Existencialismo
O ser humano e sua preocupação em seguir a receita para a felicidade, ao cair em descoberta que não existe uma, tornar-se infeliz.
A tentativa em achar uma receita para tudo é uma imagem de nossa fragilidade, como é preciso seguir algo, ocupar-se e não viver. Achar tal receita torna infelicidade maior a longo prazo, é o comodismo do que achamos necessário, achar é tornar-se infeliz.
Assim como Camus diria que a vida não possui um sentido, pois assim podemos dar a ela o sentido que quisermos...
Então para quê o desejo de seguir algo?
Por que eu sou eu? Por que eu não sou você? Por que eu não sou outra pessoa?
É muito estranho você olhar a sua volta e observar que cada pessoa tem a sua vida, a sua consciência, a sua forma de pensar.
E se a vida não tiver significado algum, qual seria o motivo de eu estar vivo neste corpo? Por que eu existiria? Ou será que há algo maior, algo além do corpo e da minha mente, que torna eu em mim mesmo?
Melancolia
Seja num dia escuro ou claro
Ela sempre está presente
Adicionando um filtro cinza
Porém, invisível
No seu olhar
Triste e cansado
Pensamentos confusos
Questionadores e angustiantes
Vão se formando
Por ser tão pequeno
Num lugar tão grande
E ser mais um, apenas
Mais um
Que a conhece bem
E não só a ela
Mas também as outras à sua volta
Com capacidades parecidas
Invasivas e destrutivas
Tudo o que dá sentido à vida é criação do homem. Ao materializar a vida, pelo trabalho, o homem cria a representação de si mesmo.
“Hoje ao acordar, senti a cabeça pulsar e pesar. Fechei os olhos para encontrar um ponto de equilíbrio, não tive sucesso.
A cabeça é sempre um pretexto para dizer de algo que venha incomodar....
A cabeça dói porque o peso do meu ego abrupto quer invadir o minha alma livre e impor limites. Sempre acontece...
E quando a cabeça dói o ego ganha a batalha e eu fico ali paralisada...
aí penso, porque não tomar um produto do ego para aliviar o peso do ego... funciona as vezes tomando um analgésico.
Mas se a dor persistir aprofundo mais no que ela quer me dizer... sempre dá certo!
Esse cuidado é diário. Corpo e alma se completam numa fusão que transcende os limites da consciência”.
"O olhar vago, inseguro, triste, procura abrigo...
Abrigo nas palavras alheias, abrigo no silêncio impostor.
Na claridade imposta pela brancura das paredes e dos lençóis os olhos vagueiam a procura de um sentido para tanta dor.
O pensamento é atormentado pelas incertezas e deixa escapar dos olhos a tristeza represada.
O tempo guia e ensina que a leveza da vida está no olhar... olhar aprofundado, livre de lentes que cegam.
A brancura do lugar mesmo que venha de um ambiente que guarda a dor e o medo entre seu lençóis, pode trazer a oportunidade de ressignificar e perceber que um único momento é permeado por inúmeras facetas e todas transitórias, cíclicas e cabe a nós encontrar um ponto de fusão.
As paredes, os lençóis e a luz branca que adentram a janela são estopins de um tempo finito....
Quando a luz que adentra a janela se esvai, com ela a esperança também, e dá lugar a incerteza de noites intermináveis.... mas logo surgem branca e finda as luz outra vez....
Entre esperanças e incertezas lá se vai a vida no seu tempo".
Pessoas que vivem até morrer te acharão louco, quando descobrirem que na verdade, você pode morrer de viver.