Falecimento de um Parente Querido
Eu nunca acreditei em anjos, até esse aparecer na minha vida:
Esse anjo que me compreendia
Me aceitava, me entendia
Oh, esse anjo que eu amava...
Esse anjo que eu nunca esquecerei
Esse anjo que surgiu do nada
Esse anjo que eu amei...
Essa amizade surgiu tão rápida
O começo, o meio e o fim
Tudo de uma forma inesperada...
Eu sonhava com você
Seu retrato em minha mente
Eu já não conseguia te esquecer...
Você era tão tímida, eu espontâneo
Você era cristã, eu ateu
Você era você e eu era eu...
Éramos tão opostos para os "normais"
Mas não se monta um quebra-cabeça
Com peças iguais...
Seremos sempre infinitos
No nosso conjuntinho
No nosso limitado
Conjunto de finitos...
Eu e você meu anjo
Meu anjo que tem o nome mais lindo do universo;
Meu anjo que tem os olhos mais penetrantes da galáxia;
Meu anjo que tem o sorriso mais belo do sistema solar,
Meu anjo é você, minha doce Nicole...
Sem ressentimentos
A emoção está aqui
Mas a caneta na mão
Não quer escrever mais
Como se roubassem você de mim
Sem poesia
Sem sentido
Inspiração roubada
Me inspirei
No que não me pertencia
Não há roubo
Nem eu te pertenço
Como se a carne
Desprendesse dos ossos
A energia dos versos se esvai
Sinto muito
Se me deixei levar
Se ignorei os avisos
Não parei no sinal
Não observei o silêncio
Fui além
Fui paixão
Puro eu egoísta
Paixão só minha
Não espero que entenda
Não quero nada em troca
Sejamos felizes
Só o que importa
Perdoa por sentir
Perdoa sem julgar
Há muito mais pra se ver
Dentro de um olhar
A vida é feita de escolhas
Escolhi escrever
Me despi nos versos
Devo me cobrir na razão
Te deixar em paz
Com suas preferências
Deixar de sentir em vão
Sem ressentimentos
E de repente
Tudo se perdeu
Na imensidão do seu eu
O amor já não era tanto
A vida já não era a mesma
E até mesmo o canto
Perdera o encanto
Triste assim
Tão de repente
Se perguntarem por que
Não sei
A vida é assim mesmo
Sentimento é solidão
Se não há mais combinação
Cadê aquele diálogo?
A comunicação que nos uniu
Na comunicação dos iPhones
Tudo ruiu
A humanidade se perdendo
Quando a busca é pelo encontro
Pelo aproximar
É...Aproximar assusta
Por que ficar juntinho?
Seu Eu domina o mundo a seu redor
Limites já não existem
Mas os sonhos por um fio
também estão
O que me frustra é saber
Que em vc tudo me basta
Mas se é pra dar um basta
Que seja
Pelo menos lembra
Da cumplicidade e
Dos momentos lindos
Que a velocidade da comunicação e o poder das frases feitas não
Conseguirão apagar
De minha parte
Seguirei sonhando
Pela réstia de fio que ainda existe
Vivendo e aprendendo a viver
Errando pois o que é a vida
Senão tentativa e erro até o
Realizar de um sonho?
No meu sonho
Não estou só
Mas a pior solidão
É aquela acompanhada
A dor de não bastar
É difícil de explicar
Mas eu me basto em mim mesmo
E se não hei de complementar outrem
Que venha a vida então
Completar meus momentos
Que sejam bons enquanto os bons momentos durem
Que passem rápido quando não forem tão bons
No meu corpo
As marcas do tempo
No meu sonho
A marca
Ainda que a ferro e fogo
De um amor sem limites
Até sempre...
Deixo-te em boa companhia
Por isso sigo confiante
Jamais há de te faltar
A paz que te compraz
Levo mais esperanças que certezas
Dois ou três ais e um “bucadin” de sinais
Guardei na mochila pente e poesia
Um carinho e um punhado de seu dia
Deixo-te a fantasia de meu carnaval
Sede saciada em minha saliva
Sem frio, sem fome... sem hora
De dormir donzela e acordar senhora
Saio meio às escondidas, devagar
Me vou em despedida velada
Na madrugada que nasce calada
Quieto, pra não acordar-te minha amada
Infelizmente não temos qualquer poder para impedir que a morte nos roube as pessoas que mais amamos. Que as boas recordações tragam paz ao seu coração. Peço a Deus que os consolem, meus sentimentos a toda família.
E próximo ao final do dia, eu te olharei por infinitos instantes...
Perdendo-me em seu olhar...
E talvez assim, o meu se entristeça...
Imaginando que o brilho dos teus olhos são por quem não quer admirá-los...
E a partida não carregará apenas a dor comum das partidas...
E sim uma somatória do pensar de que não toquei seu coração...
E quando as luzes da cidade se fizerem familiares...
Pensarei em porque não ter me demorado mais no abraço...
Ou na contemplação de seus sorrisos timidamente lindos..
E apenas será tarde demais...
Tarde demais para haver uma outra chance...
Ou tarde demais para haver um porquê...
1 de novembro de 2015
Cai no álbum de retratos. Quem diria, vó!
Foram tantas as vezes que você ficara que a gente principiou a te acreditar sublime, a te pensar eterna, a te desejar inefável. Fico com as minhas palavras cosméticas, sem ter como te fixar no escuro. Mas não seria justo, avó, não seria certo. Porque você sabia de cor o nome de tantas ruas por onde já não pisava, a receita de tantos bolos que já não fazia. E aquela fraqueza de sempre. Não faz mal, avó.
O universo continuará sem ti. Com você, extingue-se um mundo de coisinhas. Terá importância? Aquela casa, sua, será alvo de imobiliárias predadoras. O número 48, tão simples, da rua Colonização. Ao redor da casa, despontam prédios. Arranha céus imensos ganham terreno. É tanta modernidade, vó! A nossa rua vai ficando encolhida e, com ela, a casa, o jardim, a soleira da porta.
A vizinhança parece dormir, as visitas rareiam. As vizinhas do seu tempo já não aparecem com frequência. Um ou outro nome desaparece. Você continua. Faz setenta, oitenta, quase-noventa anos. Sente saudade, mas não deixa transparecer que nossa pouca idade não alcança suas lembranças, suas memórias. Conta histórias de menina que a gente escuta com cuidado. Diz lembrar fatos que lhe aconteceram com três anos – e eu acredito. Tem memória boa. Sabe de cabeça o aniversário de muita gente. Guarda tanta, tanta vida.
Como você, eu não encontrei ninguém. Sentada na cama, seus olhos marejam, sua expressão vagueia – quase chora.
“Eu só tenho pena de deixar minhas coisinhas” – não faz mal, vó.
Suas coisinhas vão com você. Boa noite.
Dorme com os anjos.
Gi.
NA DOR LIDA
Somente na dor lida
Na dor que não se clama
Mas, a que dói o que passou
O já passado me profana
O por quê de tal despedida
Que não vê a hora que a chama
Mas, que vai e não se volta
O que um dia em vida exclama
Mais um dos arrebatados sou
Que chora sem querer
Chora porque chora
Aquilo não há mais de ver
E em lamentações se faz em prece
Aquilo que deseja a ter
A soberana e feliz paz
Que só no Reino de Deus há de conter...
A saudade martiriza essa dor doida
Que dói e feri sem querer
Deste amor que não mais será recíproco
O meu amor que só em mim há de ter
E nesta solidão infinda que me persegui agora
E que não há caminhos certos
Guardo essas felicidades doidas
Deste pequeno vel
Que me cobriste por perto
E é na dor desta felicidade
Que chega a lembrar os meus pesares
Que rezarei por ti mais uma vez
Até meu momento certo
De tua tranquilidade.
Willas Fernandes. 03.12.15
Feito em homenagem a ORLANDINA COSTA FERREIRA.
Do Reencontro...
Despeço-me
com a certeza que irei te reencontrar...
Pois não te conheci, te reconheci...
Se não te encontrei, ei de te reencontrar...
Sendo assim não vejo a despedida como o fim,
talvez a espera de um Recomeço!
Ó vós que conhece a paixão de nossa história
Íntimo do guerreiro vivente e pulsante em nós
Que bem sabe de nossa coragem nas batalhas
Travadas dignas, entre quatro linhas
Diga a todos por onde passares
Que um dia, vivos, saímos para honrar
Nossa camisa, nossa família, nosso povo
Em solo outro, num campo que nosso não era
E que lá não pudemos chegar à vitória sonhada
Porque tombamos antes do confronto esperado
Mas, mesmo mortos, ali, decididos permanecemos
Porque já não importava se disputa haveria
Nosso destino era outro: repousarmos heróis na eternidade!
"A ignorância humana é tão grande, que ninguém entende que a felicidade estava na sua frente, mas você deixou-la ir, sem nem se despedir..."
"A vida me parece um ciclo infinito, hoje estou feliz, e amanhã estarei enfrente a um precipício..."
Deito a caneta
sob os papéis
dos meus
sonhos
porque já estou indo,
por hoje
partindo
mas antes de dizer
adeus,
eu quero lhe
d e s e j a r
os sonhos
teus.
Nada me feriu mais
em calor frio da minha pele
do que amar.
Dos amores que escolhi
Aos amores que tive
Para os amores que nunca apareceram
Entre os amores que nunca amei.
Nada me doeu mais
do que os sentimentos que matei, sufoquei
Me doei e arrisquei.
Sequestrei em tempos de escassez.
Engraçado,
Pois nunca ninguém amei.
A ficha não tinha caído ainda, até ver você em outro abraço.
É extremamente difícil dar um adeus, até porque uma despedida tem que ser consentida.
Eu continuo achando que você é minha namorada, e eu seu único ponto de paz.
DOIS MINUTOS PRA VOCE DESPEDIR DA SUA MAE
Acho importante homenagear sua mãe, mas procure faze-lo todos os dias e não somente no segundo domingo do mês de maio.....Os dias vão passando e voce nem percebe e não valoriza o tempo de estar ao seu lado dela......Talvez o dia que voce queira ver pode ser que seja tarde, talvez voce vai escutar apenas: so mais dois minutos pra voce despedir da sua mae.......Ali, fria, numa maca ou num caixão, não vai adiantar dizer me perdoa mae, eu errei...eu te amo .....to com saudades, JÁ SERA TARDE DEMAIS......
Louvo a DEUS por minha mae estar viva e me emociono com aqueles que não tem aquela guerreira ao seu lado.....Se voce tem, valorize......Se tiver dinheiro invista e tendo ou não dinheiro, invista emocionalmente, não custa nada......ligue todo dia pra dizer que a ama, tire alguns minutos do seu dia pra escuta-la......Talvez hoje voce tenha nojo de falar com sua mae, mas vai chegar o dia em que voce vai dar a sua vida so pra ouvir ela dizer: oi filho, oi filha..........
Onde voce estiver, procure sua mae, converse com ela, saia de mãos dadas, dê atenção........E se voce acha que sua mae fez algo que voce não gostou, perdoe, lembra quantas vezes voce errou e mesmo assim ela te amou?
E parabens para todas as maes, que em muitos casos, além de mãe, foi pai tambem
Sente-se, vamos tomar um café?
Por aqui, senhor, por aqui...
Luz dilacerante no olhar
Som encantador dos trilhos quentes
Olhar de despedida...
Embarques e desembarques
Aglomerados, dispersos, sonhadores
Orvalho dos olhos nos dedos
Marcam uma história sem segredo
Malas cheias, tudo pronto
Deixando para trás um cordel de ilusões
Arrependimento? Medo? Que nada!
Na próxima estação, novas ilusões virão
Banco macio, janela aberta...
Pai? Mãe? Vocês aqui?
Ora! O próximo trem só na outra vida.
Um medo de que tudo pode acabar a qualquer momento, mas a feclidade de saber que nos ultimos momentos incertos, pude ver seu sorriso
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