Fale de sua Aldeia
depois de tantos momentos de luta o Brasil nunca deixou de ser uma aldeia a momentos que nos frustra mais somos filhos de mãe solteira
A bruxa e o sátiro
Era uma vez, uma aldeia encantada,
Santa Adelaide era chamada.
Lá habitava uma bruxa de cabelos verdes,
Que não queria ser encontrada.
Logo foi achada,
Por um sátiro flautista, encontrada.
Quem diria que um dia a pequena bruxa estaria apaixonada?
O sátiro admirava as estrelas,
A bruxa o mar.
O sátiro amava a música,
A bruxa cantar.
Toda história de amor tem um final feliz,
Mas desta vez o destino não quis.
O sátiro se foi, prometendo voltar,
Quando voltou, sua bruxa não estava lá.
Ânima...
Vera Cruz tem um horizonte singular
Aldeia de gente que sai a semear
Que canta, que planta flor na janela
De fuxicos em finais de tarde
Vera Cruz é terra fincada no norte
Tem parques, tem donzelas tímidas
A espera de um amor de contos
Que olham estrelas e fazem pedidos
Vera Cruz é um tesouro, brilho de ouro
Riqueza de sentimentos refletidos
Nos olhos de Veras, Marília’s, Glaucia’s
De Geralda’s e tantas outras mil almas
Vera Cruz é onde tudo se inicia e se dá
Passam estradas de terra, rios e sonhos
Viajam bois, peixes, amados, amantes
Seres simples, amiga, gente diamante
Vera Cruz é o berço do bom da vida
É a inspiração dos contistas e dos poetas
É um celeiro a céu aberto nas Gerais
Onde cabe o mundo e muito mais
O Mundo é uma aldeia global.
Devemos viajar e conhecer mais.
O planeta terra é muito mais do que aquilo que conhecemos.
Marshall McLuhan disse que o mundo seria uma grande aldeia global. Nada disso: somos tribos planetárias.
Camarote na Aldeia:
Eu morei algumas vezes de frente para o mar e também para jardins e áreas verdes. Por último, agora mudei para um apartamento no terceiro andar e vejo um mar de tetos de casas residenciais, copas de algumas árvores em ruas ainda não verticalizadas, que colorem a cortina de vidro da minha nova sala. Ao fundo, o que seria mar ou montanha, vejo arranha-céus.
Todas as manhãs ouço galos e o som das maritacas, que invadem o meu quarto e se vou até a janela, posso ver também os gatos, espreguiçando-se sobre os telhados.
Eu não sei como cheguei até aqui, mas posso dizer que a vida me deu um camarote na Aldeia, ou melhor, na aldeota.
Sim! Eu sou desses que transforma qualquer coisa à sua frente em algo belo só com o olhar. Por isso já fui tão desafiado pela vida. Ela confia no meu "taco".
Fico olhando o teto das casas e imaginando o que tá rolando ali embaixo, a chuva de emoções, sonhos, fantasias, tesões palpitantes sobre as camas ou pias da cozinha e até mesmo pessoas lavando pratos.
Quando as folhas das árvores balançam com o vento eu fico procurando pássaros: deve ser incomodo estar no galho na hora do vento. Tem que ter equilíbrio para não cair, já que os pés dos pássaros são tão pequenos, não é mesmo?
Ah! Tinha esquecido: Tem uma igreja bem ao fundo, já próximo da barreira dos prédios, um pouco longe, mas todos os dias da para ouvir na hora do "Ângelus" vespertino um fundo musical sacro, às vezes, Ave Maria! Mas sempre instrumental...
Quando chove eu vejo a água escorrer pelas ruas ou pelos tetos das casas, os galhos molhados das árvores, aves mudando de galho...
E antes, eu que achava poético o curto cenário das varandas da praia, limitado a pessoas no vai e vem do calçadão, o mar batendo na areia e em linha reta ao fundo, mas agora, agora eu vejo e sinto essa riqueza de vida pulsante longe do mar.
Juízo equivocado, destruiu tudo: a aldeia ferrada, casa nem escapou; armazéns, bibliotecas e museus tornaram-se pó.
Tohé - Na Minha Aldeia Tem
Na minha aldeia tem
Beleza sem plantar
Eu tenho o arco, eu tenho a flecha
Eu tenho raiz para curar
Na minha aldeia tem
Beleza sem plantar
Eu tenho o arco, eu tenho a flecha
Eu tenho raiz para curar
Viva Jesus, viva Jesus, viva Jesus
Que nos veio trazer a luz
Viva Jesus, viva Jesus, viva Jesus
Que nos veio trazer a luz
Soneto
Numa pequena aldeia de um lugar qualquer
Um pequeno velho camponês me indagou
O sentido de uma boa vida , sabe qual é?
Respondi , não sei , não senhor
Uma boa vida não pode existir sem amor
Uma boa vida não pode existir sem lagrimas
Uma boa vida não foge das batalhas que travou
O amor te mantem em pé mesmo quando tiver traumas
Viver em todo tempo sem exageros
Encontrar as saídas no desespero
Encarar de frente todos seus medos
Comtemple suas fraquezas, e nela se reconstrua
Pessoas fracas não entendem o que é a boa vida
Os fortes são forjados numa vida dura
Vivo numa aldeia com mais de um milhão de habitantes. A pacatez é tanta, que, todos os dias os vizinhos mal conseguem praticar a Entre-ajuda tão comum nestes meios.
O pensamento tem que acompanhar a evolução, vivemos numa aldeia global, somos um composto de raças, ideias, juízos e hábitos, no entanto, nem todos somos compostos pela virtude do respeito e da tolerância, isto com certeza será o principal causador do nosso fim, seremos destruídos pela ganância e pela ideia de superioridade que vive na mente de muitos, o nosso mundo nunca irá subsistir em paz.
No Céu da minha Aldeia -
Ha no céu da minha aldeia,
pesado na noite calma,
tanta estrela cintilante
que ilumina a minha alma.
E quando passo, ao passar,
em tristeza repetida,
tantas vezes que me lembro
do passar da minha vida.
Na verdade sinto-me perto
em cada passo errante
da alegria e dos sonhos
desse tempo tão distante.
E não há ninguem na rua
só eu e o céu aberto,
trago o corpo cansado,
sinto a morte mais perto.
Ao Outeiro em Monsaraz
A mulher enquanto grávida, é como o caçador que foi a floresta e enquanto não voltar, a aldeia fica preocupada, é como o homem que trepa o coqueiro velho, enquanto não descer de lá, ninguém tira os olhos do alto, é como o bebê que nasceu e fica no resguardo até o tempo certo para aparecer à todos.
Tabsur
Na primeira aldeia a ser
abandonada por causa
do conflito os vestígios
dos mosaicos foram apagados
Não me fale porque mesmo
que você conseguir os meus
poemas atravessaram o mar,
e agora não vai mais adiantar.
Para tentar colocar no sótão
da História cada instante esquecido
em Tabsur foi por muitos vivido.
Não me desculpe
porque não vou parar
nunca mais de falar.
Grãos, legumes, melancias
e pepinos eram a colheita
na estonteante planície costeira,
e agora muita gente há de se lembrar.
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia
Era uma vez uma pequena aldeia
Era uma vez uma pequena aldeia cercada por uma vasta e exuberante natureza. Nessa aldeia vivia um jovem chamado Lucas, que sempre se sentia deslocado e incompreendido. Enquanto todos ao seu redor seguiam as tradições e crenças religiosas da comunidade, Lucas tinha uma perspectiva diferente. Ele não conseguia se identificar com a visão convencional do Cristo centrado na igreja e nos rituais formais.
Em suas caminhadas solitárias pela floresta, Lucas encontrava consolo e inspiração na grandiosidade da natureza ao seu redor. Sentia que a presença de Deus era mais evidente ali, nas árvores majestosas, nos rios cristalinos e no canto dos pássaros, do que em qualquer construção humana.
Um dia, ao mergulhar na leitura da Bíblia sob a sombra de uma árvore centenária, Lucas deparou-se com um versículo que o tocou profundamente:
"Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos." (Salmos 19:1)
A partir desse momento, Lucas encontrou a conexão que tanto buscava entre sua espiritualidade e a natureza que tanto amava. Ele compreendeu que a presença de Deus não estava confinada a um templo ou a um sistema religioso específico, mas sim em toda a criação que se desdobrava à sua volta.
Determinado a compartilhar sua visão com os outros, Lucas começou a reunir os habitantes da aldeia para expor suas descobertas. Alguns ficaram intrigados e curiosos, mas outros rejeitaram suas ideias, apegando-se firmemente às tradições estabelecidas.
Não desanimado, Lucas decidiu criar encontros ao ar livre, onde todos pudessem vivenciar a espiritualidade em meio à natureza. Reuniu grupos para apreciar o nascer e o pôr do sol, meditar ao som do vento nas folhas das árvores e orar junto às cachoeiras.
Conforme as pessoas experimentavam esses momentos singulares de conexão com a natureza, muitas começaram a enxergar a espiritualidade de forma mais ampla e libertadora. O coração de Lucas se enchia de alegria ao ver seus conterrâneos abrindo suas mentes para a beleza e o poder divino presentes em cada elemento da criação.
A fama das reuniões do "Cristo Acêntrico" espalhou-se além da aldeia, atraindo visitantes de outras localidades. Lucas continuou a liderar suas celebrações, e sua mensagem de amor pela natureza e pela conexão espiritual tocou cada vez mais pessoas
Com o tempo, a aldeia que antes o considerava um estranho passou a respeitar e valorizar a perspectiva única de Lucas. O "Cristo Acêntrico" tornou-se um símbolo de esperança, lembrando a todos que a presença divina pode ser encontrada nas paisagens mais simples e que a natureza é um templo sagrado, um verdadeiro presente de Deus
Assim, Lucas e sua comunidade aprenderam que a espiritualidade não tinha fronteiras e que cada coração podia abrigar o amor e a fé em Deus, independentemente da forma como O enxergassem. Juntos, caminharam na jornada de redescoberta, compreendendo que a natureza é uma manifestação da divindade, convidando-os a celebrar, proteger e amar tudo o que Deus criou