Existencialismo
Bons tempos aqueles em que não nos preocupávamos com as coisas do coração, tempos aqueles em que vivíamos sem sentir aquele vazio devorador, sem sentir a alma dentro de uma tumba...
São bons tempos onde o amor era espontâneo e as sensações únicas, coisas que nunca se repetia, a solidão era só um detalhe.
O amor era outro detalhe que não me importava, o momento me importava.
Os momentos hoje são feras famintas e selvagens escondidas em florestas de pedra.
A solidão é um poeta enterrado vivo com sua maquina de escrever.
Sentia um sentimento que não era amor nem dor, nem solidão, era só eu um simples Noventista.
Viver os sentimentos raros a flor da pele coisa rara hoje em dia, conhecer alguém e se interessar pela pessoa simplesmente porque ela é aquela pessoa ou só porque tal pessoa tem um sorriso fantástico é inspirador e hoje em dia são raras as pessoas que tem essa sensação.
Aquele sorriso espontâneo já não existe e as sensações são friamente escolhidas e escolhe-se ou pelo menos pensam que escolhem a quem amar.
Tu vales o peso do que tem...
Bons tempos eram aqueles onde não nos preocupávamos com coisas artificiais, hoje meu mundo de quatro paredes é sombrio e sujo...
...um profundo turvamento, um vivo-aterramento voluntario,
Uma solidão sombria...
Lagrimas nos olhos, tremedeira, máquina de escrever enferrujada e a poesia na ponta da língua,
O que resta são os frios e úmidos dias da praia...
Por Cristiano Silva
Contemporâneo
Na escuridão do dia a dia ficam somente os dias cinzentos para lembrar-se da moça de verão. Os dias são quentes e úmidos e com chuvas vespertinas, meu quarto é escuro, úmido e mofado e sua atmosfera está carregada de fracassos e desilusões...
E em meu mundo estou ilhado, preso ao fracasso velado do dia a dia. Atrás de minhas muralhas não estou protegido e tenho buscado a Deus inúmeras vezes do meu jeito, meu jeito mundano de ser.
Sou um monstro preso a uma caverna escura e úmida e vivo a solidão mais profunda que existe.
Aquele objetivo de sempre ficou inalcançável, minhas forças exauriram, meu recuo é inevitável, no final ficou só à vontade, a vontade de viver o que não posso viver... Amar o que não posso amar... Ter o que não posso ter. É como uivar para a lua sabendo que ela não ouve.
Os dias cinzentos vão me trazer só mais uma lembrança negativa, a diferença é que a vejo sempre todos os dias a poucos metros em momentos matutinos e vespertinos, a vejo em sua essência primaveril tão alva e delicada que nem parece desse mundo. Eu sinto e sei que ela tem bem mais que beleza, mas ela não é para mim, seu coração escolhe uma pessoa para passar o resto da vida com você, mas o coração dela não o escolhe ou já escolheu outro é sempre assim, comigo é assim sempre desde que me entendo por gente, porém Deus já me avisou mais de duas vezes que ela não é para mim e devo para agora com tais sonhos.
Existe um limite intransponível difícil de atravessar... Eu desperdicei meu tempo tentando viver coisas que não são para mim em vez de seguir adiante.
Devo voltar ao meu silencio acomodado em minha caverna úmida e sair de lá só em dias cinzentos e chuvosos...
E aguardar um sinal de Deus, para que eu possa seguir meu rumo. Deixar e existir não faz mais parte do meu repertorio Deus tirou isso de mim, mas o amor fracassado ainda faz parte.
Entrego meu destino nas mãos de Deus.
Cristiano Silva
Engolido pelo mar,
O sal gruda na pele,
O sal do mar,
As ondas e o vai e vem,
Sol escaldante,
Caravelas de madeira mofada,
Homens semimortos,
O mar é para os fortes,
Engolido pelo mar,
Sem chance de voltar,
A morte certa e o sol a escaldar,
Não há como voltar...
A tempestade a chegar!
Na tempestade caravelas a afundar...
Sendo engolidas pelo mar!
Cristiano Silva
Enquanto houver aqueles que se arrebatam vendo o mesmo astro da aurora no Sol que se põe, o mundo está salvo.
Talvez o Tempo, por sua irrevogável efemeridade, seja tal qual um rio que não podemos domar; sempre impermanente, recente, irresoluto, enfim, jovem demais para assumir qualquer forma definitiva. É justamente por isso que nós, sujeitos a esse mesmo Tempo, devemos nos tornar parte de seu fluxo: não tentar resistir contra ele, que mesmo assim ele persistiria; tampouco se alienar dele, porque sua extensão é ubíqua às nossas vidas; em vez disso, tornar-se em sua inefável sintonia. A correnteza tem a água do rio em si mesma; o que acontece com a água do rio quando a correnteza é apaziguada? Em verdade, somos cada um o infinito instante sintonizado do todo eterno.
Nós somos o tempo.
Eu não tenho sonhos e talvez nunca os tenha. Nem aspirações nobres e lúcidas, que com certeza não veriam em vida a luz do sol e nem encontrariam ouvido de gente, pois aspira o ser vivente e quem vive é a carne; tudo além e a mais é. Apenas a isto olhei, observei obstinadamente e encontrei. Eureka! [...] No sentido último e preciosista do termo, opto por utilizar o vocábulo sobreviver, em um sentido que já se faz "também" (talvez, a depender da definição de biologia, e assim por diante) filosófico, e não meramente biológico. O que, em suma, digo é que não vivo, sobrevivo e também por isso não sonho; encontrei e sou.
A verdadeira liberdade reside na aceitação de que somos os arquitetos de nossas próprias vidas, moldando nosso destino em meio ao caos da existência.
Eu sou o protagonista na minha vida, um coadjuvante na vida de alguns, um figurante na vida de outros e irrelevante na vida da maioria. O valor disso está na consciência dos diferentes papéis que exerço.
O ócio não é apenas um descanso; é a base para um equilíbrio saudável. Ao se afastar das demandas e do stress constante, você dá ao seu corpo e mente a chance de se recuperar e se preparar para uma nova forma de engajamento criativo e pessoal. De preferência, de acordo com sua vocação e seu bem-estar geral.
Aos prazeres dos meus distúrbios
Revogo-os ao mais profundo ódio
Na qual, me deito, sob todas as mágoas
Que me aborrecen em decorrência de uma abstinência
Me falta ódio, ou talvez amor
Me falta ódio, ou talvez rancor
Me falta um abraço, ou talvez umas
palavras
Que eu possa me esconder desta vasta podridão
Nem sempre as palavras se encontrarão, mesmo quando os pensamentos se encontram perdidos
Ou talvez estejam organizados, mesmo desalinhados compactando meus sentidos(…)
Talvez nao entenda minhas palavras, ou meus versos desorganizados
Meus pensamentos em curva centrípeta
Poucos conseguem ultrapassar sem reduzir a velocidade
Ou, talvez, porém, mesmo que reduza em boa intenção, se afogara num mar de deselegância
Mesmo que se arrume em meio essa podridão, não haverá encontro, num poema de bagunça…
Se me criei sob a perspectiva de um ser narcisista, me fale onde eu errei..
Minha personalidade foi criada pelo espelho das pessoas, por qual motivo tenho a culpa desse peso?
Minha existência se baseia no que foi me apresentado, uma realidade horrível ao meu ver, nao me atento aos prazeres a longo prazo, pois a vida passa, espero que passa, assim como a uva passa(…)
Mas não quero morrer
Mas
eu
quero
Matar
Meus
pensamentos
Intrusivos.
Mas nunca tente
Re
Encarnar
Com
Larvas
Adoecendo
Minhas
Almas
Renascidas
"Quem sou eu nesta batalha eterna entre o bem e o mal, uma luta que transcende a humanidade e remonta ao cosmos, atravessando gerações que precederam a formação do mundo? Qual é o meu lugar diante da magnificência da criação, da formação dos céus e das estrelas, dos montes e das colinas que se erguem sobre as águas? Como posso me posicionar em relação à vastidão dos mares, dos rios e das águas subterrâneas que erodem rochas, jorrando incessantemente, dia e noite, enquanto o rio nunca seca? Quem sou eu diante do intrigado sistema que rege este planeta há milênios? O que significo nesta guerra ideológica e política que oprime nações? Sou apenas um grão de areia, uma efêmera faísca na imensidão do universo."
"Há pessoas que trocam sua fidelidade e se deixam levar por pessoas recém-conhecidas, assim cavando sua própria cova mental. Muitas vezes, a busca por novas emoções ou a atração pelo desconhecido ofusca o valor das relações construídas ao longo do tempo. Essas escolhas impulsivas podem levar a desilusões e arrependimentos, pois a confiança, uma vez quebrada, é difícil de ser restaurada.
A lealdade que deveria ser um dos pilares das relações, é sacrificada em nome de prazeres momentâneos. Assim, é importante refletir sobre as consequências de nossas decisões e lembrar que, mesmo que novas conexões possam parecer excitantes, as verdadeiras amizades e os relacionamentos que sustentamos com amor e respeito merecem ser valorizados. Afinal, a verdadeira felicidade está em cultivar laços duradouros que nos apoiam e nos fazem crescer, em vez de nos deixarmos levar pelos ventos passageiros que podem nos deixar perdido ou sozinho.
Não existem boas fidelidades? Não importa se você não tem amigos, muito menos uma família adequada; você tem a Deus e a si mesmo."
"Flores vermelhas, cor de sangue, quando morrem, o coração para de bater, a beleza e a formosura desaparecem num instante. Isso dói, dói demais perder você. A flor vai caindo para a chão, onde todos os que te amaram seguem o rumo da solidão. Infelizmente, eu sou só mais um que seguiu o caminho do coração."
"Minha amada, linda amada, linda e extravagante, suas curvas me deixam louco, seu estilo me hipnotiza. Seus defeitos eu deixo passar, pois ninguém é perfeito o suficiente para se autodeclarar. Linda, linda, linda, linda demais, você disse para mim que ficaria comigo até que eu morresse. A sua declaração para mim faz da minha arte um tesouro. Como eu te amo, minha linda e amada loucura."
"Ficar sozinho é riqueza; não preciso de outra pessoa para me sentir mais alegre. Não sou desesperado como outros, sou apenas um que segue o caminho do silêncio. Não coloco toda aquela atenção que nunca tive, os maltratos físicos e mentais, em uma pessoa, pois não tenho dependência emocional. Só os tolos correm atrás de outras pessoas para se sentir completos; aqueles que sabem lidar consigo mesmo e com os problemas ficam em silêncio. No silêncio, encontram o caminho, em vez de andar por aí em cada lábio."
Nada disso tem sentido;
tal também não precisa;
pesar de tentar encontrar;
É algo que nunca vamos achar .
O caminho para a realização da alma passa pelo desprendimento da mente e a expansão da consciência.