Exausto
Beijo teu corpo semi-nú, exausto...
Me deito sobre teu cansaço
e sinto teu mormaço, tua pele, teu cheiro...
Em ti me realizo, me embriago...
Sonho consumado, nunca me senti tão amado!!
Chego em casa. Quase as oito. Exausto, morro no chuveiro. Penso que devia economizar água, inevitavelmente o pensamento voa para outras causas, o comportamento apático do governo para o desperdício dos grandes donos de industrias. A fadiga do corpo permanece. Esqueço de esquecer de pensar. Saio do banho. Sonolento, visto uma roupa limpa, ainda pensando, agora no ódio indecente em um comentário que li no facebook sobre uma greve estudantil. Tomo um café e me sento em minha cadeira dura, na verdade muito dura. Abro o sistema escolar e vejo todas as tarefas pendentes, a nota baixa em física me relembra o quão ruim sou nas matérias exatas. Levo as mãos à cabeça ao me lembrar que quero cursar letras ou filosofia, mas ambas não garantem qualquer segurança financeira. Volto-me para a tarefa escolar, uma lista de matemática, não consigo fazer sequer uma questão, nem sei o nome da matéria. De fato me disperso em todas as aulas, o assunto não me é interessante. Amanhã tem prova. Queria escrever um poema, mas isso não vale ponto. Tudo precisa valer algo para ser feito. Queria ver um filme, porém me forço a estudar quando me lembro de outro comentário no facebook e percebo que, caso eu não passe em uma faculdade federal, mas um aluno do Bernoulli sim, alguém pode dizer que não me esforcei o bastante, afinal a meritocracia não falha. Passou uma reportagem no fantástico, sobre um menino pobre que está cursando medicina. Tento fazer mais um exercício. Apago. Acordo alguns minutos depois, assustado, um pouco desesperado. Preciso de pontos na matéria, não sei nada. Deixo tudo para última hora sempre. Não tenho todo tempo do mundo. Em dias como hoje, eu peço um pouco de paz, de calma. Uma ambição tola: poder levar a vida no meu ritmo sem preocupações. Sem lembrar que ainda ontem vi um menino catando comida em um lixo de praça e sua mãe estava do lado. Em dias como esse, eu adoraria não ter esse incômodo por tudo que me parece errado. Apenas me bastaria não ser visto como outro comunista preguiçoso de conversa fiada. E se esse texto não servir para nada, amor me perdoa.
Exausto e alterado... condição perfeita para o exercício de amanhã.
Penso em escrever, mas o anjo fala mais alto.
Deixar sem notícias, deixar isolado, deixar a seus pensamentos...
Aqui descrevo o sentimento, esquecer...
Se fosse um, se fosse como as idéias, não teria esta imagem eterna.
Aqui descrevo o arrependimento...
Plantará ideais verdadeiros e será eterna ao lado da fantasia.
Aqui descrevo o engano.
Não terei mais dias vividos, terei o segredo nos últimos segundos.
Aqui descrevo o acerto pela sorte.
Tem dias que o céu parece desabar sobre sua cabeça.
Um corpo exausto, sem forças, uma mente a mil por hora, uma disputa entre o cançaso e o ego ferido. Nessas horas eu não tenho o controle de mais nada, só torço pelo corpo, porque o sono descança qualquer alma. E amanhã... É outro dia.
Dormir foi como chegar nadando a uma ilha no meio do atlântico,
eu estava exausto quando pude enfim sorrir sem engolir água,
tenho lutado box todas as noites com um gorila cinza que mora
dentro do meu cranio, noites longas, sonhos curtos, insonia !
Uma das minhas maneiras de controlar o ciumes é deixa-lo exausto a ponto de não ter força nem para outras pra outra garota.
Assim como um trabalhador exausto
Anseia pelo leito de descanso
Anseio por aninhar-me em teu colo
E descansar no teu amor.
E este tolo está exausto de falsas promessas, de meras ilusões, de ilusórias paixões, eu não quero só imaginações, eu quero diversões, eu quero carnavais, eu quero além, quero conceito, não me venha com preceitos, quero arte, quero futebol, quero ballet, quero tudo que a vida quer e é! Quero fé e religião, quero coisas além do coração, coração este que já é de pedra, nesse jogo do amor, que mais me parece uma guerra! E nessas retinas tão fatigadas, eu vou vivendo a vida e a esperança de quem sabe um dia, ir me embora pra Pasárgada, e lá fazer o meu abrigo, fugindo desse mundo, que mais parece um hospício. E enfim quando no próximo outono, tudo isso acontecer não haverá mais as tantas pedras no caminho.
[…] E com o coração apertado, exausto, cansado. Sabendo o que pode acontecer, o vai acontecer. Mesmo depois de tanto sofrimento, tanto choro, tanto lamento. Depois de tantas tentativas frustadas, dolorosas. Quando você aparece crio a mesma ilusão, de que um dia vou ser feliz ao teu lado. Tenho a miragem semelhante, todas as vezes que você se aproxima de mim, dizendo ”eu te amo”, dizendo que és meu, que sou teu, realmente, sou teu. Engano meu. Eu até tento não acreditar mais nas palavras das pessoas, mas não, continuo a ser tolo, acreditar em cada ”eu te amo” que me dizem, crendo, principalmente naqueles que eu esparava ser de coração. Não são. Mas a ilusão na qual acreditamos hoje é o reflexo próprio de um futuro pacifico, e quem sabe será. Mas tenho medo de que chegue o amanhã, sendo hoje novamente.
(Só)
Sobrevivo de um amor censurado, rasgado e exausto de tentações,não quero tomar cuidar,estou cansado de precauções,prefiro fugir pra longe,ficar não é o meu forte,não te digo onde vou,com certeza não é pro norte.
Minha bussola está quebrada,não sei mais encontrar o amor,não sei se estou vivo ou se vivendo estou, sei que estou sofrendo no jardim da solidão,sem flores e sem rosas e sem nenhuma salvação,não tenho uma fé concreta,não acredito na criação,só acredito na dor e na morte de uma nação.
Nec otium:
Exausto desta batalha vou lhe propor um negócio: enquanto você trabalha eu permaneço no ócio.
A maneira como vejo as coisas é tão simples.
Exausto é o reino da natureza, os amigos estão morrendo.
As criaturas que vivem ao nosso lado. Do jeito que eu me vi, tão confuso tão sofisticado.
"Deus fez tudo que existe com perfeição; já exausto e sem a perfeição que lhe era merecida, fez o Homem".
Ando só
Ando só
Exausto e cansado
Sempre calado
Não ligue
A musica me acompanha
Pessoas estranhas
Vazias e iguais
Sonhos surreais
Ando só
Sem roteiro, sem tema
Sem um telefonema
Ninguém pra se importar
Em qualquer lugar
Está tudo cinzento
Lá fora e aqui dentro
Ando só
Com minhas rimas e prosas
Noites dolorosas
Não dá para sonhar
O frio faz congelar
Desejos e planos
Só tenho vinte anos
Quase todos mentem
Falam português mas não me entendem
Ando só
No meu abismo
Não tem turismo
Nem visitante
Nem amante
Nem amores
Jardins sem flores
No palco só eu
Ninguém apareceu
No espetáculo trágico
sem palhaço e sem magico
Ando só
E por aí vou andando
devagar quase parando
vagando e vagando
Eu ando só...
Estou exausto. Não sei o que pensar. Não tenho mais opinião. As pessoas e veículos cuja opinião eu utilizava para me balizar estão mais confusas que eu. Parece que estamos em um daqueles momentos históricos onde ninguém, nem os atores principais, sabe o que está acontecendo. Ninguém tem nenhum plano a longo prazo, nenhum projeto estratégico, a não ser sobreviver a todo custo.
Meu ultimo cigarro o ultimo suspiro de
Esperança e medo estou vazio e exausto
As lembranças me condenam
Mais ainda nao estou morto
