Face
A Face Clara e Obscura da Clareza de Clarice.
Você tem paz Clarice?
-Nem pai nem mãe.
-Eu disse “paz”.
-Que estranho, pensei que tivesse dito “pais”.
Estava pensando em minha mãe alguns segundos antes.
Pensei - mamãe - e então não ouvi mais nada.
Paz?
Quem é que tem?
(Clarice Lispector)
....
Na sequência desta e outras Clarices, hoje, está claro no escuro de tempo sobrio aqui e acolá, eu ,cá comigo, penso na guerra e na Pátria Mãe, no País que não sinto que tenho, já nem irmãos se entendem igual no futebol, na política, na religião e se mata em nome de Deus que inexiste como um Muda.
Por isso, não se respeita a cor da pele e as adversidades da sociedade do consumo, não penso, logo existo!
A moral,está na cabeça e não no bolso ou entre o vão das pernas, é a liberdade no voto consciente.
Outro lembra do sonho, que não acabou, de construir um País que se faz de Homens e Livros.
Não passarão!
RAÍZ DO VENTO
Sou a raiz do ventooo!
Falou a menina
Face aberta, olhos em riso
Braços desabrochados acolhendo a vida
Enquanto corria-brincava
No chão do sertão.
Não Vou Idolatrar E Nem Adorar Ninguém Na Face Da Terra. Somente A Deus.
Eu Quero É Viverrrrrrr!!!!!!
Só estamos de passagem em um mundo de mentiras e enganações, e que nos escondem a verdadeira face da vida.
Você se detém a observar, decifrar, a face estática, o enigma proposto, o árduo aprendizado - o conhecimento revelado, agraciado, inexoravelmente, você não pode se esquivar, de assimilar, de desvendar.
SONETO SENTIDO
Eu te poeto, todavia, porque és, ainda
O bem querer, a saudade, a poética face
A ternura, a doçura, o desejo que nasce
Um ardor na sensação que nunca finda
Eu te poeto a paixão, que é bem vinda
Num canto, no doce verso, no repasse
De amor, te daria o sonho que sonhasse
Em um soneto com aquela emoção linda
Te daria, mas, ah o “mas”, ó meu Deus!
Pouco tenho, os mandos não são meus
E, cá nos versos uma inspiração sentida
Sem encanto, magia, prosa sem beleza
Vertidas na poesia em tons de tristeza
Tal qual, em um bilhete da despedida!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 de maio, 2022, 16’17” – Araguari, MG
DESAPEGO
na minha face, além do olhar perdido, a sombra da idiotice,
a morte é uma carta que a previdência teima em não enviar
por isso pratico a vilania como um esporte
e não entendo o que se pode esperar de mim
vejo a queda em chamas das almas dos viciados
p'ra que a credibilidade? é único o caminho das sombras
deixo nada nas malas velhas e mofadas
e o olhar de louco a síntese da condição que me dei
a desconfiança do desapego à matéria alarma
quem julga o próximo pelo terno
e pelo talão do cheque da alma vendida
porque apenas o nariz é o senhor do meu destino
"Se um país estiver à beira do caos e, se o seu povo buscar a face de Deus de todo o coração; certamente Deus mandará um libertador e salvará a nação".
A polidez fingida de uma certa minoria representa a verdadeira face oculta da violência sustentada pela voz da maioria
As lágrimas que molharam tua face podem ter sido ontem o espelho do teu fracasso, mas representam hoje a solidez do teu sucesso
O preconceito é um severo verniz, a lustrar sempre que possível a face oculta da ignorância e a evidenciar na maioria dos casos a falta de humanidade dos que desprezam
Toda lágrima a cair da face daquele que muito amou servirá para regar as flores que irão brotar das feridas do coração
A lágrima é o líquido miraculoso cristalino que está a banhar a face quando a impureza de maus sentimentos está a invadir os poros
Toda lágrima a banhar a face daquele que ri é um alento para aliviar toda tristeza daquele que muito chora
Nos dias tristes é bom que chova, para que a chuva banhe a face e carregue consigo as lágrimas, que logo, logo serão substituídas por um lindo sorriso a formar um pôr do sol a estampar a nossa alma.