Falta de Amor

Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro.

Não há ninguém, mesmo sem cultura, que não se torne poeta quando o amor toma conta dele.

Não há disfarce que possa esconder por muito tempo o amor quando este existe, nem simulá-lo quando este não existe.

O amor é um mistério sem fim, já que não há nada que o explique.

Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz.

Não há ninguém que não se envergonhe de ter amado outro, quando o amor já acabou entre eles.

Não há nada que não se consiga com a força de vontade, a bondade e, principalmente, com o amor.

Não há amor que resista a vinte e quatro horas de filosofia.

Não há amor como o primeiro, mesmo que esse primeiro seja o último.

Para o amor e a morte, não há coisa forte.

Não há nada que esteja menos sob o nosso domínio que o coração, e, longe de podermos comandá-lo, somos forçados a obedecer-lhe.

Não há garantias. Do ponto de vista do medo, ninguém é forte o suficiente. Do ponto de vista do amor, ninguém é necessário.

Não há nada mais gratificante do que o afeto correspondido, nada mais perfeito do que a reciprocidade de gostos e a troca de atenções.

Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que há falta de amor.

Somente quando encontramos o amor é que descobrimos o que nos faltava na vida.

A falta de amor é a maior de todas as pobrezas.

Algum desgosto prova muito amor, mas muito desgosto revela demasiada falta de espírito.

A falta de amor é um grau de imbecilidade, porque o amor é a perfeição da consciência.

Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos.

Não há nenhuma prisão em nenhum mundo na qual o Amor não possa forçar a entrada.