Eu Sou
Eu sou o meu caminho,
Sou o resultado das escolhas e das renúncias que faço todos os dias
Eu sou a minha verdade,
Sigo em acordo com a minha essência, que é intransferível e imutável.
E estou na minha vida,
Represento uma pequena parte que é parte de um grande e incontestável Todo.
Sempre, eu busco o melhor das pessoas quando as conheço, interajo com elas; eu sou muito verdadeira, sincera, intensa. Dou meu voto de confiança, persisto, acreditando em outro ser que está diante de mim.
Do Esquecimento I -
Eu sou o que escrevi,
mas há como esquecer,
a morte, esse eterno adormecer
pode apagar o que vivi ...
A memória é coisa breve,
o esquecimento uma verdade,
que a terra seja leve
a quem parte sem idade ...
Eu sou, fui e hei-de ser,
devo dize-lo firmemente
que nem morrendo hei-de morrer!
Pois sou mais que o esquecimento,
sou mais que o ser que já não é
num eterno pensamento ...
Nessa brincadeira lúdica existencial séria como dança de crianças em aniversário, eu sou um escritor de romances divertidos em inteligente estratégia, princípio em 'anjo aeronáutico'; meio em 'balança alphantásma' e 'aghata phantásma' antes do 'tornado', enfim! Sou um brincalhão, escrevendo isso...
Eu não pretendo bancar um pesquisador nem um jornalista investigativo. No fim, eu sou só um mangaká.
Não abro mão do meu direito de viver por medo de ser quem eu sou,
sendo que meu poder está justamente aí, quando eu sou essência sou potência.
Quando me calam e aceito, me perco, viro lugar comum, não ofereço perigo.
É aí que me querem.
Compreensível.
Aceitar ou não depende de mim.
Escolhas.
Faça de conta que eu sou o seu sonho, que sou o abraço que espera, que sou o carinho que precisa, e assim teremos o mesmo faz de conta.
Eu sou um viajante do tempo
Uma criança solitária tem muito tempo de se investigar e muito medo da sua condição. Como eu estaria daqui a cinco anos, daqui a cinquenta anos? Provavelmente, como eu via os meus colegas de colégio, seria forte e inteligente, saberia resolver os problemas e não teria medo. Resolvi, então, me imaginar com nove anos pensando em mim, agora, com quinze anos. O novo e o velho se contemplando. Descobri que eu não era tão fraco ou burro assim e que não seria tão especial como gostaria. O tempo foi passando e eu me conectava muitas vezes comigo mesmo. Agora mesmo posso conversar com a hora da minha morte e até depois, dependendo da minha imaginação. Será que eu realmente mudei? O medo que me impeliu para frente aos nove anos não sumiu, e não será ele algo realmente positivo? Um anseio que é um motor da vida.
Observar e sentir
Eu sou louco, confio em mim
Não uso um marcador às páginas
E o meu relógio parou
Os sinos da igreja me chamam mas eu já a conheço inteira
Os seus traços e o seu canto
Caminho por sobre Deus e engulo a sua veste: pitangas!
Vivi muitos anos tentando entender, e entendi:
Não há nada a entender.