Falsas Gentilezas
Falsa gentileza vã,
A quem segue o teu verdor!
Adverte, que se hoje és flor,
Serás caveira amanhã.
Essa beleza louça
Te está mesmo condenando...
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Se corres, com pano largo,
Trás dos deleites de uma hora,
Vê bem que o que é doce agora
Te há de ser depois amargo.
Desperta desse letargo
Que que os vícios te detêm,
E vive como convém;
Pois se sabes que és mortal,
Olha bem: não morras mal,
Olha bem que vivas bem.
Se a esperar tempo te atreves,
Mal na vida te confias;
Pois são tão curtos os dias,
Quanto as horas são mais breves.
Deixa os gostos vão e leves,
Que tanto estás anelando:
Trata de ir-te aparelhando
Para a morte, e sem demora;
Porque não sabes a hora,
Porque não sabes o quando.
Deixa o mundo os enganos,
Não queiras em tanta lida,
Por breve gostos da vida
Penar por eternos anos.
FLECHAS FALSAS
(Edson Nelson Soares Botelho)
Um olhar brilhante e autentico
Gentileza nos padrões mais nobres
Redesenhada pela natureza
Senhora absoluta das paixões
Vou buscar no meu caminhar
Todas as prescrições futuras
Para surpreender o destino
Nas minhas realizações almejadas
Vou projetar uma máquina fotográfica
Que capture e aprisione a mágica do amor
Superando o cupido com suas flechas falsas
Povoar o meu universo interior
Com as mais ardentes paixões
Realizando os segredos mais íntimos
Bajuladores são cínicos, envoltos pela túnica da falsa gentileza e pelas sandálias de uma falsa humildade