Euforia
Foram três anos de euforia, alegria, dramalhão e até mesmo de amor. Foram três anos repletos de choros anulados, de previsões astrológicas e de espiadinha em sites de relacionamento. Finalmente o tempo passou, e eu preciso me comportar com uma mulher adulta que sou
“Ás vezes nossa euforia é tão grande, que esquecemos o que está acontecendo ao nosso derredor, vamos acordar e tentar se preocupar pelo ao menos um pouquinho com os nossos próximos.”
Sinta-se seguro, vista-se da euforia, mergulhe na sua ilusão.
Vá se encontrar, perca-se!
E nesse tempo encontre o que procura!
Mas esteja certo de que perdeu a mim, a minha alegria e companhia.
E no meu tempo você esta sendo conjugado no passado, e agora é definitivo.
Imagine uma circunferência: a metade é a euforia, a outra metade é a depressão. Por isso sempre andam juntas. Imagine agora uma linha no meio: é o equilíbrio ou entusiasmo. Cuidado para não cair num círculo vicioso.
Prometi não mostrar euforia ao ver você. Prometi se fingir de morta. Prometi que seria fria e te faria sentir o meu gelo… Mas te vi, e pulei sobre o seu colo, você me abraçou e sorriu… E eu disse “Por que tem que ser sempre assim?!” Então me afastei, mostrei demais… Eu não estou esperando você vir atrás não… Mas bem, quando eu voltei havia cartas espalhadas pelo chão… Algumas dizendo “te amo”, outras dizendo “me desculpe por tudo”, e então eu fiquei toda boba, bem, eu esperei isto por tanto tempo, e finalmente você veio.
Mensagens não entregues,
Mal entregues
Causam euforia ou até mesmo aflição
Mesmo para os sãos
Que se dane o coração
E mesmmo que minhas dúvidas nunca fossem respondidas
Que meus sentimentos nunca fossem encorajados
Eu estava ali, e eu viveria assim por muito tempo se fosse a única forma de te ter ao meu lado.
Um amor em sol maior, que em meio à euforia da minha poesia e do teu cantar nos encontramos Max Reygson.
Balança da alma
De uma euforia total
A um desastre sem igual
Tudo isso dentro da mente
A alegria é um exagero
Tão igual é o desespero
Isso é o coração que sente
O julgamento que odeio
É o mesmo que semeio
Não há nada de diferente
A cabeça que muito pensa
Gera uma indecisão imensa
E pouco vivo no presente
Se for para escrever, que seja uma carta de euforia, daquelas que não há hora, lugar certo e papel apropriado. Quero uma daquelas bem reais, onde você é início, meio e fim, sem abreviações e com sentido. Que registre as nossas alegrias mais eméritas, loucas e intensas. Onde tenha a sua mão grudada na minha, seu perfume pela casa depois do banho e bagunça decorando meu quarto. Que haja muito de você e pouco de mim, mas o suficiente para nós dois. O encaixe perfeito em suas expectativas e o humor inteligente de nossas conquistas. A união de dois corpos perdidos no espaço, mas encontrados no olhar que não paira, flutua. Que seja breve, doce e pesada nos termos ilegais da insanidade. Nossa doce loucura cotidiana.
QUASE HERÓI
Um dia desses, sol forte, bom clima, cidade grande, euforia, passava eu em meio de uma pequena multidão de pessoas alegres e cantantes, que trovavam o hino do seu time, que saudavam umas as outras. Abraços, sorrisos, pareciam irmãs, íntimas apesar de nunca terem se visto antes. Era a explosão de ser campeão Brasileiro de futebol.
Mas o que realmente tomou minha atenção foi um objeto ambulante que vinha de qualquer lugar e parecia estar andando em direção à terra do nunca. Caminhava devagar, como quem espera pela morte, fazia ziguezagues como quem não tem pressa de chegar a lugar nenhum. Em sua cabeça uma peruca "Black Power" colorida como aquelas de palhaços parecia ser uma forma de gritar bem alto com a voz baixa "Eu ainda existo! Olhe, olhe, sou como você, sou um ser humano!" Vai ver decidira não mais gritar para poupar que o julgassem maluco, para evitar que corressem de sua presença. Em sua pele o cinza berrava o amargor da tristeza. Em seu ombro descaia uma bolsa da cor de sua pele que substituíra sua solidão até então. Seus olhos pareciam não ver ninguém, como quem aceita ser um poste, que nada interfere, que não encara, que não interage. Era um ser humano que nasceu como eu, que chorou como eu, que tentou ser como o seu super-herói da liga da justiça, mas que justiça não fora feita para com ele e lhe sobrara o cinza do mundo, a escuridão da noite fria. Sua peruca, vai ver, fosse um tentativa se tornar um quase super-herói. A vida sem piedade criara um autista forçado. Se bobear em sua mente haviam sonhos e ideias mirabolantes, que vazavam apenas colorindo sua frontal da cabeça.
"-Qual é? chega aí. Aí, vê se esse bagulho é bom, é só puxar, vai ficar nas nuvens que nem um super-herói!" - Está criado, mais um zumbi a vagar nas ruas do Rio.
Não preciso de palavras bonitas e nem euforia, preciso mesmo é da sua companhia. Para poder sim, descansar nesse teu colo que anseia pela minha alegria.
As vezes há a necessidade
de parar a mágica euforia,
das letras em descompasso,
na presente e constante melodia
Apenas guardar as palavras,
como em um ninho secreto,
acarinhando o coração,
ali dentro, o amor discreto
Porque ele é verdadeiro,
calmo, alegre e profundo,
não precisa ser posto ao vento
para ser espargido ao mundo
Às vezes me pego sonhando tão alto que sinto até frio na barriga e nesse instante de euforia, agradeço a Deus a oportunidade de tentar realizá-los!
Eu me casou um amontoado de euforia e se foi. Me disse que odiava melodramas e firmemente me recusou. Me amou sem sentimentos e me quis sem verdade. Me beijou sem vontade e me tocou sem desejo. Me enganou da forma mais cruel: olhando em meus olhos. Aprendi com você que a ilusão machuca bem mais que a rejeição.
Ela é a rima da minha poesia...
É a calma da minha euforia...
É o elixir da minha saudade...
A lucidez da minha insanidade.
Ela me faz lembrar do quanto tenho sorte... E se fosse preciso atravessar o pólo norte para ficar ao seu lado, eu mudaria de nome, cidade ou estado, mas não desistiria de tê-la pra mim.