memórias semânticas), sem o colorido de imagens mentais. Isso já cria uma distância imensa entre como eu experiencio o mundo e como os outros parecem vivê-lo.
Além disso, existe outra camada de complexidade. Vivo também com autismo e outras neurodivergências, condições que moldam ainda mais minha percepção e interação com o mundo. E uma parte fundamental dessa vivência é o fato de que, objetivamente, só consigo experienciar o sentimento do agora. Não tenho uma herança sentimental que me ajude a filtrar o valor das coisas. Vivo de forma intensa e imediata, cada momento sem referências do passado, sem scripts mentais, não importa quantas experiências eu tenha tido. As decisões importantes que tomo são baseadas nesse único sentimento presente e na frieza do conhecimento semântico, porque não consigo conectar essas decisões a uma compreensão emocional do passado ou do futuro.
Essa ausência de uma herança emocional faz com que eu não entenda o valor das pessoas da forma como a sociedade espera. Sentimentos como gratidão me escapam, assim como os comportamentos sociais derivados disso. Eu não sei o que é "puxar saco", não faz sentido para mim, e nunca vou participar de padrões de comportamento que considero desprezíveis, apenas porque as pessoas rotuladas como "normais" dizem que isso é uma fórmula para o sucesso – sendo que é claramente parte da trajetória que levou a humanidade a construir um sistema podre.
Para mim, o que chamam de "sucesso" e "meritocracia" são lendas urbanas. A realidade é outra: é uma sociedade movida por aprovações sociais e fantasias, onde o que importa é a adequação a normas, expectativas e imagens mentais compartilhadas – algo que, na minha experiência, não faz sentido e nunca fará. Vivo desconectado desses padrões, porque, para mim, eles simplesmente não se aplicam.
Essa desconexão se torna ainda mais intensa em uma sociedade que insiste em vender a ilusão de que todos têm as mesmas oportunidades e opções. O positivismo, com sua insistência na superação individual, ignora as limitações reais que muitas pessoas, como eu, enfrentam diariamente. Para mim, que sou misantropo por questões cognitivas, o positivismo soa vazio. Ele ignora as limitações reais da vivência de grande parte da população, que sofre por ignorância e miséria, sem oportunidades reais – e de uma minoria de neurodivergentes que sequer compreende as regras sociais forjadas para manter a ilusão.
No final, o que resta é a busca por um espaço onde minha existência, sem fantasias e sem ilusões, seja reconhecida. Não me interessa seguir roteiros sociais que só reforçam comportamentos vazios. Vivo em um mundo que valoriza essas fantasias, mas para mim, o presente, com toda a sua objetividade e limitações, é tudo o que eu conheço. E nesse espaço, eu não encontro sentido nos padrões sociais que outros consideram normais.
Estar adaptado a uma sociedade que valoriza indivíduos com transtorno de conduta não é um bom sinal de saúde mental.
Todos sobrevivemos a uma sociedade narcisista e mantemos o status quo dela sem parar de dançar a valsa da sua fantasia.
A diplomacia em tempos de guerra só é funcional se a parte agredida ceder e satisfazer os caprichos do seu agressor, de contrário é tudo fantasia socrática.