Falar de Estrelas

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E gosto, à noite, de escutar as estrelas. É como ouvir quinhentos milhões de guizos... Mas eis que acontece uma coisa extraordinária.

Todas as estrelas acabam caindo. Mas uma estrela é apenas uma pequenina centelha do grande facho de luz que há no céu.

Brilharemos como estrelas na noite de verão,
Brilharemos como estrelas na noite de inverno;
Um coração,
Uma esperança,
Um amor.

Hoje sinto no coração
um vago tremor de estrelas,
mas minha senda se perde
na alma de névoa.

A luz me quebra as asas
e a dor de minha tristeza
vai molhando as recordações
na fonte da ideia.

Todas as rosas são brancas,
tão brancas como minha pena,
e não são as rosas brancas
porque nevou sobre elas.

Antes tiveram o íris.
Também sobre a alma neva.

A neve da alma tem
copos de beijos e cenas
que se fundiram na sombra
ou na luz de quem as pensa.

A neve cai das rosas,
mas a da alma fica,
e a garra dos anos
faz um sudário com elas.

Desfazer-se-á a neve
quando a morte nos levar?
Ou depois haverá outra neve
e outras rosas mais perfeitas?

Haverá paz entre nós

como Cristo nos ensina?
Ou nunca será possível
a solução do problema?
E se o amor nos engana?
Quem a vida nos alenta
se o crepúsculo nos funde
na verdadeira ciência
do Bem que quiçá não exista,
e do mal que palpita perto?

Se a esperança se apaga
e a Babel começa,
que tocha iluminará
os caminhos da Terra?

Se o azul é um sonho,
que será da inocência?
Que será do coração
se o Amor não tem flechas ?

Se a morte é a morte,
que será dos poetas
e das coisas adormecidas
que já ninguém delas se recorda?

Oh! sol das esperanças!
Água clara! Lua nova!
Coração dos meninos!
Almas rudes das pedras!

Hoje sinto no coração
um vago tremor de estrelas
e todas as coisas são
tão brancas como minha pena.

Federico García Lorca
Antologia Poética

Mesmo que o mar não tenha ondas...
Mesmo que o céu não tenha estrelas...
Mesmo que o arco-íris nao tenha cores...
Eu vou sonhar, lutar e vencer...!

Aprendi que se pode conversar com estrelas, se confessar com a Lua... Que se pode viajar além do infinito!

Na encruzilhada silenciosa do destino,
quando as estrelas se multiplicaram,
duas sombras errantes se encontraram.
A primeira falou:
-Nasci de um beijo de luz, sou força, vida,
alma e esplendor....
Trago em mim toda a sede do desejo,
Toda a ânsia do Universo.
Eu sou o Amor!
O Mundo sinto enxágüe em meus pés!
Sou delírio, loucura...
E tu, quem és?
A segunda:
-Eu nasci de uma lágrima.
Sou flama do teu incêndio que devora.
Vivo dos olhos tristes de quem ama,
para os olhos nevoentos de quem chora.
Dizem que vim ao mundo para ser boa,
para dar do meu sangue a quem queira.
Sou a Saudade, a tua companheira,
que punge, que consola e que perdoa...

Na encruzilhada silenciosa do Destino,
as duas sombras comovidas se abraçaram,
e, desde então, o Amor e a Saudade
nunca mais se separaram.

Olegário Mariano

Nota: Adaptação do poema As Duas Sombras.

Eu gosto de estrelas. Creio que é a ilusão de permanência. Sei que vivem explodindo, esmorecendo e se apagando. Mas daqui posso fazer de conta… Posso fazer de conta que as coisas duram. Que vidas são além de momentos. Deuses vêm e vão. Mortais lampejam, brilham e desvanecem. Mundos não duram; estrelas e galáxias são transitórias, coisas passageiras que cintilam como vagalumes e se desfazem em frio e pó. Mas posso fazer de conta.

O futuro do homem não está nas estrelas, mas, na sua vontade.

"Eu sou um lobo solitário vivo vagando no deserto deste mundo guiado pelas luzes das estrelas na tentativa de encontrar minha lua. Aquela minha lua, a que eu uivo a cada noite na esperança de que vá me ouvir e me ilumina com o seu brilho que e o mais bonito de todos. Minha lua!"

E por mais que meus olhos alcance as estrelas, jamais alcançaram o brilho intenso dos teus olhos, e por mais que o calor dos meus braços alcance o calor de um belo pôr do sol, jamais alcançaram o calor de seus braços acolhedores, e por mais que meus beijos alcancem a doçura do mais puro mel, jamais alcançará o doce néctar de seus beijos doces, e por mais que o amor que exista em meu coração alcance a raiz da minha alma, jamais alcançará o amor eterno que um dia existirá em seu coração...

A primavera tem as cerejeiras da noite. O verão tem as estrelas do céu, que iluminam os olhos. O outono tem a lua cheia refletida na água. O inverno tem a neve, que flui na relva. Bastam essas coisas simples para que o saquê seja delicioso. Se, mesmo assim, o gosto do saquê não for bom então quer dizer que há algo de errado dentro de você.

Às pessoas que olham para as estrelas e desejam…
Às estrelas que ouvem e aos sonhos que são atendidos.

Sarah J. Maas
Corte de Névoa e Fúria. Rio de Janeiro: Record, 2016.

E o resto é ferrugem e pó das estrelas.

Se as estrelas fossem tão lindas quanto você, eu passaria noites em claro olhando para o céu.

E outra vez é noite ...
Que o céu esteja bordado de estrelas
e que os sonhos sejam azuis, lilases e prateados.

Eu conto as horas que passam
Eu conto estrelas no céu
Na solidão das noites sem graça.

Vez ou outra troco de galáxia, conto as estrelas e os cometas que passam pelos meus olhos. Me sinto alguma vez na vida livre para pensar sem que ninguém me atrapalhe.

Sobre chances, é bom vê-las. Às vezes se perde o telhado pra ganhar as estrelas. Entendeu?

Depressão
As estrelas se esconderam
A lua está sem graça
Que noite triste
Nada está bom
Nada faz sentido
A escuridão e longa
O sol não apareceu
Minha alma se entristece
Mais e mais
Vou me retirar
Fechar os olhos
Dormir, sonhar
Não quero nunca mais acordar