Depois de terem prestado serviços aos deuses, os homens rezaram e pediram uma grande recompensa: a juventude eterna. Os deuses resolveram conceder o desejo da humanidade e colocaram o dom da juventude nas costas de um Burro que deveria levá-lo até aos homens.
Pelo caminho, o animal ficou com sede e encontrou um pequeno riacho. Lá dentro, estava uma Cobra que, depois de ver a sua carga, falou que o Burro só poderia beber aquela água se entregasse o que trazia nas costas.
O Burro, que não sabia o valor daquilo que carregava, trocou a juventude por um pouco de água. A partir daí, os humanos continuaram a envelhecer, enquanto as Cobras ganharam a capacidade de se renovar a cada ano, trocando de pele.
(Adaptação original da fábula de Esopo)
Moral da história
Precisamos valorizar aquilo que temos e tomar cuidado com quem quer se aproveitar das nossas fraquezas.
Ensinamentos: A fábula demonstra que a ignorância pode trazer consequências gravíssimas para os indivíduos. Se nós não enxergarmos valor naquilo que temos ou carregamos, outras pessoas podem perceber e tentar se aproveitar do nosso valor.
Interpretação da fábula do Burro e a Cobra
A fábula antiga procura explicar a mortalidade dos homens e a capacidade de renovação das cobras. Quando os deuses conferiram ao Burro a tarefa de levar a juventude eterna até à humanidade, não lhe explicaram a importância daquilo que ele transportava.
Já a Cobra, conhecida pela sua esperteza e caráter interesseiro, conseguiu perceber que se tratava de um dom divino de valor incalculável. Perante a vulnerabilidade e a inocência do Burro, ela consegue trapaceá-lo.
A narrativa demonstra que a ignorância pode trazer consequências gravíssimas e que, mesmo se nós não enxergarmos valor naquilo que temos, outras pessoas podem fazê-lo e tentar se aproveitar do nosso potencial.
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