Fala de Mim
Veja esta figura deste scrap, nos fala sob tal diferença nos distanciara.
Pra mim era sua amizade,
por mim nada me interessava
tudo que, ao seu lado rodeava
seus amigos amigas que lhe ama, amava.
Mas contudo,
se fez de minha presença, portanto
pela nossa diferença, entretanto
alguma amiga lhe deu uma sentença
de mesmo grau, idade, celebridade
generalidade, lhe alertando
achou um outro estaria enganando.
Assim preferi viver no meu canto,
de tanto ter desencanto
por nós se !,olhar da vezes sob pranto
nosso amor de amizade é seria bom pro dois sob in-tanto.
Com certeza tem ,
teve seus melhores amigos em quaisquer mundo
estes mesmo na mesma geração, formação Pais, cinco continentes e sempre reciclando.
Benedito Basílio.
Em mim tenho
Um coração que grita
E um amor que fala
Uma alma que sente
Em silêncio os três, fazem isso. ƸӜƷ
SER POETA
Sou poeta, finjo,
Não se iluda por mim.
Ser poeta é mesmo assim:
Fala o que não existe,
Feliz, se faz de triste
sempre só para encantar!
Um poeta finge amar
deveras o desconhecido
Achado, se faz perdido
Perdido não quer se achar.
Um poeta faz tudo isso
sempre só pra encantar!
Fala pra mim de um argumento justo pra me convencer
De que eu tenho o direito de enlouquecer
Como que é que faço pra não me perder dentro de mim
Procurando por vc?
agora fala que me ama,agora que não tem mais nada diz que morre de amor por mim agora depois de ter chorado e sofrido
Ei fala pra ela que o mundo da voltas, e nessas volta tu vai aprender a mim valorizar, so que nos braços de outra!
Como Você Está???
Conta pra mim as suas dores. Fala pra mim sobre o seu coração, como ele está, o que têm doído ai dentro, o que o tem deixado tão pequenininho. Fala pra mim das tuas saudades, das pessoas importantes que foram embora da sua vida. Me conta sobre os seus medos, aqueles mais bobos, que ninguém dá importância. Me fala sobre o seu medo de não conseguir ser feliz.
Conta pra mim o porquê dessa angústia, dessa aflição tão cotidiana. Tanta gente pergunta como você está e a sua resposta é sempre a mesma: "estou bem". Me diz tudo o que você esconde por trás dessa frase pronta, dessa armadura em forma de palavra.
Conversa comigo. Me diz tudo aquilo que você tem vontade de dizer, mas não sabe pra quem, ou não tem coragem, ou não quer dizer pra qualquer pessoa. Fala pra mim do seu medo de não ser compreendido. De ser julgado. De ser mal interpretado.
Conta pra mim as suas dores. Conta como o seu coração bate acelerado quando você pensa numa certa pessoa. E me conta também como essa pessoa te ignora, te despreza, te dá pouca importância. Me diz o quanto você se sente impotente diante de algumas situações. Por que você não consegue desistir de algumas pessoas e algumas coisas? Por que você tem que insistir, apesar de tudo? Fala pra mim porque você ainda está aqui?
Conta pra mim as suas dores. Aquilo que você tem guardado a sete chaves, mas que já não pode mais. Aquilo que tem lhe tirado o sono, lhe sufocado, lhe deixado inquieto, pequeno.
Talvez eu não saiba lhe aconselhar, eu não saiba o que dizer, o que fazer, mas conta pra mim as suas dores que hoje eu estou aqui para lhe ouvir.
Nada mais importa a não ser estar ao seu lado. Deixa eu prestar atenção em você, nas suas palavras, nos seus olhos, nos seus gestos. Deixa eu saber de você, deixa eu lhe oferecer a minha mão, o meu ombro, o meu colo. E, quem sabe, qualquer dia desses, eu conte pra você as minhas dores.
Passe Por Mim
.
Manda ter amor próprio
Procurar um especialista se for preciso
Chora
Fala do passado
Do fim
Da presente
Constante
Massacrante falta
Os distantes
Fazem perguntas concretas
Mais que diretas
Esperam respostas certas
Mas por que mentem tanto ?
Calo
Viro o rosto
Finjo que não sei
Mas o meu espírito discerne tudo
Há uma voz que fala dentro de mim
Se o meu coração me engana
Desesperadamente corrompe tudo
Meu espírito me fala onde ir
"Fala-se em golden twenties, mas, para mim, golden mesmo foram os nineties.
Nessa década eu perdi meu pai e minha mãe. Mas eles ganharam o teatro.
Foi nessa década que consegui, finalmente, meu grande diálogo com o público. Foi ótimo o meu encontro artístico com pessoas como Mimina Roveda, Paulo Mamede, Sérgio Brito, ou seja, o Teatro do Quatro, Marcos Frota, Marieta Severo, Sérgio Mamberti, Vera Holtz, Paulo Autran... Cleyde Yáconis... Suzana Vieira... e todos os outros que me acompanharam, Drica Moraes, Andréa Beltrão, Daniel Dantas, Guilherme Piva, Emílio de Mello, Paulo Betti, Nathália Timberg que tanto me ajudaram nesses meus sucessos tão queridos. Cheguei nos anos 90 com dois amados comunicadores: Cláudia Jimenez e Miguel Falabella. Sem esquecer Gringo Cárdia, Maneco Quinderé, a maravilhosa parceria. Meu encontro com as críticas, boas e más, de Bárbara Heliodora...
Foi a década de Pérola e tudo o que ela significou.
Pérola foi vista por mais de 300 mil pessoas, praticamente ocupou metade dessa década em cena. Pérola ficou 6 anos em cartaz.
Foi a década dos meus segundo e terceiro Molière, de meus tantos prêmios em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Foi uma década que mostrou que I´ll never walk alone, como Judy Garland canta no final de Pérola. E, pensando bem, nunca estarei sozinho. Além dos amigos, além dos “meus” atores, minhas peças, tenho meus leitores – que me escrevem, participam, dão bronca, palpite, elogiam, agradecem, se manifestam, enfim... Mas repito: escrevo para ser amado."
Introdução do livro: "Eu, minhas tias, meus gatos e meu cachorro".
Mauro Rasi nasceu no dia 27 de fevereiro de 1949, em Bauru, no interior de São Paulo.
Aos 13 anos, iniciou sua aventura pelo mundo do teatro, participando de um concurso com sua primeira peça, escrita e dirigida por ele: "Duelo do Caos Morto", assistida por Antônio Abujamra, que na época o incentivou a escrever.
O dramaturgo foi altamente influenciado pelas mulheres em sua obra teatral. A arte e a cultura entraram na sua vida pela mão das mulheres de sua família. Com poucos anos, ele era levado ao cinema pela avó. Depois, as tias é que o levavam e brigavam com o porteiro para ele entrar em filmes proibidos. Era uma situação tipo Amarcord.
O primeiro livro, "A Vida de Mozart", ganhou de uma tia. Cinema, música, literatura, tudo lhe foi passado por mulheres. Três delas foram professoras. De francês, de literatura e de piano.
Entre suas peças de maior sucesso estão: "A Cerimônia do Adeus", "A Estrela do Lar", "Viagem a Forli", "Ladies na Madrugada", "O Baile de Máscaras", "O Crime do Doutor Alvarenga", "Pérola", "A Dama do Cerrado" e "Alta Sociedade".
Muitos dos textos fazem referências a situações familiares, em que os personagens femininos, como suas tias e sua mãe, sempre tiveram papel de destaque. O autor se inspirava em Bauru para escrever alguns de seus textos.
Na TV, escreveu para programas como "Armação Ilimitada", "TV Pirata", participou do programa "Fantástico" apresentando o quadro "A Hora do Alçapão", e foi colunista do jornal "O Globo" de 1996 a 2003.
Rasi era um dramaturgo popular e também fazia sucesso com a crítica: foram ao todo 11 prêmios no teatro. "Pérola", foi um de seus maiores sucessos.
Desde cedo, o dramaturgo sempre se dividiu entre a música e o teatro. Se formou em música pelo Conservatório Musical Pio XII em Bauru, mas o teatro falou mais alto.