Falecimento
Vida e morte, dois paralelos tentando se encontrar, como se fosse o sol e a lua. Corpos celestes encontram-se nos eclipses, a vida e a morte só se encontram na despedida... mas reticências significa que ainda não é o fim...
Você pode ter a fé que quiser em espíritos, em vida após a morte, no paraíso e no inferno, mas se tratando desse mundo, não seja idiota.
Você pode não ser lembrado por muitos após a morte, certamente por aqueles que não te amou ou sentia inveja... Mas jamais sairá dos corações daqueles que você deixou o seu legado!
... "fale-me sobre morrer no momento certo.
- Viva enquanto viver! A morte perde seu terror quando se morre depois de consumida a própria vida! Caso nao se viva no tempo certo, entao nunca se conseguirá morrer no momento certo."
(Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom, pg 329)
A comparação é a morte da alegria, e a única pessoa em relação a qual você precisa ser melhor é a pessoa que você era ontem.
A morte perde metade de suas armas quando negamos em primeiro lugar os prazeres e interesses da carne.
Os segredos da evoulção são a morte e o tempo - a morte de enorme número de formas de vida que se adaptaram de maneira imperfeita ao meio ambiente; e tempo para uma longa sucessão de pequenas mutações que, por acaso, tiveram sucesso na adaptação, tempo para a lenta acumulação de modelos de mutações favoráveis.
Judas traiu Jesus. Pedro negou Jesus. Judas foi para a morte e suicidou. Pedro foi a vida e se salvou. Há perdão para o arrependido!
Como uma marionete, cujos fios se tivessem escapado dos dedos de seu manipulador, após uma morte breve e rígida e num momentâneo embotamento dos sentidos, volta a reanimar-se, volta a entrar em ação, a dançar e a agitar-se, assim corri, como arrastado por um fio mágico, para o tumulto donde há pouco fugira fatigado, desanimado e envelhecido, correndo então elástico, jovem e diligente
É dificil acreditar em uma vida após a morte, mas é deprimente acreditar que nós simplismente morremos.
Em um mundo sem vida ou morte, as pessoas que não sabem quando desistir são impossíveis de parar.
(Hanako)
Uma freira na hora da sua morte pediu pra escreverem no seu túmulo, as seguintes palavras: Nasci virgem, cresci virgem, vivi virgem e morri virgem. O coveiro achou que eram muitas palavras, e escreveu as seguintes: Devolvida sem uso.
"Se nada nos salva da morte, pelo menos que o amor nos salve da vida"...
Pois a vida é uma experiência dura, muitas vezes confusa, incompreensível e incerta; e reconhecer um abrigo no meio de tanta inquietude é acolher o tempo da clareza, em que tudo passa a ser suprido de sentido.
Alguns amores nos salvam da vida. Por resgatarem quem somos depois que partes de nós mesmos são deixadas pelo caminho. Por fazerem de nossas cicatrizes parte de suas estruturas também. Por acolherem nossa história com delicadeza, transformando o que era imperfeito numa nova possibilidade. Por permitirem o encontro com a esperança, o cortejo com a fé. Por dividirem as angústias do existir, permitindo que nossos fantasmas sejam lapidados, nunca enterrados.
O amor nos torna vulneráveis. Ainda assim, percebemos sua urgência quando compreendemos que a vida é uma faísca, um piscar de olhos entre o nascente e o poente de nós mesmos.
Como diz a canção, "a vida tem sons que pra gente ouvir precisa aprender a começar de novo..." E descobrimos que começar de novo não significa retroceder, mas entender que não haverá mais de nós em cada esquina ou aeroporto. Que não há outro tempo em que estaremos juntos além do tempo presente que se descortina diariamente. Que não seremos melhores ou maiores além do que podemos ser nessas horas em que vivemos e permanecemos lado a lado.
De vez em quando torna-se necessário fazer o caminho de volta para que o amor nos reconheça também. Desistir das corridas, dar trégua aos projetos 'imprescindíveis' , abandonar rotinas desgastadas pelo tempo, apaziguar o contrato com a pressa. Resgatar os laços, valorizar os momentos, perceber-se merecedor daquilo que não se toca nem se vê. Arriscar a travessia, suportar os desvios do percurso, desistir de antigas rotas, aplacar a saudade do que ainda está lá.
O tempo leva embora de diversas maneiras, enquanto a vida traz sem grande alarde.
Que haja lucidez. Lucidez para enxergar os presentes que recebemos e poucas vezes enxergamos. Lucidez para valorizar o que nos pertence de fato. Lucidez para aceitar o fim de um tempo e o começo de outro, diferente, mas nem por isso pior. Lucidez para acolher o que é verdadeiro, real e provido de sentido.
Lucidez para amar e ser amado. Lucidez para finalmente permitir que o amor nos salve da vida...
“Mas já é hora de irmos: eu para a morte e vocês para viverem. Mas quem vai para melhor sorte é segredo, exceto para Deus.”
Apesar de sabermos que, no fim do labirinto, a morte nos aguarda (e isso é algo que nem sempre soube, até pouco tempo atrás, pois o adolescente em mim pensava que a morte acontecia só com outras pessoas), vejo agora que o caminho escolhido pelo labirinto me faz quem sou. Não sou apenas uma coisa, mas também uma maneira de ser – uma das muitas maneiras –, e saber os caminhos que percorri e os que me restam vai me ajudar a entender o que estou me tornando.
Uma vida fácil, um amor fácil, uma morte fácil – tais coisas não eram para mim.
Aniversário é como a morte por um dia. Por pior que você seja todos vão puxar seu saco e te colocar no céu.
Recaída
Eu estava sendo forte,
Considerava-me mais forte que a morte
Mas hoje, sei que não sou...
Minha maior fraqueza é
O meu coração que insiste em me desobedecer.
Pensei que estava começando a te esquecer
Mas agora vejo que era apenas
O que eu queria
E não o que eu sentia.
Meu cérebro de repente parou de me obedecer.
E, tudo voltou, ou.
Na verdade não voltou, porque nunca FOI.
Mas na verdade... O que me deixa
Confusa é...
A certeza de que eu sempre vou te amar.