Face
Intenção
O familiar vazio existencial; encaro-o assim como vejo a face de um velho amigo o qual seu nome desapareceu de faladas frases por tantos anos, mas que agora volta ao meu viver com todas as suas características alteradas e embaralhadas pelo tempo.
Vagas idéias funestas passeiam de um lado para o outro em meus pensamentos, em um sádico jogo de imitação, tais idéias têm sua própria ciência do que se passa no distante eu, elas aprenderam a executar passo a passo de minhas ações desprovidas de progresso. Condeno-me a ser um mero fantoche controlado pelas cordas de minhas ocultas impurezas. Estou perdido, totalmente a só.
Tudo não passa de rasas razões, minha intenção está além do que empoeirados sentimentos possam oferecer-me em antigas tentativas de alcançar ao menos um pequeno pedaço de um amor fora dos padrões que para mim mesmo crio, procuro uma jóia rara que esteja enterrada neste solo morto que é o meu ser.
Nunca disseram-me que a chuva duraria para sempre, nunca disseram-me que seria para sempre nublado, para sempre cinza, para sempre frio, para sempre uma cruel atmosfera que suga por inteiro as cores que criei e pintei nos muros e planos brancos dentro de mim.
Corro em imensurável rapidez para a neblina que cobre o que está em esquecimento. Quero esquecer-me, ser esquecido, ser apagado pela borracha do universo que conspira contra o resto de mim, ser uma amarga memória descartável que não pudera encontrar uma doce consistência para habitar nos corações de faces, decepções e paixões que não lembrarão dos meus passos cobertos pela neve.
E pergunto-me: Por onde anda as lembranças que atingem o limite da saudade? Encontraram seus próprios caminhos no silêncio, ou apenas se perderam entre tantas ruínas de passados os quais marcam seus momentos em cicatrizes do enfermo presente?
Segredos que habitam meu reflexo; O que se esconde por trás dos úmidos olhos cristalinos que não aprenderam a viver em catatônica turbulência? Pode ser que de repente depararam-se com o atordoado ébrio se questionando se tudo o que se passa em sua cabeça é real?
Fantasia distópica, não há saída para as coisas que eu mesmo crio. Mártir desconhecido sou de minha própria criada odisséia, tenho muito a dizer, tenho muitos nadas a dizer aos que lêem a história de dor e lastimável superação do espiral descendente do que leva-me a pôr palavras na pele pálida do papel.
E enquanto o paraíso desmorona, o mundo cai, sou o único a sofrer as consequências, pois sobre mim é o lugar onde a existência desaba seus escombros. Tudo o que eu criei em minha própria mente esvai do que é realidade, torna-se apenas mais uma escassa intenção.
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MOSTRA-ME A FACE
(01.03.2019)
Mostra-me a face,
Que desvendarei os mistério.
Com o tempo, chagarei na luz,
E a luz invadirá a minha alma.
Vejo, o quanto tenho andando,
Em busca de um sorriso apenas,
Que me fará ser livre de mim,
E me transportará para o mar.
O mar a qual navegarei!
Sem destino ou moradia.
Se não compreender a poesia,
Não o poeta poderão entender.
As diversas razões,
Colocam-me a viver,
Longe dos sentimentos,
Mas me faz nascer.
cara & coroa
...Cara e/ou careta é apenas uma face da mesma moeda...
...sou "cara" quando sou querida, amada e amiga
se faço tudo o que me pedem ou querem...
...sou "cara" quando dou a cara tapa
assumo a responsabilidade
não me entrego de mão beijada
a alma e o coracao também precisam de afeto...
...sou "cara" quando me dou o devido valor
mantenho minha auto-estima em voga
meu auto-amor transborda
minha auto-confiança exagera na dose...
...sou "cara" quando transparece na minha face
além da maquiagem toda borrada, a indignação
ou a gratidão em forma de sorriso...
...sou "cara" quando a minha cara de pau entra em ação
quando me atrevo a escrever e expor
a falar e gritar, se necessário
mesmo que não seja o melhor recurso...
...sou "cara" quando a cara fica amarrada
e fico de pés e mãos atados, sem poder fazer nada
mesmo querendo, e se o mau-humor impera
dai só um chocolate resolve, e a cara desemburra...
...sou "cara" quando me veem e enxergam também meu coracao
porque o ditado diz: "quem vê cara , não vê coracao"
e quando me olham nos olhos, este olhar se estende
ao meu digno coracao, que pulsa amor e escorre alegrias
em forma de lágrimas...
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...Coroa simplesmente é a face mais linda desta mesma moeda...
...sou "coroa quando sou a mais bela e linda rainha
do meu mundo (des)encantado, surreal e idealizado
porém nem um pouco realizado...
...sou "coroa" quando tenho cabelos grisalhos, prateados, brilhantes
devida a ação do tempo que se mostra sábio, e assim adquiro sabedoria...
...sou "coroa" quando as tenho nos dentes que vão aos poucos caindo
talvez de tanto falar (abobrinhas) ou até mesmo de comê-las...
...sou "coroa" quando elas estão em forma de espinhos em minha
cabeça dura e me crucificam, apenas por ser quem eu sou...
...sou "coroa" quando as recebo no leito da partida
pelo menos parto desta pra outra vida
deitada com uma linda coroa de flores em minha cabeça (dura)
essa será a última, a derradeira e espero que seja de flor-de-laranjeira
igual ao perfume que ficava na penteadeira da minha vó, que um dia já foi a coroa mais linda desta terra!!!
palavras que secam em nossos lábios
lágrimas que secam em nossa face
amor que seca em nosso coracao
flor que seca em nossas mãos
palavras que secam nas folhas amareladas com o tempo
lágrimas que secam antes mesmo de rolarem
amor que seca no peito amargurado
flor que seca na alma dilacerada
palavras secas que engolimos ao invés de dizermos
lágrimas secas por falta de uma vida sem emoções
amor seco sem alguém para dar o braço a torcer
flor seca sem que ninguém regue p/ brotar
palavras de sequidão no livro da minha vida
lágrimas desidratadas no canal do desaguamento
amor árido no deserto da indiferença
flor murcha no jardim da desencarnação!!!
a cor do dia
da romã
do amor
do sangue
que corre
na veia
e na face
que cora
e fica rubra
de vergonha
mas tem
um doce sabor
de paixão
de leveza
de prazer!!!
Queres um dia ver a face Dele?
Queres entrar com Ele na eternidade?
Resista ao irresistível.
Preserve a sua santidade.
Seja irrepreensível.
Caso contrário, ouvirás a seguinte frase; "Não vos conheço...Malditos! Apartai-vos de mim... Ide para o fogo eterno."
Matheus 25;41
O luar bem longe
Ilumina a minha face tristonha
E o mar beijando
Carinhosamente a areia
Insiste em me magoar
Janaína... Janaína...
Venha comigo se encontrar
Para o mar levar.
Geralmente quando alguém está em estado de raiva é que você conhece sua verdadeira face.
Nara Nubia Alencar Queiroz
@narinha.164
Essa será a face inicial para sua transformação ,tenha calma e para o seu bem,suas fases de adolescência ,vc não usa máscara como os adultos fazem escondendo o que são e se tornando adultos crianças colocando em vcs a culpa de de fatos que na verdade eles deveriam sentar na cadeira da verdade e assumir, portanto sinta sua fase e seja vc.
Em qual espelho ficou perdida á minha face?
Eu não sou,mais "EU"!
Eu me perde de mim
Eu não sei em qual gaveta guardei ó meu sorriso falso!
Clandestinos somos
quando
o que somos
teme a face que pesquisa.
Os olhos são claros
quando
a superfície do espelho
é lisa.
A poesia
A poesia é um modo de compreensão e de expressão. É uma atitude em face do universo e uma modalidade de tradução dessa atitude. O poeta, como o físico, o matemático, o metafísico ou o místico, é um contemplativo, que procura penetrar na essência das coisas e das pessoas para descobrir o seu segredo. Pode aproximar-se mais ou menos de qualquer desses seus companheiros de viagem e de estudo, conforme se prende mais ou menos à aparência ou à essência das coisas.
O poeta é mesmo, de certo modo, o mais completo e o mais livre de todos esses perscrutadores do mistério das coisas. Pois nada lhe é estranho na natureza, animada ou inanimada. E será tanto maior ou mais profundo quanto mais amplo o seu campo de penetração em todos esses domínios. Raros são aqueles, como Dante ou Goethe, que dedilharam todas as cordas. Mas sempre se esforçam, quando sobem um pouco acima do nível médio, por compreender a “alma das coisas”, como o tentou Lucrécio. E por compreendê-la sob o signo da “unidade” formal das revelações e repercussões secretas entre os seres. Tanto é “analítica” a natureza da ciência ou da filosofia, quanto “sintética” a da poesia. O filósofo perscruta o universo dissecando-o em seus elementos simples e últimos. O poeta reúne esses elementos esparsos e descobre as suas afinidades profundas, dando vida ao inanimado e introduzindo no mundo das realidades ontológicas que o filósofo percorre ou no das leis materiais e numéricas que o físico ou o matemático descobrem -- a riqueza indefinida das “criações” do espírito humano ao longo dos tempos e na sua própria imaginação. O que sucede, freqüentemente, nesse terreno, é que alguns filósofos fazem poesia e certos poetas, filosofia. Há mesmo modernamente a tendência a transformar a filosofia num capítulo da poesia ou da arte em geral, como por exemplo pretende Keyserling.
O segundo aspecto da poesia é ser uma determinada forma de expressão. É ser “verso”, também. Quando o poeta contempla – “poetiza” – (sem trocadilho); quando exprime – “verseja”. O verso pode ser livre ou disciplinado, pode ser ritmo, rima ou ambas as coisas, na variedade indefinida de suas espécies, tradicionais ou modernas. O que nunca deixa de ser, porém, sob pena de perder a sua natureza e ceder à prosa, de que às vezes apenas o separa a sutileza do leitor prevenido, – é uma forma de expressão que se distingue justamente pela “atenção”, pela “demora”, pelo “cuidado” com a própria expressão verbal. A poesia é a valorização da palavra. É a intensificação, não apenas do “que” se exprime, mas de “como” se exprime. É a acentuação no meio de exprimir e não apenas no objeto que se quer exprimir.
A prosa é, ao contrário, a acentuação, a intensificação, a valorização do objeto a ser comunicado com a eliminação possível de todas as resistências verbais. Juntas constituem a “arte-literária”, que é fundo e forma, participação e comunicação, apenas graduados em sua expressão e sob o signo último da beleza, que é a lei interna e indefinível da atitude do artista, perante a vida.
Se a poesia é “uma”, portanto, em sua essência, é múltipla em seus gêneros e ainda mais variável em sua individualização. Cada poeta nos dá da poesia uma imagem diferente, na base de uma participação geral às raízes comuns dessa atitude específica perante o universo.
Divergem, pois, de modo radical entre si, dentro dos limites amplos que apontamos. E essa “diversidade” é que desejo acentuar neste grupo de obras recentes aqui publicadas e que pertencem a poetas de gerações diversas e de poéticas diferentes mais ou menos distribuídas por duas grandes vertentes literárias – a dos “interiores”, que projetam o seu “eu” sobre o mundo, e a dos “refletores”, que se deixam antes penetrar pela natureza e pelo mundo ambiente.
À segunda dessas categorias pertence o nosso Rostand. Poeta de larga e merecida popularidade nos meios literários e sociais vêm-nos do período que mediou entre o fim do simbolismo e o advento do modernismo, embora conserve tanto em sua estampa como em seus versos a mesma mocidade de há trinta anos.
Eliezer Lemos
Angústia duma Rocha
Olha para mim, as cicatrizes em minha face,
as vê? Acha que é só um disfarce?
Que a dor não foi real?
Como esses estigmas que guardo,
o sofrimento ficou no passado,
mas o passado ficou em mim.
E a corrente presa em meu punho,
não vê que está enferrujada?
Meus olhos tremulos não te dizem nada?
Se estou certo, isso é só um rascunho,
o pior ainda está por vir.
Tem ideia da agonia que é gritar,
e ouvir o som ecoar no silêncio?
A razão por trás de um chorar,
a vaga esperança de um bom senso.
E você me pergunta a onde estão minhas lágrimas?
Foram petríficadas em meu rosto!
Não vê?
Eu sou só o que resta,
o estilhaço do que não presta,
a luz que esvaiu,
o mar que desertou,
a cruz que quebrou.
I.S.S
Não havia estrelas no céu,
nem lua.
Gotas caiam do alto.
Escorriam na minha face.
Chorei com o céu e ele comigo.
A VERDADEIRA FACE DE UMA MULHER
Eu quero falar aqui com muito amor sobre talvez certas pessoas que existem e são belas pessoas que pela imagem e caráter se mostra com perfeição sua beleza e qualidade pessoal que são poucas que á tem por serem quase todas perdidas no tempo mais que são belas garotas que também podem se destacar sobre os muros mais altos da sociedade quando são pessoas bonitas que sempre se aperfeiçoaram no mundo da beleza que a educação se contem mais ainda com sua aparência talvez estrangeira ou de qualquer raça que nos deixa por uma convicção de sentirmos amor e admiração entre essas pessoas que aqui se mostram profundamente como verdadeiras mulheres que tem seu estimulo de atrair um homem e por fazer seu papel moral em uma sociedade que quase não dão valor porque lhe digo que quase todos os homens não mostram em seu caráter que certamente não pode se conter em verdades de sua imaginação de querer enxergar com amor uma verdadeira mulher que simplesmente em seu olhar lhe atrai e depois se despede por um simples gesto e capacidade de não manchar sua personalidade contra talvez um mau pensamento vindo de alguém que simplesmente não entendeu que sua beleza esta certamente contida também em seu caráter que talvez algum dia possamos dizer o quanto vale um amor de uma verdadeira mulher em minha convicção de as divas.
Por: Roberto Barros
Mal te conheço
Nem tua voz
Nem tua face
Ou seu cabelo
Sua personalidade
Sei um pouco,
Não de verdade,
Projeção minha
Nunca falei contigo
Desconheço teus amigos
Nunca vi o teu sorriso
Me odeio por isso
Fantasia sem sentido
Carência, é o que sinto
