Exílio
Refém do silêncio:
Tenho você em mim, nos espaços que encontrou seu exílio. A fugitiva da monotonia, troca o marasmo gelado da vida, e sua punição, por um pouco de calor lunar e suas nuvens estrelar. Cometas de sentimentos rasgam o barulho do silêncio desse seu espaço chamado coração. Refém dos próprios medos fiz de ti meus segredos ocultos quando a saudade atravessa meu estômago vazio de solidão
Exílio
Sou um livro do século passado
Esquecido em um armário, escuro e mofado
Tenho páginas gastas e amareladas
Há tempos minha história não é contada
Já fui consagrado um ótimo livro
Mas por ironia do destino, me perdi por caminhos
Passei por leitores que contemplaram minhas histórias
Mas hoje não sou nem citado nas escolas
Minha capa era dura, e entre todos, agora eu percebo...
Tinham vários livros, só que eu era o favorito
Hoje sou encontrado apenas em sebos
Pois bem... fui deixado no exílio.
Rascunho de um poeta.
Sinto sua falta
Meus momentos prediletos a teu lado
Constato em seu ser exílio
A minha falta também
Gratifico em meu intimo sua presença
Sinto-me abandonado mais amado
Desconfigurado mais mesmo assim idolatrado
Deus do meu próprio mundo
Rei da minha rotina
Fadário da sorte, ao me achar
Sua felicidade vida acabou de começar
Aproveita e se alarde de costume como a solidão
Engagé seu afeto a nossa provocação
E aguente a pancada da majoração
Enrolado nas suas ideias, confuso em sua matéria
Minha saudade vai embora ao seu encontro
Mais meus dias de conforto com a solidão vão embora.
CANTO (soneto)
Na janela pro cerrado, solitário
O apressurado vento na fresta
Amigo de exílio, o meu cenário
Sibila, e teu sibilo me molesta
E, lá no ipê, alto, canta o canário
Ouvindo o canto de sua seresta
A saudade crê, no extraordinário
A alegria, no som, a alma atesta
Mas, poucos ouvem o meu dia
Calado e frio, numa poesia fria
Ajuntando o meu aflitivo pranto
E neste choro, um choro estridente
Que me faz chorar tão incontinente
Muitos pensaram que é meu canto
Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano
desejo a morte dia pós dia
dentro do exílio de minha solidão...
que se ampara num mar de desespero,
clamo por um momento sombrio,
tais força do destino,
impuro ardi-o, nas sombras do tempo...
simples como a água que verte
entre as sombras da vida.
EXÍLIO
O canto da parede é sua casa
Os rascunhos ao chão, são sua família
A cama é uma vizinha chata
Que belo lugar seria.
Talvez fosse por um tempo
Ou nunca foi em tempo algum
Nada ali existiu, só o tempo
Que lhe recitava um poema por dia.
O silêncio é água e as palavras alimento
A boca se cala para poder ouvir a vida
Que passa suave, lentamente com o vento
Tentando alegrar-se com a cicatriz de uma velha ferida.
canção do exílio
o poeta sem sua plumagem
é um deus exilado do cosmo
strip-teaser metafísico
só lhe resta sambar no inferninho
do caos
sob os neons do nada
sempre nu diante do espelho
sem espelho diante de si
O exílio é o maior elixir do patriotismo, você vê as coisas que não são boas, mas isso não abate as maravilhas que existem aqui. (Brasil)
A solidão e o exílio são necessários quando a esperança e o amor estão num mundo, onde apenas os sábios vivem.
Exílio...
Fui exilada muito antes de nascer
no fundo, no fundo.... era pra eu não ser.
Exilada... do mundo separada,
numa estrada sem direção...
estranhamento total
vivo uma vida
completamente surreal....
Irreal?
Exílio... fora do trilho,
sem qualquer razão,
sem noção... sem emoção.
Minha vida: uma vida na contramão.
O amor é a pátria do ser. Aquele que ama e permite ser amado está justificado. O outro é teu exílio e tu o dele.
Canção Do exílio
Minha terra não ha vida
Cada um na sua própria solidão
Todos vivendo em beira
Beirando a escuridão
Os passáros que vivem
Não Cantam mais não
pois vivem desolados
Com sua triste ilusão
Vivo sem rumo nessa estrada
Mais não posso viver em vão
Vivo aqui observando
Elaborando minha canção
Elaboro uma canção bela
Mesmo na solidão,pois eu tenho a confiança
De um dia viver nessa estrada
E ter um pingo de Esperança
Sou Triste Quando Adulto
Mais era feliz quando criança