Fala Comigo
Foste
De mim, se apartou.
Levou o sorriso e a graça,
outro rumo tomou.
Quiz ser livre, e voou.
Quem sabe outro amor?
É da vida amar, esquecer
também da vida é.
Mas tudo ao coração traz
dor.
A saudade perto se aninha ao
lado de quem fica.
A solidão, que perto espreita
logo será vizinha.
Saudades, solidão e dor,
parceiras inseparáveis do amor.
Assim a vida nos fala.
Quando do amor, nada fica
os olhos cegam, a boca cala.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. RJ
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Na dor, a leveza voa
Verborragia que sustenta o vazio
Política do Cancelamento: Cultura, documento
O “não importar-se”, já se importando, o representante
A voz, a cor, a raça, a cega religião, o sexo, a carne
É corpo em movimento, alma em aflição, morte em silêncio.
O batom vermelho, magra, alta, loira, olhos em chamas
O perceber do cantar dos pássaros nem é mais música
Morte em vida, um ser finito, o amor em falência
Ufa! Uma janela, mas o vizinho não é social, ele é chefe
Uma porta, a música, a dor, a dança, tudo cansa.
O outro que completa, o inimigo sempre à espera
O silêncio que faz gemer, o doloroso ser sem ter
Gritar, correr, seguir... Ao passo que sou mulher
Existe vida, em demasia, no excesso do calar
O tu, nós, vós, a força de um todo em ação.
O falsos deuses já vilipendiaram nossa forma, não é como se fosse novidade!
Os programas que assistimos não são os nossos, as ideologias que exclamamos vem de outro lugar, até as discussões que temos são estrangeiras, uma região sem vida, sem glória, sem boa história e de presente devastado...onde estão os nossos heróis?
Boa dúzia deles permanecem acorrentados em alegorias de carnaval, cravados em lantejoulas e escorados em cordas e paus, que duram tanto quanto cera esquecida no sol, assim somos nós brasileiros, um monumento rachado, esculpido por outros e quebrados pelo tempo!
Definitivamente, não estou no lugar de fala.
Mas dói na minha alma, o sofrimento das pessoas pretas, é asqueroso, vergonhoso e desumano. Vivemos em um país que provavelmente é o mais miscigenado do planeta e mesmo assim o racismo e o preconceito em geral é presente no dia a dia e em absolutamente tudo.
Apesar de ser parda, descendente de africano, índio, caboclo, para a sociedade tenho o privilégio branco e a partir desse lugar, do qual antes eu não entendia muito bem, venho aprendendo bastante e comecei a enxergar as coisas de uma outra ótica. É triste porque a realidade é, que todos somos racistas (mesmo que inconscientemente), está impregnado na nossa cultura, na língua portuguesa, na sociedade em geral. Expressões que são usadas no dia a dia como "A coisa tá preta", "mercado negro", "denegrir", "morena, mulata" e muitas outras, são racistas! Quando nos silenciamos diante de uma situação real de racismo, estamos sendo racistas! Quando nossos colegas de trabalho, amigos, familiares fazem um comentário maldoso e não nos posicionamos estamos sendo racistas. Por fim, a primeira coisa que devemos fazer é nos conscientizar sobre o racismo estrutural do nosso país, é um aprendizado diário em seguida, mudanças de atitudes!! P.S.:Tenho muito orgulho da minha ancestralidade!
EFEITO
Cada palavra não dita
Cada frase maldita
Vão te fazer sofrer
Cada sorriso guardado
Cada pranto calado
Vão te fazer por dentro morrer
Então segue o conselho camarada
De quem provou desse manjar
A cura do amor perdido
Não se compra
Não de vende
Não se da
Porque já esta com ele
Basta se amar
Apenas penso, observo e evito qualquer julgamento ou conflito ao expor minha insignificante opinião, que só não é mais insignificante que minha própria existência.
MANDRAKE
Diante dos maus interpretadores de nossa fala, nosso silêncio e atitudes corretas nos representam melhor.
Gente que faz bem pra gente.
Gente que a gente quer perto da gente, mesmo distante, mas dentro da gente presente. Gente que tenta te entender, gente que quer ajudar. Gente que vê os teus defeitos, mas quer de algum jeito somar. É essa gente que eu quero perto de mim, gente que é singular. Gente que fala e que escuta, gente que dá pra contar. Gente que eu possa confiar.
Enganos, Brasil cala, poesia fala.
De repente um cidadão.
Corre desesperado.
Pede socorro, em vão.
Ao redor, um jogo de engano.
Quem está envolvido.
De que é movido.
Uma tremenda podridão.
De certa forma.
A nova maneira de escravização.
Manter o indivíduo refém.
O estado desgovernado nesse trem.
Dinheiro, poder, status social.
Ciência, tecnologia, religião, política e escambau.
Meu filho bate na porta da psicologia.
Vai mais afundo na psiquiatria.
Algemado pela química.
Argumento que o órgão não recebia.
Bom dia bom policial.
A prova, xarope, jogral.
Tenho que desenhar.
Ainda assim.
Sentir.
Conspiração em espiral.
Juízes, advogados.
Quantos e quais.
De ponta a ponta.
De todos os lados.
Gang Stalkings denunciados.
V2k, tecnologias em massas.
Leitura da mente.
Olhos invisíveis violando a gente.
A magia real, Brasil, os enganadores.
Conjunto e patente, inimigos parentes.
Sociedade corrupta e indecente.
Giovane Silva Santos
O bico da caneta escreve,
O imbecil que tanto fala e nada acresce,
O bico da caneta escreve,
O doido desejo de enlouquecer pra entender o que endoidece,
O bico da caneta escreve,
O pé de amor que nunca floresce,
Há quem diga que o amor deveria ser mudo. Besteira! O amor se expressa de diversas maneiras, inclusive, através do som, da fala que toca sem tocar.
Eu tô pouco me lixando pro seu TCC
Que romantiza e menospreza a vivência da favela
Roubando o lugar de fala pra se autopromover