Falecimento
Despedida, esta, por ora necessária. Olhos mornos, sorriso esvaecido, abraço desconexo, inquietude nas pernas. Separação; já esperada.
BEIJO DE DESPEDIDA
E naquela tarde
triste e chuvosa
tu não sabias
que meu coração
estava a chorar
pois o destino
tramava em nos separar
não poderia seguir a teu lado
pois minha vida estava em dias contados
queria deixa-lo livre
para outro amor se entregar
sei que sofrerias
mas não podia te falar
guardei este segredo
com coração aos prantos
sangrando em lamentos
por de ti separar
e num pranto em teu olhar
lábios em tremor
tu me envolveu em teus braços
lábios se tocaram (beijaram - se)
querendo encontrar resposta
para essa repentina despedida
de uma vida de AMOR
Há um fôlego que suspira além do próprio ar, para o amor não há despedida mesmo quando nada mais restar.
Ele voltará de onde veio, átomo indecifrável que permeia o lindo céu de sol, estrelas e luar,quem irá decifrar?
Tem beijo carinhoso. Tem beijo lento. Tem beijo safado. Tem beijo com gosto de despedida. E tem o seu beijo, que me faz querer-te todos os dias.
E “partindo” precisamos ter coragem.
Entendia que a vida era uma despedida de “partes” e de metades.
Metades que se juntam a metades de singularidades.
Pensei não existir pessoas que são inteiras “partes”
Há,não suportam e não nasceram jamais para serem metades.
Quem nunca teve o coração acelerado por uma presença? Quem nunca sentiu aquele aperto na despedida? Quem não tem hoje alguém no pensamento que gostaria de ter na vivência do dia a dia?
Sou nuances dividida
Sou a alva da madrugada,
O negro da despedida.
Sou o doce da paixão,
O salgado da desilusão.
Sou o despertar da vida,
A perda da ilusão.
Sou a alegria prometida,
A lágrima sentida.
Sou a alma desnuda,
A face em oculto.
Sou a emoção nascida,
O sentimento sepulto.
Sou dia iluminado de sol,
A noite escura sem lua.
Sou do porto seguro o farol,
O sem saída da rua.
Sou eu!
Sem eira e nem beira.
O plumo, o rumo.
Estranha sensação de ser.
Sou tudo, sou nada!
As lágrimas da despedida não vêm pela tristeza, mais sim para revelar o quanto foi bom ter alguém especial por perto, pra valorizar ainda mais o convívio, e mesmo que os caminhos agora sejam diferentes, agradeço a deus por ter vivenciado com cada um de vocês, a saudade vem e o tempo passa mais as lembranças e alegrias nunca vão embora, basta procura-las na sua alma, desde já agradeço e nos vemos por ai, afinal o mundo é uma caixinha de surpresas.
Do inicio ao fim, do brilho no olhar as lágrimas nos olhos, não um final, mais uma despedida onde cada um segue rumo a um objetivo, e sempre deixando saudade, e se sentirem-se sozinhos me procurem em seus corações, pois ali estrarei novamente com o brilho no olhar.
Soneto de Despedida
Da primeira vez ocorreu impetuoso
oprimiu a calma feito um louco
violentando meu ser pouco a pouco
fez dos meus olhos secos aquoso.
Da segunda vez ocorreu a esmo
resumiu o caminho eterno a colisão
assassinou friamente a paixão
fez dos meus olhos amantes ermo.
Enquanto teus olhos brilhavam aos meus
o choro, a sofreguidão, o impeto que ocorreu
era claro meus olhos ainda eram teus
Quando meus olhos se perderam aos teus
a morte, a colisão, o ermo que ocorreu
era claro teus olhos não eram mais os meus
Sou o único sabedor da sua ausência, da dor da última despedida, do sabor das lágrimas, do beijo, de você.
Despedida
Amor... Não se despediu ao ir embora
Talvez soubesse que um abraço evitaria a despedida
Que ouviria aquelas palavras que esperara
Tanto tempo para ouvir, que nunca foram ditas.
Uma despedida sem olhar para trás
Sem um beijo no rosto, se cuida, fica bem...
Talvez soubesse que qualquer gesto evitaria a despedida
Que uma lagrima surgiria nos olhos.
Foi embora, sem dizer uma palavra, sem hesitar.
Não devemos ter medo da despedida, se tens medo é porque foi perfeito, aconteceu e foi perfeito. Lembre-se da raposa do Pequeno Príncipe, você se deixou se cativar, se permitiu sentir o tal sentimento puro.
A vida segue e as memórias ficam em forma de tatuagens.
CARTA DE DESPEDIDA AO SENHOR ESTRANHO:
18 de Abril de 2011, Brasil.
Estranho,
“Sei que é uma decisão tardia, diante os fatos ocorridos, mas tudo tem seu tempo pra acontecer, se isso só aconteceu agora, deve-se ter lá seus motivos. Vá entender!
Enfim, resolvi não te querer mais.
Mesmo que meu coração ainda reclame sua ausência.
Resolvi mudar o costume de ter você em tudo. De ter você nos cantos da casa, de ouvir você abrindo a porta, de ouvir o barulho do seu carro, de sentir sua respiração... Tudo isso de maneira imaginária, pois você não está mais aqui. Fato. E eu preciso me acostumar com isso.
Resolvi pensar sozinha, imaginar meu futuro sem você. Você não vai voltar.
Resolvi guardar as recordações numa caixa grande, de aparência simples, para que ali ficassem enterrados os nossos momentos bons, ou melhor, os momentos que tanto apreciei. Momentos sublimes e que, na realidade, eram tão vazios... Guardei dentro dela todas aquelas pequenas coisas que me fazem ter você na lembrança, tudo que me faça sentir a sua energia: suas camisas, bermuda, roupa intima, escova de dente, fotos, cartas escritas, bilhetes, vidros de perfumes, aliança, coleção de CDs...
Criei uma caixa imaginária dentro de mim pra guardar tudo que vivemos: as palavras ditas, as noites amor, as conversas por MSN, as conversas por telefone até amanhecer o dia, as mensagens no celular, o som do seu sorriso, a lembrança dos seus olhos, da sua respiração, o beijo que você dava na minha mão ao dirigir, a sua cara ao ler a mensagem que escrevi no espelho, as reticências, o “quem sabe um dia!”, o “inclusive”, as músicas, as nossas vídeo chamadas, as suas mãos calejadas, a ponta da orelha, o seu silêncio, a paz que encontrávamos juntos...
Guardei nela também a saudade que sinto e que você nunca sentiu.
Guardei os planos, os projetos, as incansáveis noites em claro esperando por noticias suas, a minha insistência em fazer com que você acreditasse que eu seria a pessoa certa pra você, as minhas lágrimas de apelo, o meu sofrimento por vezes tão grande que me causava dores físicas, a minha insegurança, minha preocupação e o meu medo de perder você.
Guardei a esperança, o desejo, a vontade, o amor por você, a espera, a paciência, a sinceridade, a compreensão, o meu respeito e admiração por te achar tão perfeito.
Resolvi mudar o perfume, meus produtos de banho, comprei lençóis novos, toalhas novas. Não quero nada que seja intimo misturado com a sua lembrança.
Olha, vou comprar uma cama nova! Não agüento mais dormir no sofá, pois não consigo olhar pra cama e pensar o quanto você foi sórdido ali! Acho que foi nela que você mais mentiu... principalmente ao fingir fazer amor. Acho que você desconhece o real significado da frase.
Penso apenas que não suportaria mais suas mãos sobre o meu corpo, apesar do desejo ainda ser forte, eu não agüentaria tanta humilhação. Não agüentaria olhar pra você e pensar que tudo é fingimento.
Eu que sempre me entreguei verdadeiramente. Eu que sempre acreditei na nossa cumplicidade. Acreditei em você. Confiei. Agora me encontro perdida em meio a sentimentos tão frios e procurando as palavras certas para descrevê-los.
Tenho raiva do meu corpo por saber que nele você despertou sensações maravilhosas que ninguém nunca conseguiu fazer o mesmo.
Tenho raiva de mim por não conseguir me permitir que outro o toque, pois ainda sinto como se ele fosse seu.
Repito pra mim mesma, cheguei a escrever as frases ditas por você (colei em espelhos, guarda-roupa, geladeira... eu precisava que delas!), pois foram elas que me fizeram enxergar que eu não sou o bastante... não sou o bastante pra você. Não por ser inferior. Não. Mas porque pra você, você se basta. Você é tão você, que os outros não são nada. Você brinca com os sentimentos, com as pessoas, você muda a vida, a rotina, você tem o dom de transformar o céu em inferno! É triste. Mas é a realidade. Você tem um dom de cativar e de destruir tudo em segundos, com a mesma facilidade.
E eu não quero ao meu lado alguém tão singular. E eu preciso me libertar desse sentimento doentio que é amar você, porque definitivamente, você não é o quem eu amo. A sua realidade é diferente da pessoa que amei. Eu imaginei, ou vivi, não sei ao certo, algo inexistente.
Você tantas vezes me disse que me amava incondicionalmente... o que é ser incondicional pra você?
Acho que você nunca vai saber o quanto eu amei você e a sua real importância para mim.
Senhor Estranho, encontre-se. Porque agindo assim você vai fazer com que muitas pessoas boas e de sentimentos puros, se percam. E definitivamente, ninguém merece ser usada assim.
Boa sorte em seu caminho, porque agora eu vou refazer o meu e concertar os estragos que você o fez.
Seja feliz.”
...
(são três pontos finais, só pra ter certeza que acabou.)”
Ele deve estar tão confuso...
tão repleto de alegria por ter reencontrado quem a despedida o dilacerou um dia, mas ao mesmo tempo tão desolado por deixar tantos amados assim, igualmente, dilacerados.
Ao fazer a travessia trocamos uma dor por outra. Essa saudade e a impressão de ter deixado tanto por dizer e por fazer, é algo que perturba em ambos os mundos.
Uma nuvem nova do teu céu
Pra provar dessa chuva
Pra viver sem despedida
Sem tempo de mais nada.
Faça-me nervos de aço
Dê-me tua carne e ossos
Junte os meus destroços
Faça de mim um amor.