Fantasia
Oscilando entre a fantasia e a realidade vou buscando o que me convém... Me perdendo em devaneios tolos, acredito naquilo que me faz bem.
Preferia meus olhos vendados para a fantasia à este mundo cético em que vivo hoje.
O mundo onde habitava era colorido e não preto e branco, as coisas e pessoas tinham mais vida, mais alegria, era um parque de diversão sem limites de brinquedos e nem fila. A montanha russa, a mais divertida, ao comparar a realidade é aquela que dá medo de encarar, quando sobe dá a sensação de euforia, quando cai tu queres gritar o mais alto, passando toda tua vida em mente e quando saímos com os pés na terra é uma miscelânea de sentimentos, é o frio na barriga, é alegria, é tristeza, é a certeza de estar viva. Agora sinto-me em um carrossel, sem graça, com os pés muito firme ao chão, alguns altos e baixos mas é tão mínima que não há sensações, sem adrenalina, mas sempre sem emoção. Só carrossel, sobe, desce, sobe, desce. Sem emoções. Sem adrenalina. Sem nada. Apenas tu. Onde não há dinheiro suficiente para a montanha russa. Adrenalina zero. Cético? Sério? Não, só a realidade nua e crua, sem história da carochinha. Sem contos de fadas. Ser ignorante e não pensar na vida racional é então a melhor escolha para viver bem, pois viver uma montanha russa é muito mais emocionantes à saber de onde vem?!, o porque?! e pra quê?!. Saber que vai nascer e morrer. Viver sem saber origens. Viver a vida do jeito que é para ser.
"... e a ti dedico o pouco que posso e que a distância permite,
Guardo-te na memória sem sequer tê-la avistado,
Carrego junto a mim um carinho idealizado,
que por fim tornar-se-á mera fantasia,
ou um sonho realizado."
Custei a compreender que fantasia
É um troço que o cara tira no Carnaval
E usa nos outros dias por toda a vida
Eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais. A minha alucinação é suportar o dia-a-dia e meu delírio é a experiência com coisas reais.
Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobras da nossa escassez
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre cobras, entre escombros da nossa solidez
Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo pra descobrir
Que não é por aí... não é por nada não
Não, não pode ser... é claro que não é, será?
Meninos de rua, delírios de ruínas
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruína, delitos e delícias
A violência travestida faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear
(solidez)
Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como tentar o suicídio ou amar uma mulher
Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como lutar pelo poder
Lutar como puder
Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido
As redes sociais é um mundo de fantasia e do faz de conta, levando muitas pessoas a um processo depressivo e de isolamento.
Desejo a todos
Que a luz do espírito do Natal invada seus olhos
Revivendo a magia da fantasia deste dia.
Que a união e o amor seja intenção de cada um
Ao dar um presente
Que o pouco de alguns seja muito no coração
Se alastre nos sonhos e se enraíze pela árvore de Natal
Fazendo parte da decoração de nossas vidas
Que em meio aos abraços apertados
Na energia sentida, formem-se canções
Melodias, costumes e tradições
E façam elas no tempo
Um eterno gesto de carinho
Pra nos lembrar de que nunca estamos sozinhos
Pois quando soar o sino
E todos estiverem sobre a mesa
Que os anjos desçam e nos fortaleçam
Com a alegria do Natal.