Exausto
Mente cansada, eu tô exausto
Não faço mais nada, eu tô acabado
Passo a madrugada inteira acordado
Pensando em tudo que eu fiz de errado
Minhas dores gritam no meu grito exausto
Corpo casto, corpo gasto
Negro filho do sol, nasci astro
Leia na noite do meu corpo seu signo
Me siga dos bons aos cínicos
Destruindo seu reinado de prédios
Me sinto Tim Maia, então chame o síndico
Abraço dos Filhos...
Cansado, exausto, só pó,
Após outro dia de labuta.
Até abrir a porta de casa
Torna-se difícil, uma luta.
Mas assim que adentro,
Na penumbra, pela sala,
Ouço as vozinhas: papai!
E sinto algo que avassala!
E envolto pelos bracinhos,
Finalmente suspiro, respiro.
Fecho olhos, abro sonhos.
E ouço até mesmo sininhos.
Viajo longe, até quase piro...
Doce abraço de meus filhos...
Quando eu pensar em desistir
Já cansei exausto meu pai
Falaram que junto de ti ninguém cai
Por isso eu continuo a jornada
Porém sinto perdido na caminhada
Quando eu pensar em desistir
Renova, me busca e acolhe
Se tu ver, então olhe
Sozinho não vou conseguir
Preciso de te porque sei que na frente tem parede
Tem armadilha e tem rede
A pescaria do mundo é violenta
Pessoas, peixes, ninguém aguenta
O que anseio e atrevo
Pode ser que não devo
Não é meu campo de atuação
Mas navego nesse barco com tua permissão
Na ideia, palavra, pensamento e ousadia
O concreto e correto que eu dizia
Depende da sua primazia
Quando eu pensar em desistir
Renova, me busca e acolhe
Se tu ver, então olhe
Sozinho não vou conseguir
Almejo saciar da tua orientação
Meu senhor sabe de toda limitação
O impossível é contigo
Podes dar me a condição
Giovane Silva Santos
Às vezes, me sinto exausto, como uma vela queimada ao fim de seu pavio, mas poucos conseguem compreender o peso dessa fadiga. Como Khalil Gibran, encontro-me perdido em meio a uma multidão que desconhece o turbilhão silencioso que habita minha alma. O cansaço que carrego não é meramente físico, é uma exaustão que transcende as fronteiras do corpo e permeia todos os cantos do meu ser. É uma carga invisível, uma batalha interna que escapa aos olhos distraídos dos que me cercam. É uma tristeza que me abraça sutilmente, envolvendo-me em seus braços melancólicos. Aqueles que caminham ao meu lado veem apenas a máscara que uso, a superfície que tento manter intacta, sem compreender a verdadeira extensão da minha exaustão. Como as palavras de Gibran, sou um enigma envolto em enigmas, e meu cansaço profundo é um capítulo oculto que só poucos ousam explorar. Apenas quando nos aprofundamos além das aparências, além das palavras superficiais, é que somos capazes de vislumbrar a vastidão do meu cansaço e estender uma mão compassiva. A compreensão não vem fácil para aqueles que se detêm apenas à superfície da vida, mas para aqueles dispostos a mergulhar nas profundezas da existência humana, eles encontrarão o abraço acolhedor da empatia, prontos para compartilhar a carga do cansaço que carrego.
Estou mortalmente exausto;
Corrupção perpassava em meu coração,
tomando conta de mim;
O abismo em meus sentimentos,
faz-me desistir de tudo o que fui antes;
Tornei-me aquilo que desprezava e odiava,
transformando-me em um arauto do caos,
e por fim, minha vida tornou-se um pesadelo,
um pesadelo sem saída, sem esperança.
Factus sum insanus
No silêncio da noite o poeta reluta em controlar seus sentimentos ja exausto rende-se às forças exteriores que invadem suas entranhas . Ja perdi as contas, de quantas noites no escuro , me deito com a esperança que aqulela luz apareça e ilumine tudo. Já não ouço aquela voz. O silencio se fez por completo. Na mania de versos, eu vou escrevendo sobre o nada que me rodeia. O sentimento de tristeza anda morando em mim sem a minha permissão. De repente aquele desejo incontrolável já não há mais razão até mesmo a lógica partiu para o infinito. Tudo agora e encanto minha alma busca desesperada mente no arquivo da memória aquele corpo ausente. Boa noite.
Nec otium:
Exausto desta batalha vou lhe propor um negócio: enquanto você trabalha eu permaneço no ócio.
Pedindo licença ao Amigão, uma pequena resposta a um peregrino exausto.
Por existirem muitos peregrinos cansados, Amigão, peço permissão para falar em seu nome...
Acredito seja essa a resposta que merece nosso Peregrino Cansado, e que pode servir para
outros "Peregrinos Cansados..."
Vejam na sequencia, as respostas entrelaçadas...
Ósculos e amplexos,
Marcial
ORAÇÃO DE UM PEREGRINO EXAUSTO
Psicografia de Chico Xavier
RESPOSTA AO PEREGRINO
Marcial Salaverry, com todo respeito.
Senhor,
Eu ando cansado da vida.
Cansado de mim. Cansado dos outros.
Não sei... às vezes com raiva de tudo e de todos.
Por que isso, Senhor, se a gente quer amar os outros?
É que ando exausto, esgotado, e as minhas coisas me irritam.
"Irritar-se por que?
Cansado por que?
Dei-te o livre arbítrio para pudesses reagir às intempéries da vida,
e não para simplesmente desanimar aos primeiros revezes...
Deves buscar as forças em seu interior.
Se queres realmente amar, arme-se de amor, e não de mágoas."
Senhor,
De repente me dá vontade de largar tudo:
meu ideal, meu amor, meus compromissos...
Largar e fugir da vida,
Ah, Sim! Se eu pudesse fugir!
Fugir dessa fossa que vivo.
Fugir dessa angústia que oprime,
dessa incerteza que fere,
dessa canseira que dói no corpo todo.
Contudo, sei que é preciso viver.
Que é preciso continuar lutando,
que é preciso caminhar e dizer o SIM.
"Essas são as palavras corretas...
"é preciso continuar lutando, caminhar e dizer o SIM"...
Jamais poderás negar tua alma. Se tua carcaça se cansa,
busque as forças na alma, ajude-a, não a renegue.
Em tua caminhada, olhe as pegadas na areia...
E lembra-te peregrino: AJUDA-TE QUE EU TE AJUDAREI."
Mas como Senhor?
Se as forças me faltam?
Se ninguém me compreende?
Se estou só?
Você não sabe, Senhor, que vontade não falta.
Sabe que eu quero viver o amor,
Mas sou pobre demais.
Fraco demais.
"As forças estão em teu interior...
Nem tu te compreendes... Por isso esse desanimo.
Jamais estarás só. Poderás sentir-se só, se não me vires ao teu lado.
Não és nem pobre e nem fraco demais.
Assim te sentes por me renegares, por não me veres ao teu lado, amparando-te.
Por apenas querer que eu te carregue. Ajuda-me a te ajudar, e encontrarás as forças para reagir."
Não some, Senhor, as vezes que eu caí.
Lembre das vezes que me ergui da queda,
com o coração em pranto pelo meu fracasso,
mas disposto a melhorar.
"Caistes porque não soubestes buscar o apoio,
porque deixastes as forças te faltarem.
Caistes, porque perdestes a FÉ...
e sem ela, nada nem ninguém se mantém.
Queres melhorar? Busque essa melhora dentro de ti."
PRECISO DE FORÇAS SENHOR!
PRECISO DE CORAGEM!
Sou um peregrino exausto
que sabe que a vida continua,
que o amor existe,
e que é preciso andar.
"De nada precisas porque tens tudo em teu interior.
Busque forças, coragem e vontade, readquirindo a FÉ.
Como a vida continua, e como o amor existe,
LEVANTA-TE E ANDE. Vá em busca da vida.
Jamais podes apenas esperar que te ajudem.
Tens que fazer tua parte."
Senhor,
eu conto com você em minha jornada!!
"Querido Peregrino... Na realidade, deves contar contigo...
Porque tudo dependerá de tua vontade, de teu empenho.
Use o livre arbítrio nesse sentido, ao invés de ficar sentado
à beira do caminho, esperando quem te ampare.
Queres que eu te ajude em tua jornada? Então, repito:
AJUDA-TE QUE EU TE AJUDAREI.
Estou te esperando... LEVANTA-TE E ANDE.
Teu Amigão."
Sensacionalismo
Exausto de assistir à guilhotina,
o estomago se acostuma,
os olhos não mais vê,
o coração é incapaz de sentir.
Sangue e miolos não assustam mais.
Naturalidade desumana.
A água cai levemente em meio a um corpo exausto.
A poeira de um dia vazio desce ralo abaixo. Palavras que não foram ditas saem dos lábios num sussurro e se perdem no vapor morno.
Abraços que não foram dados, sorrisos que não foram mostrados, olhares que não foram trocados, são levados, arrastados pela água morna do chuveiro.
Uma alma inteira, sentimentos inteiros são levados todos os dias, pela água morna do chuveiro.
Quando se sentir exausto com a sensação de remar contra a maré,
lembre-se da força do avião que decola contra o vento!
Decole!
(Magaly Reinaldo)
Estou exausto com meus pensamentos inquietantes que cavam à procura de explicação para cada burrada que alguém diz. Não sou eu pecador também? Sou. E não sou o melhor exemplo em nada do que se possa exemplificar. No entanto, assim como não preciso ser matemático para afirmar que a raiz quadrada de dezesseis é quatro, acabo por julgar muitas coisas que dizem e fazem. O senso de justiça que repousa sobre mim me faz ser injusto?
Percebo-me exausto em alguns momentos por está de braços estendidos a ti suspender, pra ti elevar e o peso da tua inconsequência parece querer me deixar desistir pelos frequentes desajustes que tu embarca na vida.
Porém reafirmo com veemência que vou seguir contigo até onde meus braços e pernas aguentarem,
Queria amar mais
Eu queria poder amar mais
E mesmo quando estivesse exausto,
Ainda assim amar muito mais
E nunca abandonar o próximo ao relento...
Eu queria amar sem fazer diferença,
Acordar e vislumbrar somente as coisas boas.
Distribuir beijos e abraços sem cessar,
Até quando Deus voltar...
Eu queria ter amado o meu inimigo,
Mas confesso que não consegui.
O desprezo falou mais alto diante de sua adversidade,
A falta de perdão imperou naquele momento...
As mãos que lavam o rosto devem ser estendidas,
Para que possamos assentar a mesa com Deus
E juntos julgarmos os ímpios nas suas injustiças,
Mas como? Se não amo o inimigo meu...
Para que eu possa ser direito,
Preciso experimentar a prática do perdão,
Assim estarei junto ao que é perfeito
E agirei com amor em qualquer situação.
Exausto, desmaia o dia
Debruça o sol no horizonte
Sem palidez, ruborizado
Crepúsculo enamorado
Relaxando-se no poente
Aguarda a chegada dela
Da lua, sua eterna amada
Enquanto o céu plúmbeo
Anuncia as gotas brilhantes
Lágrimas do pranto estelar
Espalhadas timidamente
Compadecidas, cúmplices
Escondem o rubor do sol
Que esmaece, minguante
Pois, sabem-no condenado
Da lua viver distante.
Desespero
Não eram meus os olhos que te olharam
Nem este corpo exausto que despi
Nem os lábios sedentos que poisaram
No mais secreto do que existe em ti.
Não eram meus os dedos que tocaram
Tua falsa beleza, em que não vi
Mais que os vícios que um dia me geraram
E me perseguem desde que nasci.
Não fui eu que te quis. E não sou eu
Que hoje te aspiro e embalo e gemo e canto,
Possesso desta raiva que me deu
A grande solidão que de ti espero.
A voz com que te chamo é o desencanto
E o espermen que te dou, o desespero.
Exausto, sem saber para onde ir. Mas nem é algo físico, é um cansaço, é ver que muito mais poderia ter sido feito, sem sequer pensar em como agir. Pode parecer que há algo errado, mas nunca conseguirá encaixar um retalho de alegria e outro de frustração. Tem uma caixa inteira de opções ao seu dispor, é só contar uma de cada vez. Pessoas, sentimentos, questionamentos. Sempre há um miserável, procurando nas cinzas o que sobrou das insistências nunca ditas. Sempre há um arrependido, preenchendo seu vazio existencial com as crises de negação. Dá vontade de cavar um túnel, e sair do outro lado da mente. Crescer com impaciência, não resolve. Olhar com sarcasmo, também não. As coisas possuem o seu tempo, uma lógica esquisita meio que forçando a barra, insinuando mil e uma maneiras de como destorcê-la. Viva um pouco, deixe o desespero de lado. Sempre existe esperança enquanto o sol nascer. Ao menos, sempre existirá vida enquanto você conseguir ver esse monstro de luz.