Fábula Os Dois Ladrões (com moral da história)

Equipe editorial do Pensador
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Dois ladrões de animais furtaram certa vez um burro, e como não pudessem reparti-lo em dois pedaços surgiu a briga.

– O burro é meu! – alegava um – o burro é meu porque eu o vi primeiro…

– Sim – argumentava o outro – você o viu primeiro; mas quem primeiro o segurou fui eu. Logo, é meu…

Não havendo acordo possível, engalfinharam-se, rolaram na poeira aos socos e dentadas.

Enquanto isso um terceiro ladrão surge, monta no burro e foge a galope.

Finda a luta, quando os ladrões se ergueram, moídos da sova, rasgados, esfolados…

– Que é do burro? Nem sombra! Riam-se – risadinha amarela – e um deles, que sabia latim, disse:

Inter duos litigantes tertius gaudet.

Que quer dizer: quando dois brigam, lucra um terceiro mais esperto.

Monteiro Lobato

Moral da história

Brigas mesquinhas podem levar a perdas irreparáveis.

Ensinamentos: A fábula reflete sobre questões como a mesquinharia, as consequências das disputas e a perspicácia de quem não se mete em confusões.

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