Fábula O Pastor e o Leão (com moral da história)

Equipe editorial do Pensador
Equipe editorial do Pensador
Criado e revisado pelos nossos editores
Atualizado em

Um pastorzinho, notando certa manhã a falta de várias ovelhas, enfureceu-se, tomou da espingarda e saiu para a floresta.

- Raios me partam se eu não trouxer, vivo ou morto, o miserável ladrão das minhas ovelhas! Hei de campear dia e noite, hei de encontrá-lo, hei de arrancar-lhe o fígado...

E assim, furioso, a resmungar as maiores pragas, consumiu longas horas em inúteis investigações. Cansado já, lembrou-se de pedir socorro aos céus.

- Valei-me, Santo Antônio! Prometo-vos vinte reses se me fizerdes dar de cara com o infame salteador.

Por estranha coincidência, assim que o pastorzinho disse aquilo apareceu diante dele um enorme leão, de dentes arreganhados.

O pastorzinho tremeu dos pés à cabeça; a espingarda caiu-lhe das mãos; e tudo quanto pôde fazer foi invocar de novo o santo.

- Valei-me, Santo Antônio! Prometi vinte reses se me fizésseis aparecer o ladrão; prometo agora o rebanho inteiro para que o façais desaparecer.

Monteiro Lobato

Moral da história

No momento do perigo é que se conhecem os heróis.

Ensinamentos: A fábula contada por Monteiro Lobato nos mostra que só conseguimos reconhecer os fortes (heróis) nos momentos de perigo. Essa explicação está relacionada ao pastor, que à princípio, se mostra valente diante do sentimento de fúria, mas que na situação de perigo se mostra um verdadeiro covarde.

Veja também: