Excesso
Antes de começar já peço perdão pelos excessos, porque sei que os cometerei - eu sempre os cometo quando estou com você por perto, ainda que em pensamento.- Mas acho que os apaixonados deveriam ser exclusos de penas por excessos, porque afinal, o que é o amor se não um excesso ?! Um sentimento exarcebado que cresce tanto em ti que você precisa contar e dividir com o outro.
Ah meu amor, eu pequei pelo excesso... E hoje sei qual é o seu preço.
Ele tem me custado bem caro; Pago o valor da saudade e do orgulho ferido.
Porque se já se foi o amor, ainda deve restar o orgulho.
Magoado, triturado, exposto em pedaços junto com os sonhos que foram rasgados um a um a mãos.
Meu amor é ridículo, mas não consigo simplesmente fazer as malas e partir de tudo que construímos juntos. É humilhante, mas continuo tentando encontrar você em toda essa bagunça que nós deixamos, e que sei que você não está mais.
Eu sei por que tenho visto as suas lindas fotos apaixonadas com as doces legendas. Elas me fazem lembrar que para mim os cartões sempre estavam vazios porque você não tinha nada a dizer. Lembra?!
Por falar em declaração eu também estava lá e ouvi quando disseram que você está aprendendo a cozinhar para preparar o jantar dela. Espero que você não fique com a marca da queimadura da travessa que fiquei quando aprendi a fazer o seu enquanto você jogava poker com os amigos no terraço. Porque a marca da mão talvez suma daqui a alguns anos, difícil mesmo vai ser tirar a da alma que você deixou com toda a sua imaturidade em não perceber que tudo que eu queria era um pouco do seu carinho e da sua atenção.
O que consola meu coração é que sei o quanto você vai se arrepender um dia. Eu só espero que você demore o tempo necessário para que todo esse amor se transforme em desprezo.
Porque eu sei que sempre fui mulher demais para você, e que isso que você está me fazendo é mesmo um grande favor. Que você só está me salvando de mim e desse sentimento que só me faz mal.
Eu soube disso quando implorava para você conversar um pouco comigo.
Soube quando arrumei alguém só para ver se você mudava.
Soube quando você quase me matou com seu maldito cigarro e quando tinha que dividir sua atenção com o cachorro, a tv, o computador, a família e os amigos. Porque tudo era primeiro que nós.
Soube quando você sabendo que eu sofria pisou em mim com suas malditas piadas. E soube principalmente quando, mesmo depois de tudo, fui chorando aos seus braços lhe pedir de volta e você me negou um beijo.
Então enquanto eu continuo aqui revirando o que restou de nós espero que você continue sua caminhada cega e egoísta sempre à frente e tão longe, que a volta demore o tempo suficiente para que no seu retorno você só encontre o que deixou; poeira.
(texto:carta ao amor II / autoria: Gabriela Noel)
A Base do Amor
Nada em demasía é bom, nenhum sentimento em excesso é saudável.
Eu sempre acreditei,que o correto seria te amar a cada dia mais.
Agora por amor; Eu compreendi, que o correto será te amar a cada dia menos.
Até que este meu estranho sentimento se torne bem equilibrado, igualado com o tamanho que Deus fez o meu coração.
Para que somente assim, eu possa te oferecer um sincero e verdadeiro amor!
Movimente-se, saia do lugar, faça e aconteça!!!
Segurança em excesso evita muitas novas possibilidades!!!
Ando cansado de oferecer meu corpo ao teu excesso de talvez e de apostar todas as minhas poucas fichas em teus tantos poréns e porventuras. Com você, não vejo mais a chance de acabar morto graças à surpresa de uma nova aventura.
Ando sem forças para beber o silencioso brinde de sua falsa meia taça, agora desfiada e parcialmente destruída pelas traças dessa nossa rotina robótica.
Hoje falta-me fome para encarar teus jantares mornos e notoriamente sem tempero. Cansei de comer o teu feijão com arroz até em dia de festa.
Falta-me paciência para relevar seus menores chuviscos e sua crescente incapacidade de perdoar meus mínimos tropeços.
Tento em teu corpo reencontrar o calor que um dia foi capaz de ferver o meu suor, mas tudo em você anda gelado, como se estivesse morto e, aquela antiga febre delirante, parece que passou de vez.
Tento em tua cama esconder-me dos pavorosos monstros do mundo, mas o teto do teu quarto hoje está desprovido de blindagens, descoberto graças ao desgaste gerado por nossas incontáveis ventanias e agora, quando deito em teu travesseiro empoeirado, sinto-me vulnerável a tudo, menos a você.
Tento achar graça em suas repetidas piadas velhas, mas hoje, infelizmente, tudo que faz brotar em mim é um sorriso quase amarelo e gasto como aquilo que estamos inutilmente tentando prorrogar com beijos pela metade, cartas genéricas escritas em Arial 12 e abraços somente simbólicos.
Amor, o nosso sal acabou, o nosso açúcar findou, o nosso leite derramou, o nosso pão mofou e por mais duro que seja, precisamos admitir o quanto antes que a nossa paixão estragou.
"Tudo - mais cedo ou mais tarde - ainda nos matará: a falta ou o excesso, o meio termo ou a meia boca, a repetição, o vazio e o tédio"...
Eu amo a liberdade!
Ter coisas em excesso,acaba prendendo a pessoa há um determinado lugar,e não dá a oportunidade dela se desenvolver espiritualmente e viver a vida como realmente quer.
O chicote da severidade pode parecer horrível, entretanto o excesso de condescendência é uma fábrica de marginais em salas de aula.
Imagine você andando com excesso de carga em suas costas; você não vai muito longe, e se for ficará esgotado e sem forças. Assim é nossa vida emocional, temos que estar atentos para não carregar aquilo que não suportamos. Devemos ter zelo e nos vigiar para não sermos atingidos pelos excessos que outros poderiam acrescentar. Podemos ouvi-los e auxiliá-los mas não permitir que seus exageros nos contaminem.