Existencialismo
Dor existencial - 1
Minha alma grita dúvidas, e incertezas
sedenta de respostas, em dor existencial
procurando novos caminhos, e mais clareza
revira-se todo meu ser, em busca do essencial.
Minha mente embaraçada de pensamentos
meus sentimentos em tormenta visceral
se afoga em suor e lagrimas, de meus argumentos
me posiciono diante do real, e do surreal
Advogo a meu favor, mas vem uma voz alta
tinindo em fúria cheio de acusações
fico entre o certo e o incerto, enfialta!!!
Travo uma luta contra meu eu, cheio de aspirações!
Melancolia
Seja num dia escuro ou claro
Ela sempre está presente
Adicionando um filtro cinza
Porém, invisível
No seu olhar
Triste e cansado
Pensamentos confusos
Questionadores e angustiantes
Vão se formando
Por ser tão pequeno
Num lugar tão grande
E ser mais um, apenas
Mais um
Que a conhece bem
E não só a ela
Mas também as outras à sua volta
Com capacidades parecidas
Invasivas e destrutivas
O homem precisa entender que, ao nascer, começa também a morrer. Ou seja, entender que a sua existência se constitui numa espécie de marcha para a morte...
Possui-se conhecimento da vida, o mundo e minha consciência se encontraram, mas se existe vida sem consciência, o que seria a existência? Uma pura ilusão à alusão, que não presente está para dar o sentido à existência.
Felicidade denota a ausência do desprazer
É o anseio mais profundo de todo e qualquer ser
Esse vislumbre no entanto
Soa cada vez mais longe do alcance humano.
Parece permitida tão somente às crianças
Existindo na vida adulta somente como lembranças
Numa sociedade onde o trabalho é visto como o símbolo de realização
Enquanto para muitos a sobrevivência é a única condição.
Semblantes carregados de angústia e sofrimentos
de pessoas apressadas correndo contra o tempo
A ansiedade frente as incertezas do sistema
Parece transformar a vida em grande dilema
Mas quando a busca da estruturação material preencherá o vazio existencial?
Basta evocar uma análise desse distanciamento
em uma sociedade evoluída em desenvolvimento
Que percebemos que a tecnologia não traz o preenchimento dos corações
Que buscam o sentido das mais humanas realizações
Esbarrando na plenitude de seus ideais
Iludindo se com empreendimentos materiais
E apesar de ser escrita em prosa e verso pelo homem contemporâneo
Felicidade não tem formas concretas diante da ilusão nascida no seio do sofrimento humano.
Em um cenário politico e econômico de desigualdades
com todos os flagelos da sociedade
Mostram que a busca pelo poder
Corrompe a dignidade com a mesma intensidade do querer
A essência da felicidade pode ser definida como aquela exuberância
capaz de promover aos humanos esperança?
Busca se então na religião
Algo que não se prenda a esta dimensão
Mas se limitam a vazios rituais
Enquanto capitalizam os atos espirituais.
Mas a própria essência e a divergência
do “vir a ser feliz”
mostra que a felicidade de forma bastante clara
é muito mais do até a filosofia diz.
O homem existe em comunhão os seus semelhantes
mas até esta felicidade dura sempre alguns instantes
Porque no processo de complementariedade
sofrimento imininente ocorre com a quebra dessa continuidade
Mas o que é a felicidade então?
Seria o desdobrar de uma intensa emoção?
Um não à luz da razão?
Uma vida menos regrada ou sem nenhuma exploraçao?
Qual é sua direção?
Eu não tenho resposta formada
Mas para seu universo infinito
é ela é sua própria significação.
Os domingos são dias sempre iguais, passam os minutos, as horas de forma tão banais no meu intelecto surgem sempre questionamentos que por alguns instantes me tiram toda a minha paz, não sei as respostas e isso me provoca ainda mais, nessa situação elevo os meus pensamentos ao meu Pai e olho para o céu procurando sinais.
Ponho-me a espreitar meus sonhos
Disfarçados de luas e de noites
Perambulantes, onde as estrelas
Todas soam incessantes quando
Debaixo delas, sobre teu olhar
Me deito.
Como numa nascente dedilhar
O tronco,
Nas raízes das arvores de debulhar
Calcinas,
E no seu corpo terra caminhar
Lembrando
Que quanto mais me deito
Mais deleitoso anseio
De lançar-me ainda.
Ah morte! Ah vida!
Que como companheiras na alvorada
Caminham,
Não me escolham, vos imploro com pranto,
Quero do meu amor ainda ouvir o
Canto, pelos vastos anos em que meus
Pulmões a mim permita.
Sobre um corpo de pranto
Repousa aminha alma liquefeita
Perdoe-me, já que incertezas
E hastes de pêndulos enfeitam-me
As rachaduras,
Nos galhos secos, sobre o beiço
Da sombra de uma arvore de memorias
Observo o mundo a minha volta,
Como uma lagarta desconjuntada
Que na brevidade ensaia seu
Salto para a liberdade, minhas asas
Ainda em casulo, na ardente chama de
Fuga me guardo.
“Hoje ao acordar, senti a cabeça pulsar e pesar. Fechei os olhos para encontrar um ponto de equilíbrio, não tive sucesso.
A cabeça é sempre um pretexto para dizer de algo que venha incomodar....
A cabeça dói porque o peso do meu ego abrupto quer invadir o minha alma livre e impor limites. Sempre acontece...
E quando a cabeça dói o ego ganha a batalha e eu fico ali paralisada...
aí penso, porque não tomar um produto do ego para aliviar o peso do ego... funciona as vezes tomando um analgésico.
Mas se a dor persistir aprofundo mais no que ela quer me dizer... sempre dá certo!
Esse cuidado é diário. Corpo e alma se completam numa fusão que transcende os limites da consciência”.
"O olhar vago, inseguro, triste, procura abrigo...
Abrigo nas palavras alheias, abrigo no silêncio impostor.
Na claridade imposta pela brancura das paredes e dos lençóis os olhos vagueiam a procura de um sentido para tanta dor.
O pensamento é atormentado pelas incertezas e deixa escapar dos olhos a tristeza represada.
O tempo guia e ensina que a leveza da vida está no olhar... olhar aprofundado, livre de lentes que cegam.
A brancura do lugar mesmo que venha de um ambiente que guarda a dor e o medo entre seu lençóis, pode trazer a oportunidade de ressignificar e perceber que um único momento é permeado por inúmeras facetas e todas transitórias, cíclicas e cabe a nós encontrar um ponto de fusão.
As paredes, os lençóis e a luz branca que adentram a janela são estopins de um tempo finito....
Quando a luz que adentra a janela se esvai, com ela a esperança também, e dá lugar a incerteza de noites intermináveis.... mas logo surgem branca e finda as luz outra vez....
Entre esperanças e incertezas lá se vai a vida no seu tempo".
Se você não se conhecer, será apenas uma pessoa sem luz em uma estrada escura que se chama "vida." É necessário que tenha conhecimento sobre si mesmo, para que descubra quem você é realmente só assim descobrirá o que é viver... Você conhece a si mesmo? Pois é ainda dá tempo!
Dançamos nosso ritmo, até que partimos, pois a Existência não ama e o destino não se dobra em seu curso. E não há vida, nem morte, que o faça mudar.
Sou um misto de sanidade e loucura, dentro da mais absoluta inconstância relativa do real sentido da vida.