Falecimento
Eu creio na meiga canção que sopra da aurora
E que ecoa na última lágrima de despedida
Eu creio com a mesma fé das árvores
Que se alimentam das horas
Vidas distintas
Porém com um forte laço num mundo criado por nós
Mundo esse particular onde vivemos alegrias
E um traço de tristeza
Mesmo mundo que no momento nos despedimos com franqueza
Nessa pequena nota de despedida
Não despeço-me do amor que cativei
Não despeço-me das boas lembranças que contigo vivi
Manterei tudo guardado na cabeça
E no coração
Você foi a chama que acendeu meu pavio
A me lançar como um foguete para uma mente aberta
Quando eu só pensava no agora
Sem pensar no futuro
Na vida incerta
Desculpa se muito te magoei
Essa nunca foi minha intenção
Ainda penso muito em ti
Tenho certeza você pra sempre vai morar no meu coração.
Uma Pequena Nota de Despedida
Ela havia prometido: -Nunca mais vou me apaixonar.- E assim passou de pessoa para pessoa, todas já com um prazo de validade, mal se passava um mês, e o amor de sua vida, já era substituída por outra, sem rodeios, sem meras despedidas.
Sim, ela era intensa, embarcava sem medo e sem olhar para trás até a próxima estação e um “obrigada pela carona”. Hã, se ela soubesse como o coração pode ser traiçoeiro às vezes. E foi assim, em uma noite como qualquer outra que mais uma pessoa preparava o navio, mas esse era diferente, pois desta vez não era ela que iria embarcar.
Ana se sentou, meiga, quieta, dava para contar nos dedos as palavras que, vez ou outra, deixava escapar de sua boca. Enquanto isso, Dulce, mal deixara espaço para o silêncio, e entre pequenas pausas, perguntava dentro de si, quais mistérios esse corpo escondia.
A curiosidade fisga, e foi assim que a noite lhe deu uma surpresa espetacular do quanto alguém pode despir suas máscaras quando se está em quatro paredes, porque é bem nesse momento, que qualquer pessoa se torna frágil, a boca cala, mas o corpo, o beijo e o olhar falam mais do que deveriam.
Passaram-se minutos e os detalhes, aqueles que ela havia esquecido, iniciaram a palpitação de seu coração. Era a mão tocando no rosto, os olhares fixos um no outro, atravessando a armadura que ela tinha feito com tanto cuidado.
Passaram-se horas e o toque batia com força em sua alma, não deixando sinais a olho nu, apenas as marcas da vontade, os arrepios que eram desenhados a dedo.
Passaram-se dias, e ela, que nunca tomou cuidado com as palavras, agora, as escolhia minuciosamente. Buscava a melhor pessoa em si, aquela, guardada a sete chaves em que jurara entregar apenas a quem merecia.
Passaram-se as noites, e tudo começou a mudar. A luz que entrava pelo seu quarto, não era mais a que deixava as paredes e os móveis em preto e branco, era o brilho natural que combinava com a pele daquela menina, mulher, tão delicada, tão natural.
Singelo era mesmo quando ela deitava de costas. Dulce observava o coque que ela fazia em seu cabelo, a mistura de alguns fios soltos e outros presos, parecia tão peculiar que depois de algumas horas observando, encostava seu corpo no de Ana e respirava fundo o ar que, agora, era de uma só.
E assim foram se passando, minutos, horas, dias, noites, noites, dias, horas, minutos até os segundos de suas últimas palavras, do último encostar de mãos em seu rosto, do último beijo de despedida e da última estação em que Ana parou- Adeus, obrigada pela carona- E o barquinho continuou navegando.
Irmãos
Irmãos é a certeza que o tempo de criança jamais será esquecido
Destino, caminhos diferentes escolhidos
Carinho e solidariedade, frutos da dignidade
Irmãos é a palavra certa para definir amizade
Impossivel é difinir irmãos
Palavra que tenta explicar a mais conturbada relação
A pessoa por quem você da a vida sem duvidar
Protegido e protetor, compartilham verdades que não podem contar
É quem ver a lágrima cair diante das dificuldades do mundo
Nem por isso te deixa por um só segundo
Te abraça, beija e grita
Te amo com todo meu ser esta é uma breve despedida
Deus quis que fosse assim
E assim vivemos
Lembre sempre de mim
No adeus, eternos laços tecemos.
Saudade
Poderia lembrar uma partida, uma dor, brisa
fria, contudo, sou a saudade, que fica na lembrança.
Posso ser branda e, também, como um vapor de
luz, que passa, rapidamente, deixando, na lembrança,
a saudade de alegrias ou de tristezas.
Sou conhecida de muitos e desconhecida de alguns,
porém, sou aquela, que habita em seu coração,
deixando um rastro de lembrança, de tristeza ou de
alegria, que ficou lá atrás.
Sou confiável, entretanto, depende de quem eu
habito... Posso vir escura, em sombra fria e, talvez,
você nem queira me conhecer, mas, posso lhe guiar
pelas lembranças do passado, que, em desertos sem
sol, abafados, trazem lembranças. Sou a saudade, talvez
seja um bom nome para me dar.
Quando viajo pelas recordações boas, como
saudade de um amor, que ficou na lembrança, todos
me aceitam.
Mas, quando entro em lembranças de tristezas,
ninguém quer me conhecer. Contudo, quando a minha
viagem for na memória de uma menina, venho travestida de fada, anjo, ou faço melhor, envio-lhe um príncipe encantado e as lembranças serão como ela
imaginar, como possa pensar...
Quando a minha viagem for nas lembranças de um menino, envio-lhe uma pipa, para ser levada pelo vento e ele se alegrará!
Quando eu viajar nas lembranças de uma adolescente, virei travestida de sonhos, que vão aflorar a mente daquela jovem... Mostrarei, em suas lembranças,
sonhos, que ficaram, quando ela se achava parecida com a Cinderela e perdia o seu sapatinho de cristal pelas escadarias do palácio.
Ninguém nunca conseguiu determinar como
sou e o que vem depois que chego ao caminho das lembranças, na mente de alguém.
Algumas vezes, trago lembranças alegres, de festas de noivados, lindas, maravilhosas!
Festas de aniversários de quinze anos, com a valsa dançada com o pai. Essa, sim, eu, com certeza, ficarei em sua memória.
Mas, em outras vezes, sem eu querer, posso trazer tristeza de alguém, que partiu e eu fiquei em suas lembranças... Nessa hora, sou a visita menos querida e sempre chego na hora errada, meu trabalho é pesado, não acho ser um castigo, o encaro como uma missão sem fim e, até no fim dos tempos, estarei em todas as lembranças.
Sou assim, não gostaria, mas existo em quase todas as lembranças... Sou aquela, que faz renascer todas as lembranças, sejam de alegrias ou de tristezas.
Seja do passado ou do presente...
Estou na terra desde o começo dos tempos e ninguém, jamais, conseguirá determinar como sou e o que vem depois que chego ao caminho final. Ou seria o início de um novo?...
Sou aquela, que se intromete em suas lembranças...
Sou a Saudade!
Marilina Baccarat de Almeida Leão no livro "Viajando nas Lembranças" página 33
Nessa louca partida
sem despedidas
Deixo saudades
Desencontros desse alguém
Lembranças do além
E esse mar tão bravio
A nau não me pode salvar
Caminhos de despedidas
Palavras tão doidas
Mais vou afundar
Claro que hora não tarda
Mas deixo a nau
Para não naufragar.
"Saudade eterna"
Que pena!
Que dor!
Eu não entendo...
... esta partida repentina.
Eu não consigo assimilar o dia...
... com a dor da tua ausência.
Eu precisava tanto da Senhora!
Porque me deixou?
Sabe!
Os meus olhos não se secam mais.
O meu peito!
Ele está sangrando por dentro.
E o meu coração...
... não está suportando a falta que me faz.
Olha!
Foram anos ao meu lado.
Anos de carinho...
... de atenção.
Mais também....
... existiram alguns contratempos.
Mais saiba!
Foram anos...
... de muito amor.
Um amor que não cabe dentro de mim.
E que hoje sem poder lhe tocar.
Eu fico a gritar por dentro.
Porque teve que me deixar?
Eu sei que Deus…
... sabe de todas as coisas.
E que uma hora todo o ciclo da vida...
... se encerra.
Mais eu queria mais.
Mais tempo ao seu lado.
Queria mais dos teus cuidados.
Queria mais você.
Aqui!
Perto de mim.
Assim!
Como eu também queria estar pertinho…
... para cuidar de você.
Olha!
Se os teus olhos não tivessem se fechado!
Hoje estaríamos sorrindo.
Estaríamos nos divertindo.
Pois o meu amor pelo teu jeitinho tão meigo.
Não deixava que fosse diferente.
Mamãe!
Eu queria tanto calar o meu choro.
Porém!
O silêncio da tua voz me maltrata.
Pois eu não ouço mais...
... o meu nome ser chamado no portão.
Eu não ouço mais...
... o teu grito na janela.
Que dor!
Como dói mamãe!
Deus sabe o que passo...
... e o que sinto.
Sem você aqui comigo.
Me abraça!
Por favor!
Me abraça com a tua lembrança.
Me aperta... com o espírito da tua alegria.
E não me deixe só.
Olha mamãe!
Eu sei que Deus...
... está cuidando de você.
Por isso!
Vou te pedir um favor!
Fala baixinho com Ele...
... para confortar meu coração.
Pois ele não para de sangrar.
Ah!
E para eternizar as minhas sinceras palavras...
... eu vou sempre repetir com muito fervor.
Eu sempre te amei.
E sempre hei de amá-la.
E o meu sentimento a partir da tua ida.
Só tem um nome.
"SAUDADE ETERNA"
Admilson
2. Saudade
A partida de alguém
Deixa no outrem
Um sentimento de saudade,
O vazio que não deixa ser preenchido,
A dor da ausência da pessoa amada
Deixa a frustração de saber que
Falta um pedaço de vida,
Falta o riso, os olhares se encontrando
E aquele bem-estar de apenas
estar na presença de alguém.
Cada segudo após sua partida, a saudade bate mais forte, nem ao menos enquanto durmo, você passa em vão.
Saudade é:
O encontro sempre adiado
O gelo que não derrete
Um grito de dor inaudível
Uma partida sem chegada
Tristeza e alegria numa só lembrança
O coração batendo no passado...
Essa saudade sem nem motivo
Esse seja o que for
Parece partida
Já tá de saída?
Fica mais tempo, mais que o permitido
Que o necessário
Que o possível
Que o ordinário
Me diz
Que dor é essa que só faz supor
Que relembra o que já foi
e dói não sei porque
e vem não sei de onde
Seja o que for
Mesmo que esteja longe
Guarde para si
meu amor por ti
Me abraça, me encanta
Me leva contigo
Me dá abrigo
Nas histórias dos seus livros
Nos marcadores dos seus cadernos
Nos seus agoras e nos eternos
Cultive um tantinho de encanto
Para que cresça e torne-se mais que um tanto
Da hora da chegada
Até a hora de partir
Enquanto estiver acordada
Até a hora de dormir
A partida é triste demais
É por isso que eu voltei
A saudade machuca demais
Foi por isso que eu voltei
Como na partida as nossas lágrimas
Como na partida eu descobri a cura da saudade
Todo aquele choro e a vontade de ficar
O coração suplica
Saudade...
Carro desgovernado...
Dono de si...
O ponto de partida: o coração...
A estrada: nossa mente.
O ponto de chegada: não tem.
Não faz parada.
Saudade não tem fim!
O coração sangra na hora da partida, mas o Senhor Jesus tem o remédio, chamado consolo. A saudade vem, mais que seja de lembranças boas.