Excesso
Como descrever o que estou sentindo?
Me faltam palavras e excesso de sorrisos.
Sei que tenho medo, medo de algo que me machuque ainda mais que outrora
A vida é curta demais, para se queixar dela.
Comprida demais para se farrear em excesso.
E é insuportável para os que não tem amor.
Quero o excesso, numa inevitável contradição evolutiva, ao invés da covardia das palavras entaladas... Ser calado é falta de ser!
O prenúncio da morte reata valores, suscita lembranças, perdoa excessos e gera satisfação exacerbada sobre tudo...
A maior de todas as ilusões é a auto-confiança em excesso, não se engane em algum lugar do mundo sempre haverá alguém melhor do que eu, melhor do que você, melhor do que nós!
O amor também precisa de cuidados... Deixá-lo só por excesso de confiança é o mesmo que entregá-lo nas mãos habilidosas da rotina.
Excesso de confiança é um dos maiores pecados que uma pessoa pode cometer. Ainda mais, quando não tem motivos para tê-lo.
Sou espontânea, vivo o meu presente, sou alegre até demais, às vezes sou brutal em meus excessos de franqueza, mas ignoro totalmente a maldade, não a prático e nem a aceito. Não levo muito em conta os ensinamentos da experiência, afinal tudo está sujeito a mudanças, somos pessoas diferentes e vivemos situações diferentes. Tenho entusiasmo, energia e luto por tudo aquilo que julgo valer à pena.
Confesso que tenho um temperamento forte, mas sou incapaz de conservar ressentimentos, simplesmente esqueço. A paciência com detalhes não é meu ponto forte. Preocupo-me muito comigo mesma e não perco tempo especulando segredos ou o comportamento de quem quer que seja. Não consigo ficar parada, caso contrário, me entedio muito rápido, gosto da vida em constante atividade.
Sou direta, impaciente, apressada e ansiosa, se quero é pra ontem, não sei esperar. Gosto da liberdade, da tomada de decisões e das situações de controle. Tenho iniciativa, dou valor a quem tem também, nem sempre vejo meus projetos chegarem ao fim, apesar disto não desisto muito fácil.
Sou otimista, esforçada e intensa “quando interessada”. Ou sou ou não sou, não gosto de meio termo. Não tenho medo, não guardo raiva ou culpa, não tenho tempo pra fofocas. Se gosto ou não, você consegue perceber isso na hora, não sei ser falsa, não sei fingir algo que não sou ou que não sinto. Como disse antes sou sincera ao extremo. Tenho uma memória invejável, mas peco na concentração por me dispersar muito facilmente. Tento não ser autoritária, tento pelo menos...
Gosto de coisas simples, mas não dispenso as sofisticadas, faço tudo que posso para agradar. A primeira impressão nunca é das melhores. Sou sentimental, choro, dou crises de riso sozinha por motivos às vezes bobos, mas que pra mim são incomparáveis. Tenho ímpetos de egoísmo e quando não é interessante não olho pra trás, esteja lá quem estiver. Pareço mais jovem do que sou, às vezes não sei se pelo comportamento ou pelo simples fato de não saber amadurecer tão rápido e ter que me preocupar com os problemas que mais tarde serão inevitáveis mesmo.
Detesto a morosidade das coisas, das pessoas, enfim. Sou confiante, mas não me teste. Sou ousada, mas tenho o meu tempo e minhas motivações. Às vezes me confundo e me coloco a frente até de mim mesma, mas isso não quer dizer que não sou solidária, pelo contrário, sou muito generosa e às vezes me dôo até demais, meu tempo, meu amor, meu dinheiro e minha atenção, mesmo sabendo que não mereciam tanto. Sou intolerante, obstinada, exigente e não gosto de confrontos com pessoas negativas.
O amor, haaaa... quanto ao amor, sou descuidada com meu coração, me conquista a paixão súbita e arrebatadora, que não me deixa parar de pensar, que me atormenta, que me incomoda... Acredito que o amor verdadeiro existe e quando tenho o coração partido, junto os cacos e o conserto, meu coração tem um poder inigualável de regeneração, rápida e completa, é como se eu nunca houvesse amado antes. O ciúme não existe, caso não haja motivos para isto é claro. Ninguém pode ser tão fiel quanto a mim ao se apaixonar. Acredito que minha honestidade ímpar e meu idealismo me impedem de enganar quem quer que seja. E mesmo esperando que confiem cegamente em mim não acredito que eu deva confiar nas pessoas assim.
Sou rebelde por natureza, gosto de contestar e desafio o que não aceito ou não acredito. Tenho certeza que sei muito, mas ainda assim não é e nunca será o bastante. Engrandeço, decepciono, simplifico, dificulto se for o caso e concordo que sempre há o que se fazer.
Não sei si é a falta ou o excesso, só sei que está tudo muito chato, sem graça. A casa vazia, muitas vezes minha companhia. Mas Por um momento sinto tanta ausência que o silêncio ousa a me incomodar.
Saudades, desejos misturado com o que não sobrou daquilo que sentia. Eu já nem sei mais o que é meu, nem quando, nem onde. Um tremenda confusão de sentimentos. A mente por um instante pensativa por outro memórias esquecidas.
Momentos que quanto tempo faz, aparecem desvairados. Deixam na minha cabeça com um monte de vontades, de tristezas por não ter aproveitado aquele instante. Dúvidas. Aconteceria diferente se minha reação fosse outra? Não sei, talvez sim. Talvez não. Apenas aconteceria.
Acho que o fato é que eu ainda não consegui ser feliz de verdade. E estou cansada de adiar. Não por um querer meu, mas por falta de oportunidades. Aliás, é o que mais me falta: oportunidades.
Só queria que elas acontecessem. Se fosse boas ou ruins, não interessa. Queria apenas vivê-las. Me perderia, me procuraria, me acharia... E, quando necessário, enlouqueceria e deixaria rolar.
No momento o que me resta é uma memória que eu nem me lembro mais...
...nem me lembro mais.